Chapter 2

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Eram quase cinco horas da tarde quando ele recebera a mensagem no celular.

― Safados! ― pensou.

Empreguiçou-se, pousou o celular novamente em cima da mesa de centro. Em seguida pegou o copo de limonada que tinha em cima da mesma mesa num copo de cristal reluzente. Só ela sabia fazer uma limonada daquela forma. Deu cabo de terminar o resto da bebida que ainda insistia em existir e passou para uma tarefa monótona. Trocar canais de TV. Apesar dos milhares canais que tinha a sua disposição, nada tinha de interessante. Após uns dois minutos trocando de canais algo lhe chamou a atenção. Um grupo de adolescente em Manhattan tinha a vida que todo ser humano pediu a Deus. A vida que ele mesmo tinha. Eram perfeitos. Eram ricos. Eram lindos. Eram adolescentes. Estava claro que conhecia aquelas personagens, quem não os conhecia? Danilo estava assistindo Gossip Girl. Pegou o celular novamente em cima da mesa, e digitou uma mensagem. Logo em seguida pousou o celular sobre a mesa de centro novamente. Não demorou muito até receber uma mensagem de resposta que o fez abrir um largo sorriso.

― Isadora?!

Gritou.

― Sim?

Isadora sempre se mostrava extremamente eficiente, os patrões nunca precisavam chamar mais de uma vez. Ela sempre corria. Parava o que estivesse fazendo. E era Danilo quem a chamava. Aquele menino lindo, o mesmo que insistia em andar de cueca pela casa enquanto a mãe dizia que não era nenhum pouco educado fazer aquilo! Um menino além dos padrões de beleza.

― Isadora minha querida... ― começou a falar levantando-se, entusiasmado, do sofá e caminhando até a escada.  ― Venha comigo! ― começou a subir deixando Isadora parada, com cara de boba admirando as lindas curvas daquele rapaz. ― Preciso dos seus serviços.

Ah! Maldito. Tinha a voz sexy. Que merda, ele era todo sexy. E sabia como deixar Isadora excitada. “Preciso dos seus serviços” era tão excitante. Era tão obsceno. Nem parecia aquele leso do professor que vinha se encontrando há alguns dias e que nada fazia. O mais longe que o maldito havia chegado era o beijo em sua mão.

Danilo parou no meio da escada, virou-se e olhando fixamente em Isadora.

― Você não vem?

Isadora acordou de um sono profundo.

― Ham? Vou. Claro. Mas... é... o que o senhor realmente precisa? Sua mãe vai há um jantar hoje à noite, tenho que preparar algumas coisas. Roupas do seu pai e dela. Você sabe como ela é. Apenas eu, posso passar as roupas de sair deles.

― Eu sei... ― a voz suave ecoou na sala como se fosse música ― ...boba! Mas é questão de minutos.

― Mas...

― Ai Isadora... Estou perdendo tempo. E já ouviu a expressão: “Tempo é dinheiro”?

Isadora pensou: ‘Isso não é problema para os senhores’, mas não disse nada. Começou a andar acompanhando o rapaz.

― É! Cuida! ― riu-se Danilo brincando com Isadora na escada.

Seu quarto era um dos primeiros após subir a escada. Ao chegar, a primeira coisa que fez foi ir até a mesinha do seu escritório ligar o laptop. Precisava pesquisar. Tinha algo em mente, mas não sabia nem por onde começar. Deixou o computador ligando e virou para falar com Isadora que acabara de chegar ao quarto em seu encalço.

― Vou viajar.

Isadora tentou entender.

― Quando?

― Estou esperando umas confirmações. Assim que recebe-las estarei partindo. Preciso que arrume minha mala. E por favor, coloque o máximo de roupa que conseguir. Roupas para inverno. ― falou sentado em frente ao computador. Precisava achar algo bom.

NOCENTE - Não é leve o perigo quando parece leveOnde histórias criam vida. Descubra agora