CAPÍTULO QUATRO

2.9K 563 539
                                    

Quantos anos de prisão eu pego só por arrastar a cara de alguém no asfalto? Assim, bem de levinho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quantos anos de prisão eu pego só por arrastar a cara de alguém no asfalto? Assim, bem de levinho. Considero a hipótese a cada palavra que sai da boca dessa mulher. Ela, definitivamente, está tentando me tirar do sério. Não sei se está querendo que eu parta para cima dela ou se só é folgada mesmo.

— Está louca? — grito afastando o vestido da barriga e vendo a mancha horrorosa que se formou na peça. — Você está testando minha paciência, garota.

— Ops. Juro que foi sem querer, querida. Mil desculpas. — A descarada finge um acidente colocando a mão na boca de um jeito sínico.

Eu a pego pelo braço com força e a encosto na parede de um jeito que ela quase se desequilibra. A mulher parece com medo da minha ação repentina e até eu teria. Agora sei lutar, minha linda. Experimenta.

— Escuta aqui, Barbie sem cérebro. Não sei o tipo de gente que está acostumada a lidar, mas eu não tenho muita paciência para pessoas que nem você. — Ela tenta soltar o aperto na minha mão no seu braço que provavelmente irá deixar uma marca, mas não estou me importando. — Eu me achava imatura, mas observando você, percebi que tem gente pior. Você quer fazer a vida de alguém um inferno por não conseguir o que quer? Arrume outra idiota, porque não vai querer se meter comigo.

— Está me ameaçando? — pergunta, arqueando a sobrancelha.

— Nem perderia meu tempo contigo. Tenho mais o que fazer, mas, caso não tenha percebido — aproximo-me mais do seu rosto e sibilo de um jeito ameaçador —, você que está me perseguindo. Então, só me deixa em paz e continue vivendo sua vida. Estamos entendidas?

Bárbara não responde e percebo seu rosto vacilar, mas ela não dá o braço a torcer e consegue se soltar do meu aperto, arrumando o vestido em seguida.

— Você tem razão. Não tenho que me preocupar contigo, já que é passado — diz fazendo uma cara de provocação. — De qualquer forma, ele odeia você.

Travo com suas palavras e a biscate percebe, pois abre um sorriso e continua destilando veneno. Eu vou tacar esses sapatos na cabeça dela.

— Ain. Ficou tristinha? Achava que o amor era eterno e venceria tudo? — Bárbara faz um biquinho falso e inclina a cabeça me encarando. Ela vai morrer. — Tão inocente, coitada. E sabe, Isadora... Você não sabe de nada. Pedro me faz atingir orgasmos que nem imagina. Ele sabe bem o que faz, mas já deve saber disso. Mas tem um pequeno detalhe... Quem vai experimentar tudo isso mais tarde, sou eu.

Quando minha mão avança com tudo em direção ao cabelo dessa atrevida, alguém me pega pela cintura me impedindo de continuar. Poxa, faltava muito pouco para sentir essa crina na minha mão. Ela merecia ser arrastada no chão.

— O que está acontecendo aqui? — Tiago pergunta se colocando no meio de nós duas.

— A lindinha se distraiu e esbarrou na minha taça — Bárbara diz com uma expressão falsa de preocupação. Biscate. — Me desculpa mesmo, meu anjo.

LIVRO 2 - Você me aceita? [AMOSTRA]Onde histórias criam vida. Descubra agora