CAPÍTULO TRÊS

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ADIVINHA QUEM É SURTADA E CEDE FÁCIL, FÁCIL À PRESSÃO DAS MALUCAS MARAVILHOSAS DO WHATS? EU! hahahah Finge que é bônus pelos 4 K

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Não surta, Isadora. Você consegue lidar com isso. O que é uma crise boba de ciúme de alguém que não é seu? Vai passar. Olho meu rosto no espelho do banheiro treinando uma expressão de felicidade para quando tiver que encontrar Alice, mas não adianta, esta carranca que se formou aqui será difícil de sair. Passo a mão pelo rosto não me importando se isso irá tirar a maquiagem. É o casamento da sua amiga, Isadora. Não seja mais egoísta. Ai que ódio!

Bato na pia do banheiro com raiva por sentir isso. Como sempre, não há nada que aconteça na minha vida que não possa piorar. A nojenta que estava com Pedro entra no local e escuto a voz dele dizendo um "te espero aqui" do lado de fora. Ela entra toda sorridente e se posiciona ao meu lado passando um batom. Queria usar tudo que aprendi no Muay Thai com essa ladra de homens. Mas que porra estou pensando? Não tenho homem nenhum para que ela me roube.

— Acho melhor você desistir. — Viro-me ao ver que a mulher fala comigo. — Ele já está muito bem comigo agora.

É o que, minha querida?

— Oi? Está falando comigo? — digo examinando-a através do espelho. Ela passa a língua pelos dentes de um jeito que me lembra de uma cobra peçonhenta querendo dar o bote.

— Sim, queridinha. Eu posso ser loira, mas não sou burra — continua dizendo e se vira de lado me dando um sorriso maldoso. Que tipo de mulher maravilhosa que Pedro se envolve. — Percebi de cara quem você era ao perceber o olhar que ele estava te dando durante toda a cerimônia.

Hum... Então ele estava mesmo me olhando. Interessante. Não que isso faça alguma diferença, mas ainda assim, é interessante saber.

Fico muito feliz de agora saber brigar, porque eu não vou me controlar se essa biscate continuar me provocando assim. Aproximo-me dela, e, apesar de ela ser bem mais alta que eu, não fico intimidada. Qualquer coisa mordo o calcanhar da abusada.

— Que bom que você não é burra. Porque assim... — Dou uma risada como se ela fosse minha melhor amiga e eu tivesse compartilhando um segredo. — Sabe que eu não posso controlar para quem ele olha ou deixa de olhar, queridinha. Se você não dá conta do recado e se sente ameaçada, o problema é exclusivamente seu. Ou será que talvez lá no fundo, você sabe que não tem a menor chance? Fica a dúvida no ar.

Eu sei que estou agindo que nem uma criança, que não tenho nenhum direito de sentir ciúme ou de ameaçá-la, mas ela veio me provocar e preciso me defender. Qual a melhor forma de defesa se não tocar no ponto fraco? Além do mais, estou blefando, porque ela tem chance sim. Todas as chances. Pelo menos se for depender do físico. Perto dessa mulher eu pareço uma adolescente desengonçada. Seus longos loiros em um corte moderno caem pelo seu rosto e ela passa os dedos por eles colocando-os atrás da orelha. As pernas bronzeadas expostas em um vestido curto não dão muita asa para a imaginação. Ela é daquelas que sabe que é bonita e faz questão de mostrar isso para o mundo. Percebo que sua expressão confiante dá uma vacilada com o que disse, mas logo ela se recupera.

LIVRO 2 - Você me aceita? [AMOSTRA]Onde histórias criam vida. Descubra agora