{Sophia Narrando}
Estava ainda meio sonolenta quando ouvi um barulho leve em minha janela de pedrinha, logo em seguida ouvi o mesmo barulho agora com a pedrinha caindo dentro de meu quarto, me sentei na cama , ainda não estava entendendo nada, levantei e andei até a janela e lá estava ele como a 7 anos atrás jogando pedras em minha janela, sorri e ele se aproximou da janela fazendo força para subir, olhei pra ele esperando que ele falasse o que fazia aqui no meu quarto, o sol ainda batia forte com a mesma brisa leve, ele se aproximou e sem dizer nada me beijou, eu sem reação alguma apenas retrebui aquele beijo que tomava meus lábios de uma forma bruta, suas mãos me apertava me trazendo contra seu corpo e em uma sensação de sufoco como se estivesse me afogando e o ar faltando acordei e dei de cara com a realidade, estava escurecendo já, olhei em volta no meu quarto e não havia ninguém, era um sonho, ou um desejo que fosse realidade, mas a minha realidade foi mais bruta me fazendo acorda desse sonho tão real!
Levantei e vesti um vestido azul claro, arrumei o cabelo e fui ao banheiro escovar os dentes, depois de alguns minutos eu estava na sala de jantar encontrando mamãe e papai que tinha começado a comer, eles acharam melhor não me acordar mas logo que me viram pediram pra me sentar e se servi, comi com eles conversando ainda sobre algumas coisas da viagem e toda vez que o silêncio tomava conta vinha aquele sonho na cabeça.
Mas afinal eu queria ou não falar com Micael? Eu queria claro que eu queria, mas eu não sabia como chegar nele depois de deixa-lo por 7 anos, não que eu queria fazer aquilo, mas ainda eu me sentia culpada, a carta... será que ele me compreendeu?
Após o jantar trocamos mais algumas palavras e logo em seguida eles foram se deitar pois estavam cansados, eu fiz o mesmo indo pro meu quarto, deitei me na cama flertando o teto quando lembrei do meu baú de madeira, dei um pulo da cama indo até o guarda roupa, dei um suspiro fundo de alívio quando vi ele na parte debaixo encima de umas roupas, peguei e levei até a cama, sentei nela e peguei a chave que estava no meu pescoço, abri ele e la estava todas as cartas escritas por mim ao longo desses anos, eram cartas dedicadas ao Micael, me serviram como um diário, como um amigo que estivesse ali pra sempre me ouvir quando eu precisava, nelas continuam algumas decepções, algumas alegrias e conquistas, a falta que sentia todos os dias, meus pedidos de desculpa a ele, tudo que eu sentia sem nenhum escrúpulo, eu escrevia tudo, mas agora que estava perto dele eu não sabia qual seria sua reação ao ler essas cartas e nem tinha coragem de entrega-las para ele, eu mal conseguia imaginar eu dirigindo uma palavra imagina entregando todos os meus 7 anos em suas mãos.
Mais um dia amanheceu e a minha primeira noite na minha casa tinha sido tranquila e fresca, tirando minha cabeça que não parava de palpitar e meus pensamentos que me torturavam, eu precisava tomar uma atitude o quanto antes se eu não ia ficar louca. No fim do meu café da manhã Aline apareceu me cumprimentando....Aline: Bom dia Condessa
Sophia: Bom dia Aline-sorri- sem o Condessa você sabe
Aline: Vai que você tenha mudado e preferisse ser chamada de condessa
Sophia: Algumas coisas mudei sim, mas não fiquei chata -dei risada-
Aline: Planos para o dia ?
Sophia: Estou ainda tomando coragem
Aline: Coragem? Mas .. mas coragem pra que?-sua aparência mudou e parecia preocupada-
Sophia: Calma Aline, não precisa se preocupar, não tenho mais 16, não vou sair aprontando por ai
Aline: Só fico preocupada com a senhorita
Sophia: Não precisa se preocupar- sorri e me levantei da mesa- irei dar uma volta
Aline: Eu vou com você
Cassia: Aline, que bom que te achei, sua mãe está te procurando lá na cozinha
Aline: Agora?
Cassia: Sim,agora
Aline: Tudo bem, estou indo, licença Condessas- saiu do local-
Sophia: Bom dia mamãe
Condessa: Bom dia minha filha, dormiu bem?
Sophia: Perfeitamente -sorri- irei dar uma volta pelo Jardim
Condessa: Tudo bem, cuidado
Sophia: Pode deixar, todos acham que ainda sou criança
Cassia: Pra mim, sempre será- me deu um abraço e um beijo na cabeça-
Parei na porta principal da casa e senti o sol refletir sobre o meu rosto, fechei os olhos e naquele momento podia sentir o calor invadindo os poros de minha pele, naquela manhã eu havia vestido um vestido vermelho, os anos se passavam mais ainda me apertava, agora com meus seios crescidos ele marcava eles perfeitamente, minha pele tão clara parecia brilhar com a luz do sol, meus cabelos presos com alguns cachos soltos, é minhas bochechas rosadas.
Comecei a caminhar pelo Jardim olhando as flores que haviam nascido, algumas coisas que tinha mudado mas outras pareciam como antes, fui até o estábulo e lá estava meu cavalo branco, ele parecia que me reconhecia, não sei se era meu cheiro mas ele deixou eu passar a mão sobre sua crina abaixando a cabeça, eu tinha sentido falta de tudo isso.... levei um susto, meu coração parecia que ia sair pela boca, minhas mãos formigaram e meu estômago se revirou, como uma pessoa podia causar tanta coisas ao mesmo tempo em mim, como isso era possível? Sua voz tão masculina e grossa, mas tão reconhecível por mim, meu corpo não se mechia, eu não conseguia se virar para encara-lo.Micael: Sophia?!
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Meu Amor Proibido
Fanfiction1900 século XIX Sinopse: Sophia tinha 15 anos quando Micael veio trabalhar em sua casa que por falar em casa era enorme, sua família que tinha muito dinheiro e levava uma vida boa cheio de empregados sem precisar algum esforço, até a propria Sophia...