Sábado, 26 de Novembro

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Hoje fui convidado para uma festa, sim eu, tenho quase certeza que convidaram mais Alice do que a mim. Estávamos na sorveteria quando um grupo de adolescentes entrou, quase todos com casacos do time da cidade, então um olhou para Alice, entregou um papel e disse: ''Aparece lá hoje a noite'', então Alice que estava do meu lado me abraçou, disse  que íamos aparecer e ele saiu. Então quando estávamos saindo ela percebeu que fiquei cabisbaixo e perguntou o por que:

- Porque, isso nunca aconteceu antes

- O que?

- Alguém ficou do meu lado, não fingiu que não existia

Então ela me abraçou e me beijou e disse

- Isso nunca mais vai acontecer, não vou deixar

Chegamos na casa da vovó, ficamos na casa da árvore a tarde inteira ''conversando'', até que ela insistiu tanto para irmos pra festa que disse ''tudo bem'' nos arrumamos e fomos. Chegamos na casa do dono da festa, descobrimos que Helena foi visitar um tio perto da cidade e veio pra festa e também conhecemos a filha da Vitória, no colo de um menino que ela provavelmente ela não sabe o nome, fiquei olhando até que Alice me pediu uma bebida e fui buscar, eu no meu melhor estilo de adolescente anti-social, peguei a bebida tremendo quase derrubando e todos me olhando. Quando voltei o garoto que ''nos'' convidou estava em cima da Alice, e ele já estava meio bêbado quando fui me aproximando até que ele roubou um beijo dela, e eu só me lembro de duas coisas depois disso: a primeira é o som dos copos que deixei cair, e a segunda foi o garoto no chão com o nariz sangrando, meu punho vermelho e com sangue, então Alice pegou minha mão e saímos correndo de lá, ela me puxando pela mão e rindo. Fomos pro restaurante da cidade e pediu um saco de gelo, quando chegou, coloquei na minha mão e perguntei:

- O que aconteceu?

- Você quebrou o nariz daquele garoto - responde Alice

- Como? Não tenho força pra isso

- Parece que tem sim! - ela disse rindo - Vamos, temos que ir, amanhã partimos cedo

- Vamos

Então agradecemos o gelo e fomos pra casa da minha avó, chegamos pelos fundos e vimos meu pai e a Vitória no sofá tomando vinho, antes de eu mesmo conseguir abrir a porta Alice me puxou e me disse por gesto para que esperasse, até que conseguir ver, que meu pai estava dando risada. Meu pai é uma pessoa muito séria, raramente sorri e ver ele sorrindo me deixou feliz. Eles ficaram rindo até que eles pararam e se olharam e Vitória disse algo e tocou o cabelo dele, eles se beijaram, fiquei muito mais feliz por ele, então olhei pra Alice e ela sorriu pra mim e disse '' Vamos dormir ali'', apontou pra casa da árvore, concordei mesmo pensando que não devia ser confortável dormi lá. Quando cheguei lá tinha: um colchão com lençóis limpos flores e velas aromatizadas,  me virei pra Alice e ela sorria, um sorriso tão sincero, depois me beijou e no final da noite ficamos abraçados olhando as estrelas pela janela da casa da árvore até dormimos.

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