Destino Incerto

Sexta-Feira, 14 de Setembro

Olá leitor, já faz mais de um ano que não escrevo aqui. Resolvi escrever aqui porque foi o batizado do Paul e por causa disso voltei pra cidade. Sim, passei na faculdade, hoje em dia moro no Campus e trabalho em uma livraria, saí da ''asa'' do meu pai. A faculdade é muito difícil, mais do que imaginava, mas gosto de desafios, fiz muito amigos lá, gosto muitos de todos eles e estou saindo com uma garota da minha classe, ela é linda, mas sempre que posso, venho pra cá rever meus antigos amigos. Voltando ao assunto, Paul é o ser mais lindo desse mundo, ele tem os olhos grandes da Summer, porém, claros como os do Ted, ele é muito inteligente, está sempre tentando falar, todo final do ano mando um brinquedo para ele Summer disse que ele adora todos. Depois do último relato, nunca mais soube da Alice, julgo que pelo fato de sentir tudo de uma vez, eu simplesmente me desliguei e não fiz mais questão de saber sobre ela, até hoje, descobri que ela é madrinha do Paul. Summer a convidou quando pouco antes de fazer a fogueira no ano novo passado. Ela está mais linda que antes, o que achava impossível, está tatuada, pintou o cabelo e agora usa óculos. Depois da cerimônia, fomos comemorar na casa que Summer e Ted haviam alugado, sentei em uma mesa só, fiquei olhando Alice conversar com as pessoas da festa quando Summer se sentou em minha frente e disse:

- Estava com saudades, sabia?

- Eu também estava, mas a faculdade não está fácil

- Já ouviu falar em celular? Ele pode ligar pras pessoas 

- Eu sei, me perdoe

Ela reparou que estava olhando Alice 

- Ela está maravilhosa, não?

- Está, como isso é impossível? Como o tempo pode fazer tão bem?

- Não sei, mas gostaria de saber. Ela veio aqui uns dias antes ver o Paul, ela é muito boa com crianças, muito carinhosa. Ela perguntou muito de você, disse que não tem coragem de falar com você de novo, que tem medo de a ignoraria, etc

- Jura? Quem vê pensa

Summer reparou meu nervoso quando conversamos sobre Alice, então quando menos esperava a chamou pra se sentar conosco

- Alice, esse é meu meio-irmão e padrinho do Paul - Disse Summer

- Muito prazer em conhecer - Eu disse estendendo o braço e realmente fingindo que não a conhecia

- O prazer é meu, senhor?

- Damon Miles 

- Alice, sente-se e faça companhia esse belo rapaz, enquanto vou ali pegar algo para comermos, não se mexam - Disse Summer se levantando e saindo

Ficamos ali, Alice e eu, nos olhando, eu estava reparando em todos os detalhes novos dela, ela tinha abandonado a aparência de menina, não usa usava tanta maquiagem como antes, agora tinha tatuagens, uma me chamou a atenção mais que as outras, uma borboleta no pulso, havia deixado o cabelo crescer e parecia mais ''séria''. Depois de muito olhar pra ela, acho que ela se lembrou que ficava desse jeito quando queria lembrar do máximo de detalhes dela possíveis

- Pare de me olhar assim, parece que não mudei nada - Disse Alice

- Você mudou tanto, fez o impossível, ficou mais linda

- Damon Miles, você e seu poder de me deixar vermelha, mas me conte, como está a faculdade?

- Extremamente difícil, estudei por anos, mas ainda sim é uma pressão totalmente diferente e você, como está a faculdade?

- A minha também está difícil, mas acho que precisava dessa cobrança. Divido o apartamento com uma amiga de lá, também conheci um menino lá, ele sempre me faz rir e me ajuda nas matérias

- Que legal, moro no Campus, é muito lega lá, tem muitas fraternidades, todas as fraternidades me querem como integrante. Eu também conheci uma garota, ela é fantástica, ela toca em uma banda e é tão linda

- Quem diria, você sendo requisitado em todas as fraternidades 

- Tenho que te agradecer, sem você nada disso teria acontecido.

Depois disso, Alice sorriu, virou seu copo de vinho se levantou e estendeu a mão pra mim e disse: '' Vamos conversar lá fora, aqui está muito barulho''. Me levantei e dei a mão a ela, fomos para os fundos, ela me parou em sua frente e simplesmente me olhou por 1 minuto, me abraçou após esse 1 minuto e começou a chorar:

- Damon, me perdoe, por favor, eu não fiz por mal, eu era jovem e não tinha noção das consequências - Disse Alice, chorando em meu ombro e com a voz abafada da minha camiseta

- Eu te perdoo, entendo seu lado, você tinha que correr atrás do seu sonho, não se preocupe, passou, ninguém vive de passado - Eu disse abraçando-a, limpando as lagrimas do seu rosto, enquanto ela estava com o rosto virado 

- Você é tao perfeito, tão compreensivo, como puder perder isso

- Você sabe que sempre serei seu, sempre voltaremos aqui, pra cidade onde tudo começou

- Sei, eu só espero que meu ficante e a sua sejam compreensivos como você

- Porqu...

Antes que pudesse acabar de falar, Alice me beijou, me fazendo lembra de como ela beija bem, ela tem o beijo mais macio que tive em toda minha vida, mais doce, o melhor do mundo. Ouvir a respiração ofegante dela, ver seu corpo se arrepiar por inteiro é divino. Às vezes que ela para o beijo para me morder, é  inexplicável a sensação. Depois do beijo eu disse que estava em um hotel perto dali, em menos 3 minutos após dizer isso, estávamos em um Uber indo ao tal hotel. Depois de chegarmos, subimos ao quarto, eu abri o vestido dela de ziper, assim que abri ele caiu mostrando mais uma vez como o tempo, vez bem a ela, o corpo dela que era escultural estava ainda mais definido, ela me mostrou uma tatuagem escondida dela, depois disso, foi como se meu lado animal tivesse sido desperto. Transamos por mais de 3 horas, quando terminamos ela se deitou em meu peito (que já não era magrelo por causa academia que fazia) e foi tão bom ver dormir novamente, ela parecia ter encontrado mais uma vez. Quando acordei ela estava no banho, peguei uma xícara de café que havia no quarto e fui olhar ela:

- Sabia que é falta de educação olhar os outros em momentos íntimos? - Perguntou Alice

- Sabia que é um crime uma obra de arte dessa não ser vista por todos? - Eu disse 

- Então vamos fazer uma obra melhor.

Quando ela me puxou pro banho e nos beijamos e você sabe a outra coisa que aconteceu depôs. Assim que saímos do banho fomos tomar café, infelizmente ela tinha que ir. Antes que ela fosse fomos ao meu pai, Vitória ficou imensamente feliz de ver Alice depois de tanto tempo, fiquei conversando com meu pai sobre a faculdade e depois fomos embora. Peguei o carro do meu pai e levei Alice para o aeroporto, só faltava ela para entrar no voo, nos abraçamos e ficamos com os rostos bem perto um dos outro, não nos beijamos, apenas ficamos sentindo o ar saindo da boca do outro, depois a vi partir de novo, mas com um ''adeus '' decente. Voltando pra casa do meu pai (onde cá estou) fico olhando pra coisas que deixei pra trás e não arrependo, Alice escolheu me deixar e eu escolher focar em minha carreira, não que tenha sido a melhor escolher que ela possa ter tomado, mas terei que lidar com ela pra sempre. Até logo leitor, foi um prazer contar isso a você