May 16

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Não demorou muito para que eu me cansasse de assistir a aula de história e eu estava a ponto de simplesmente levantar e sair sem pensar duas vezes no que aconteceria depois.

Não estava aguentando o olhar de Dylan sobre mim praticamente desde a hora que eu o enfrentei na frente dos nossos amigos.

Seu rosto tinha ficado pálido e seus olhos arregalados assim que eu terminei a frase mas depois disso ele me olhava confuso, sem entender como eu poderia saber de algo assim.

Bem óbvio, não? Eu estava te procurando, idiota. Olhando sua maldita janela que nem um stalker.

De algum modo Dylan sentiu meu nervosismo e pensou em colocar a mão em meu ombro. Respiro fundo e finalmente me levanto, caminhando apressado para a porta desistindo de fato daquela aula.

"Thomas?" É a última coisa que escuto, tanto de Dylan quanto da professora que nos dava a aula.

Os ignoro e saio da sala, caminhando apressadamente pelos corredores até chegar em meu armário, onde jogo minhas coisas de qualquer jeito e bato a porta com força.

Solto a respiração que nem percebi que havia prendido e apoio cabeça e as mãos na porta de meu armário. Tento acalmar minha respiração que estava incrivelmente pesada, meus ombros subiam e desciam conforme eu me acalmava, mas parecia que isso tudo só piorava.

Sinto uma mão apertar meu ombro levemente e me puxando para um abraço, não me preocupo em ver quem era no momento e desabo no choro.

Suas mãos passavam por meu cabelo enquanto fazia "shhh" para me acalmar.

"Vai ficar tudo bem." O escutei falar e abraço mais forte. "Quer sair daqui?" Perguntou e eu nos separo, olhando o asiático em minha frente.

"Não era para ser assim, sabe?" Pergunto secando meus olhos com as mãos.

"Não precisamos falar sobre isso, pelo menos não agora." Ele disse passando a mão em meu braço direito.

Respiro fundo e o encaro, ele tinha um leve sorriso para tentar me confortar, mas sabia que ele também não estava feliz com o que havia acontecido.

"Como soube que eu estava aqui?" Perguntei assim que começamos a andar em direção à saída do colégio.

"Tive um pressentimento." Ele disse e riu fraco.

"Estou falando sério, Ki." Digo o olhando.

"Esperem por mim!" Ouvimos no fundo do corredor e nos viramos, encontrando Kaya correndo em nossa direção.

"O que faz aqui?" Perguntou Ki.

"O mesmo que vocês, matando aula." Ela disse apoiando as mãos no joelhos e tentando acalmar a respiração. "Odeio correr." Completou e eu ri fraco.

"Onde vamos?" Perguntou Ki Hong e eu dou de ombros.

"Estava pensando em ir na sua casa, Tom." Ela disse e eu a olhei confuso. "Arrumar as coisas para a sua festa! Temos tão pouco tempo..." Ela diz andando em direção à saída e eu olho Ki Hong que apenas sorriu e a seguiu.

Respiro fundo e faço o mesmo.

+

Chegamos na minha casa depois de passarmos em um supermercado para comprar copos e pratos descartáveis, alguns salgadinhos e bebidas. Muitas e muitas bebidas.

"Sua mãe não vai encrencar com tudo isso de bebida, Thomas?" Perguntou Kaya enquanto colocávamos as sacolas em cima da ilha da cozinha.

"Nem sei, creio que não..." Respondo e ela ri fraco. "O que houve?" Perguntei confuso.

Conscience | DylmasOnde histórias criam vida. Descubra agora