Tragédias podem ser devastadoras, principalmente quando acontecem com jovens.
Katherine Avery tinha apenas 23 anos quando desapareceu no mar, vítima de uma tempestade que lhe pegou no meio do seu treino de vela, a jovem e promissora at...
Katherine Avery
Um Ano Atrás:
— Você tem certeza de que quer fazer isso baby? – Perguntou Matteo abraçando-me pela cintura e beijando os meus lábios delicadamente. — Ouvi dizer que tem uma tempestade se aproximando, sabe que eu não gosto quando você inventa de velejar com essas condições.
— Baby, tem uma competição se aproximando e eu vim passar a semana em Capri apenas para treinar e não foi isso que aconteceu e nós dois sabemos isso. – Falei passando as minhas mãos pelo seu pescoço e sorri tocando o seu rosto delicadamente, meu lindo e carinhoso Matteo. — Prometo que não irei longe e devo estar de volta antes da tempestade se aproximar da costa, irei apenas checar se está tudo certo com o veleiro. Não faça essa cara, você sabe que eu não consigo resistir a esse beicinho.
— Por isso mesmo que eu estou o fazendo, quem sabe você desista dessa ideia. – Brincou ele beijando a minha testa carinhosamente. — Não vá muito longe, ficarei esperando ansiosamente por você.
— Eu ficaria muito feliz se tivesse você me esperando com o seu famoso macarrão. – Disse o encarando e sorrindo enquanto colocava o meu colete. — Devo estar de volta em uma hora.
Ele concordou e eu o beijei antes de caminhar pelo píer rapidamente e entrei no meu veleiro arrumando-o e sentindo o vento bater nos meus cabelos presos e fui para a água, o mar estava um pouco revolto por causa da tempestade que se aproximava, mas, como uma velejadora eu tinha que estar acostumada com todas as condições marítimas. Eu gostava de treinar em Capri, pois, o mar estava sempre mudando de condições e eu conhecia aquelas águas como a minha própria mão, afinal, eu treinava ali desde muito nova. Por mais que eu tivesse sido criada entre as campos e parreiras de Florença eu sempre amei o amor, o vento batendo nos meus cabelos, a sensação de liberdade que ele me passava, era como se eu estivesse completa quando estava perto do mar.
O mar era a minha segunda casa e acho que a vela veio apenas para complementar essa relação, eu estava entre as 100 melhores atletas da minha categoria e era uma das promessa para os próximos jogos olímpicos e por isso eu estava dando tão duro nos meus treinos, eu queria ser uma atleta olímpica e tentar conquistar uma medalha pelo meu país.
Senti as ondas batendo no veleiro fazendo com que ele ficasse desestabilizado e a chuva começar a cair mais forte do que o previsto, fiz meia volta esperando chegar o mais rápido possível no píer, eu sabia o quanto era perigoso velejar naquelas condições e correnteza estava cada vez mais forte puxando o veleiro para perto dos rochedos, por mais que eu tentasse o colocar na direção certa e a chuva atrapalhava muito a minha visão, já que eu não conseguia ver quase nada a minha frente.
— Inferno! – Rosnou puxando as cordas, mas, parecia que nada conseguia me afastar das gigantescas paredes de rochas, se eu continuasse a me aproximar daquela maneira do rochedo iria acabar sofrendo um acidente e poderia me machucar gravemente.
Uma onda fez com que o veleiro de chocasse contra os rochedos e eu me desequilibrasse caindo no mar e a correnteza me jogou contra as pedras fazendo com que eu perdesse os sentidos e começasse a afundar entre os destroços do meu veleiro e a última imagem que se passou pela minha cabeça foi de Matteo.
MATTEO:
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KATHERINE:
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