Vamos beber?
Eu sei. Não é o melhor pedido, nem a melhor hora, talvez. Não é como se fosse um "vamos estudar?" ou "vamos às compras?", não. Está mais para um "venha conversar e esquecer." Então, um drinque?
O que deseja? Uma dose de morte pura. Ou talvez uma taça de foda-se, carregada no limão. Ou, então, uma quantidade mínima de sonho conservado?
Você decide o que quer levar aos lábios. Seja isso prejudicial ou não. Na verdade, sempre vai chegar aquela hora que só o que você quer é beber, nem precisa ter um motivo específico, simplesmente uma dose de uísque cairia bem.
E depois outra...
E outra...
Você não se importa com a quantidade de copos que já virou e nem sente remorso por ainda querer virar mais cinco ou seis. As pessoas estão olhando e você só quer que aquela quantidade absurda de álcool desça e faça com que as trancas da sua boa educação deslizem apenas um pouco. Só um pouco...
Para que você finalmente possa usar aquela desculpa de "estou bêbado." Ou os seus amigos usarem para você "ele está bêbado, não ligue.".
Daí em diante a sensação inebriante cuidaria do resto. Sem freios. Um louco desgovernado. As nuvens ganhando formas e o vento cochichando-lhe mil e uma prosas, com uma pitada de sal e limão.
E depois, o relax e o choque da água fria em contato com o calor natural do corpo que, a pouco tempo, experimentou um pedacinho do livre arbítrio misturado com álcool e uma série de entorpecentes.
The end.
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Paixão Poética
PoetryRespire Poesia e se afogue em pensamentos de uma adolescente em crise...