Sangue Novo

Natasha

- mas... como isso é possível, aonde você encontrou esse livro? <Rafael>
Fico extremamente atônito e curioso por saber mais
- bem... acho que não há mais motivos pra te esconder nada então... vou te contar tudo. <Natasha>

Há 9 anos atrás, quando eu tinha 12 anos eu acordei nesse corpo, antes disso eu era como você é agora, trocava de corpos todo dia sem exceção. Mas nesse dia tudo mudou pra mim... Eu lembro que fui pra escola normalmente como toda criança de 12 anos, só que algo diferente aconteceu naquele dia quando estava voltando pra casa. No caminho de volta eu percebi que estava sendo seguida por uma pessoa, era um velho de chapéu branco, roupas e sapatos brancos e seus olhos eram azuis como o céu. Ele então para atrás de mim e diz:
- por quê à pressa, minha pequena? <Velho Misterioso>
- quem é você, porquê esta me seguindo? <Natasha>
- Ora, eu sou apenas um andarilho que passas por aqui minha jovem... Você prefere que te chame por Natasha ou pelo seu nome verdadeiro? <Velho Misterioso>
- Como você sabe meu nome, e quem é você? Responda!<Natasha>
Nesse momento tentei procurar na memória de Natasha se lhe era familiar o rosto daquele sujeito, só que simplesmente não encontrei nada e isso me fez tremer inteira
- ahh minha pequena... existem mais mistérios nós céus e na terra que vós possa sequer sonhar em sã filosofia. E meu nome... bem, no momento ele não é relevante <Velho Misterioso>
Quando ele disse aquilo, eu supôs que ele fosse apenas um louco ou um bêbado, dou às costas à ele e começo a andar, só que ele insiste novamente!
- espere jovem, não terminei ainda... <Velho Misterioso>
A curiosidade sempre foi mais forte que o medo em mim, e por isso paro e me viro pra ele novamente!
- eu sei quem você é! Você é como eu... um Sangue Novo! <Velho Misterioso>
- o que você disse? <Natasha>
Faço cara de espanto e de curiosidade
- olha, não tenho mais tempo pra ficar aqui, mas eu quero te ajudar a entender quem você é de verdade, o que somos... por isso pegue! <Velho Misterioso>
Ele então me entrega um livro e eu o seguro em minhas mãos, mas ainda continuo confusa e desconfiada de tudo que vejo e ouço daquele velho.
- nesse livro você encontrará as respostas pra todos seus questionamentos presentes, mas se você quiser saber mais... vá até a cidade mãe, lá você encontrar todas as respostas que precisa!! <Velho>
Ele então passa por mim e sai andando normalmente, eu fico uns instantes lá parada sem entender nada do que acaba de acontecer, quando me viro e olho pra trás novamente o velho já sumiu em meio a uma rua calma e deserta. Não tenho idéia de onde ele veio e nem pra onde foi...

- Quer dizer que um velho te entregou um livro e automaticamente você passou à ser normal, é isso? <Rafael>
- não... não foi isso que me fez virar uma pessoa normal. Mas... antes que de te contar tudo, me diz, qual é o seu nome verdadeiro? <Natasha>
- ah... é Az e o seu? <Rafael>
- eu costumava me chamar de "Mia" pra mim mesma, adorava esse nome porque foi o primeiro que lembro uma mãe me chamar... Só que depois que resolvi adotar esse corpo como minha morada permanente, tentei por muito tempo esquecê-lo... <Natasha>
- como assim resolveu adotar...? <Rafael>
- bem Az, o que vou te contar agora é a coisa que mais me atormenta até hoje, é algo que não me orgulho nem um pouco de ter feito e... se eu pudesse voltar ao passado, juro que Jamais teria feito isso! <Natasha>
- o que você fez, mia? <Rafael>
- eu fiz um ritual de sangue... <Natasha>
- como assim, o que é isso? <Rafael>
Pergunto perplexo
- bem Az, antes de te explicar o que é, você poderia estender sua mão pra mim um instante? <Natasha>
Não entendi o porquê daquele pedido inesperado, mas faço o que ela pede
- o que você vai fazer? <Rafael>
- preciso te mostra uma coisa! <Natasha>
Mia então retira um minúsculo alfinete que estava preso em sua roupa e me mostra!
- te juro que não vai doer nada, só vou fazer um pequeno furo no seu dedo, você confia em mim?
Hesito por uns instantes e depois faço que sim com a cabeça. Ela então insire o minúsculo alfinete no meu dedo e de fato não sinto nada além de uma leve picada, mas logo depois uma pequena gota de sangue sai do lugar espetado, mas não um sangue vermelho normal igual qualquer outro... do meu dedo sai uma pequena gota de sangue AZUL!
- O QUE É ISSO? <Rafael>
Eu grito assustado
- isso é o seu sangue Az, esse é o sangue de um "Sangue Novo". <Natasha>
- mas espera, como você sabia disso...?
<Rafael>
- porquê está no livro, Az. Todo "Sangue Novo" têm sangue azul. O meu também era assim antes! <Natasha>
- então... foi assim que você descobriu quem eu era ? <Rafael>
- sim, desde a primeira vez que te vi naquela festa, achei que tinha algo especial em você.  No nosso segundo encontro quando você apareceu como Miguel, alguma coisa me dizia que vocês eram as mesmas pessoa e resolvi tirar a prova. Enquanto estávamos no escuro do cinema e você totalmente entretido e concentrado no filme, eu te furei com esse mesmo alfinete e descobri assim que minha intuição estava realmente certa. <Natasha>
- ok mas, porquê não me disse isso antes, naquela mesma noite por exemplo? <Rafael>
- por medo. Tinha muito medo de você saber o que eu fiz e me odiasse pra sempre por isso. Az... eu te amei desde o primeiro momento que te vi, e meu amor só foi aumentando cada vez mais, e por isso entrei nesse jogo, você não conseguia me dizer quem era de verdade e eu não conseguia dizer que já sabia de tudo... <Natasha>
- eu entendo mas... porquê você resolveu falar agora então? <Rafael>
- porquê agora já é tarde demais, vou te perder de qualquer jeito... <Natasha>
- porquê diz isso? <Rafael>
- bem, antes de dizer o porquê, vou te contar o que aconteceu depois que peguei esse livro! <Natasha>