{Sophia Narrando}
O sol parece que amanhaceu mais quente que o normal, ele batia em minha janela e as frestas da Madeira que deixava ele passar iluminava meu quarto, após um belo café da manhã pedi para que papai deixasse eu andar de cavalo já que não teria nenhuma aula com o professor Carlos hoje, depois de muito custo ele deixou, contanto que alguém me acompanhace, sai correndo dando um beijo em sua bochecha onde a barba tomava conta, corri até meu quarto colocando uma calça junto a um corpete e botas, era raro eu usar essas roupas, meu guarda roupo era composto por vestidos e mais vestidos de todas as cores que vocês imaginam, mas pra falar a verdade nunca liguei pra isso, haja paciência ficar com tanto pano no corpo. Pentiei meu cabelos ruivos ondulados em um rabo de cavalo e os prendi, me olhei no espelho e vi que estava outra "mulher" andei saindo da casa e os empregados mal me reconhecia, não estava com aparência de a doce e "princesinha" Sophia, as escolhas das botas foram as melhores, em algumas partes o chão tinha lama pela chuva de ontem ainda, caminhei até o estabulo onde ficavam os cavalos e Luís estava penteando um dos cinco cavalos.
Sophia: Luís você poderia selar meu cavalo por favor
Luís : O senhor Antônio sabe que a senhorita vai andar de cavalo?
Sophia: Sim- olhei ele que ainda duvidava- se quizer pode ficar a vontade de ir perguntar a ele
Luís: Se a senhorita está falando- pude sentir a incerteza em sua voz-
Sophia: E mais uma coisa, você me acompanhará
Luís: Mas... mas eu tenho mais quatro cavalos para escovar ainda
Micael: Pode deixar que eu acompanho a senhorita Sophia, Luís -a voz rouca dele que mal ouvia a uma semana foi como um soco em minhas costas-
Luís: Tudo bem senhorita se Micael lê acompanha?
Sophia: Não, eu pedi para você Luís- falei mais alterada até escutar uma outra voz ainda mais grossa e rouca-
António: Algum problema com o Micael, Sophia? -me virei rapidamente-
Sophia: Não papai- falei com meu tom mais baixo-
António: Qual o problema do rapaz li acompanhar, se tiver algum eu ja resolvo agora-ele sempre com seu tom prepotente-
Sophia: Não há problema algum, era apenas minha implicância para tirar Luís de seus afazeres
António: Ótimo, espero que eu não tenha que me preocupar com seu mimo- mimo? desde quando eu era mimada, me segurei pra não dizer umas verdades-
Micael: Eu irei selar os cavalos senhorita Sophia, com licença- olha o ignorante sabia ser educado na frente de papai, pensei comigo mesmo-
Papai saiu do local se direcionando para onde ia, nem fiz questão de perguntar para evitar sua demora no local, depois de alguns minutos Micael já tinha selado meu cavalo e mais outro para me acompanhar, ele devia me agradecer por não falar a verdade sobre não querer sua compania. Os primeiros minutos foram em silêncio, só o barulho da ferradura batendo no chão podia se ouvir, de certa forma meus pensamentos não parava nenhum segundo, procurava uma forma ou um assunto para quebrar todo aquele silêncio que passou a ser constrangedor!
Micael: Porquê não disse a seu pai sobre o beijo?- o céus até que enfim uma palavra-
Sophia: Não tinha necessidade, ou você queria que eu falasse?
Micael: Por mim- ele parecia não ligar nenhum pouco, isso me provocou me deixando com raiva-
Sophia: Você sabe muito bem que seria mandado embora
Micael: Não me importo
Sophia: Realmente você não se importa pra nada - minha voz saiu em um tom de desprezo tão grande que eu poderia socar a cara dele-
Micael: Não, eu me importo com uma coisa sim, mas isso não importa agora
Sophia: Qual o seu problema Micael?
Micael: Nenhum, ou você vê algum problema em mim?
Sophia: Vejo- encarei os olhos dele que me forçaram observar seus lábios, oh céus esse lábios não eram normal, parecia que ele chamava os meus como dois imãs, se eu não estivesse encima de um cavalo e ele em outro acho que já estavamos se beijando-
Micael: Vou descer pra da água aos cavalos - disse ao avistar a lagoa, estava um dia quente e ensolarado-
Sophia: Me ajuda aqui por favor
Micael:Usando sua educação?
Sophia: Não me provoca- se eu não precisasse da ajuda dele juro que empurraria na lama da estrada-
Ele segurou minha mão e ajudou eu descer, na hora que minha bota bateu na lama que se formava respingou em sua roupa, olhei pro rosto dele que não era nada feliz, eu queria muito rir mas isso o provocaria e eu ainda tinha o caminho da volta dependendo dele.
Micael: Consegue ficar segura por enquanto?
Sophia: Eu sempre consegui ficar segura sozinha- respirei fundo-
Micael:Ah consegue?- senti sua irônia- não parece quando eu tive que salvar a sua vida - disse enquanto levava os cavalos para tomarem água, amarrou os dois em um pedaço de madeira deixando os cavalos se refrescarem-
Sophia: Micael não me enche vai - me sentei na beira de uma árvore que fazia uma bela sombra, meu cabelos ruivos estavam pegando fogo de tanto sol em minha cabeça-
Micael: Aline vive a muito tempo com você?
Sophia: Desde que eu era pequena
Micael: Você não é muito grande ainda- olhei feio pra ele-
Sophia: Desde meus cinco anos por ai, a mãe dela é cozinheira então ela cresceu junto comigo, e acabou virando minha "criada", mas sempre a considerei como uma amiga, por que a pergunta?
Micael: Curiosidade, ela é uma boa pessoa
Sophia: Anda conversando bastante com ela
Micael: Ciúmes Abrahão?
Sophia: De você? Jamais Borges
Micael: Vamos antes que seu pai venha atrás da gente
Sophia: Tem medo do Conde Antônio?
Micael: Nenhum pouco- me assustei da forma que ele olhou nos meus olhos após me dar a mão para levantar- nem dele e nem da filha
Sophia: Não tem porquê ter medo de mim, ou tem?
Micael: Nenhum pouquinho- andou até os cavalos trazendo eles até a mim- primeiro as damas - esticou sua mãos para me aponhar-
Após subir no cavalo ele fez o mesmo e o caminho da volta foi mais tranquilo, conversamos sobre coisas bobas, comentamos também sobre Aline, estranhei toda sua curiosidade, será que estava rolando algo entre os dois? Não que isso me interessasse. Não isso me interessava e muito, mas como assim de uma hora pra outra, eu precisava saber mais e de Micael eu não conseguiria tirar nada, tinha que ser de Aline, ia ser de Aline! Chegamos e desci rapidamente do cavalo com sua ajuda novamente, sai andando sem ao menos me despedir, precisava de um banho urgente, aquela roupa toda grudava meu corpo, os vestidos até que tinham uma vantagem, que a parte de baixo era solta e aberta mas em compensação a parte de cima parecia que iria prensar minhas costelas e peitos que por sinal também eu não tinha muitos!
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Meu Amor Proibido
Fanfiction1900 século XIX Sinopse: Sophia tinha 15 anos quando Micael veio trabalhar em sua casa que por falar em casa era enorme, sua família que tinha muito dinheiro e levava uma vida boa cheio de empregados sem precisar algum esforço, até a propria Sophia...