Lucy on
"Ela veio em minha direção com a face triste.
- Lucy-sama...- Disse com a voz seca- Sua mãe não sobreviveu...
Minha face não havia mudado? Pode ser que minha expressão não, mas dentro de mim eu pediu Desculpa, eu queria me matar, lá no fundo me senti abatida, bem lá no fundo senti que tudo havia acabado, senti que nada mais havia sentido, que a única solução era morrer. Quando virgo saio do local, "cai" em lágrimas até não conseguir ver, desde aquele dia passei noites em claro chorando, passei semanas sem ir para a escola. Não importava ir ou não ir para a escola, ninguém nota minha existência imagina a ausência.Papai, eu também não vi mais ele depois da morte da mamãe, pensei em ir em seu escritório mas ele não parecia bem... ele não costuma quebrar os vasos de vidros. Eu estava com medo, medo da escuridão.
No dia seguinte acordei assustada com sons da sirene de uma ambulância, ao sair do meu quarto vi um corpo semelhante ao do meu pai. Tremi dos pés a cabeça.
- Papá- Me ajuelhei no chão e comecei a chorar- Por que?- Pensei chorando e gritando de dor no peito...ou melhor, dor no coração.
De manhã acordei e fui para a sala de estar como os olhos roxos de tanto chorar na noite passada. Liguei a TV parando no canal de reportagem
NOTICIÁRIO:
O grande chefe da empresa Heartifilia, faleceu na noite passada, foi encontrado seu corpo no chão com vários vasos quebrados em seu cômodo e uma faca em sua garganta, colocamos essa morte como um grave suicídio. Detetives afirmam que o senhor Jude Heartifilia sofria por Depressão pela morte repentina da senhora Layla Heartifilia. A empresa Heartifilia sera tomada por Loke Heartifilia sobrinho de Layla e Jude Heartifilia.- Na onde a filha dos Heartifilia entra?- Pensei indignada- Em lugar nenhum né, até os jornalistas se esquecem que Jude e Layla tinham uma filha, todos esquecem..."
-Ei Lucy vamos acordar?- Disse uma voz feminina.
-Bom dia virgo- Levantei da cama indo para o banheiro, escovei os dentes e troquei de roupa, colocando o uniforme escolar- Espero que aquele garoto não se intrometa de novo- Disse seria com os olhos opacos vendo minha expressão no espelho. Em seguida desci para a cozinha aonde virgo tinha feito torrada com ovo- Está uma delícia- Sorri para virgo em quanto comia.
Depois de comer fui assistir um pouco de reportagem.
NOTICIÁRIO:
Ontem às 20:57, no edifício Scarlett, um jovem de 18 anos se suicidou, pulando do último andar. Colegas de classe diziam que ele sofria bullying, com certeza ninguém e nem mesmo o menino denunciou esse ato.Suspirei pensando nessas coisas, e realmente seria útil? Não, isso é inútil, mesmo se eu morresse nem nos céus me notariam. Já estava dando a hora de eu sair para ir na escola.
- Tchau virgo- Digo saindo e fechando a porta em seguida.
Quando cheguei no portão da escola, vários alunos se caminhavam até o pátio aberto para entrarem no pátio fechado, percebi que o pátio aberto também iria ficar vazio então continuei nele e sentei em um banco. Novamente minha inexistência tinha voltado, estava sentado do meu lado aquele jogador de Basquete que toda garota da escola ta afim, isso é ridículo. Parecia que ainda não tinha me visto, o céu estava lindo, aquele azul em que eu olhava, realmente lindo.
Minha atenção foi tirada no momento em que meu celular tocou. Então atendi:
Venha atrás da escola, VADIA
Com certeza era de se dizer que aquelas garotas não me esquecem, não me lembro de ter feito algo de errado pra elas. Me levantei do banco e olhei para o menino de cabelos rosados que olhava espantado para mim, fiquei surpresa por estar me olhando mas não demonstrei tal sentimento.
Caminhei até a área atrás da escola aonde havia flores, um local lindo.
Depois da série de tortura (...)
- O que aconteceu?- Veio a enfermeira até meus ferimentos, parecia estar espantada- Cuidarei disso, agora vá que começará a aula- Disse para o rosado.
-Obrigado- e se retirou.
-Como se chama?- perguntou colocando pomada em alguns ferimentos.
-Lucy...- Sorri para a mulher- e o seu?
- Evergreen- Retribuiu meu sorriso- Quem fez isso?- Me surpreende
- Eu apenas cai no chão e ralei o joelho- Tentei disfarçar
- Então o que são essas marcas de tênis na sua pele?- Droga, minha pele é muito branca- Sabe...eu sei que ele te ajudou- Arregalei meus olhos- Ele é um bom menino, devia agracede-lo- Acenti positivamente.
-Okay...
-Prontinho, pode voltar para sua sala- Disse ela terminando de passar álcool em um arranhão- Se cuide- Ouvi antes que a porta da enfermaria fechasse.
TRIMMMMM!!!
Quando o sinal ja havia batido, todos os alunos foram embora. Me apressei indo em todos os corredores a procura do rosado, quando então percebi que ele já havia saído da escola. Corri até uma esquina e vi a cabeleira rosada, e apanhei sua mão.
-Obrigada- Disse um pouco sem fôlego, e virou me olhando.
-Denada- Sorriu- Qual é seu nome?- A mesma pergunta duas vezes no dia, suspirei e pensei alguns segundos, não tinha por que não dizer meu nome.
- Lucy Heartifilia- soltei sua mão, em quanto os carros passava, olhava no canto do olho o rosado que ainda não havia notado a existência do meu sobrenome- Mas...pode me chamar de, fantasma- Ficou confuso
- Okay, Senhorita fantasma- Mesmo que não fisse, dei um sorriso pela nossa ironia e então demos um passo para atravessar..."
Depois que tudo havia acontecido em apenas dois mêses da morte de minha mãe, eu ia todos sábados para o cemitério entregar flores para mamãe e papai. Nesse sábado eu havia voltado de casa fechando a porta com força, Indo para a cozinha deixando as compras na mesa. Com os pés batendo no chão de madeira, subindo as 37 escadas para ir em meu quarto que qualquer um que entrasse diria que era de uma princesa, clichê. Pulei em minha cama na tentativa de quebrar a mesma, mesmo sabendo que eu era muito magra e fraca para isso. Eu estava com raiva? Não era isso, talvez estava fingindo estar com esse sentimento, as vezes eu faço isso para me iludir ou talvez me acalmar? Difícil explicar. É mais difícil compreender aquele rosado, por que não me deixa?
Eu quero tanto me enturmar, mas tenho tanto medo...medo de ser usada, medo de me esquecerem, medo de eu machucar alguém, eu apenas sinto medo...
Ouvi um barulho em meu quarto, levantei da cama, mas não conseguia localizar da onde vinha. Então de repente ouvi um sussurro.
- Não paro- Me assustei e vi o rosado atras mim, arregalhei meus olhos. Ele sorriu.
-O QUE?!- Por que ele havia dito aquilo e como entrou no meu quarto, estava espantada e monstrando isso.
- Eu não paro de me intrometer- Sorriu
- Concordei com isso também- Disse uma voz, quando olhei na direção da voz, percebi como ele havia entrado, a janela estava aberta. E nela Gray estava sentado.
- NÃO IREMOS PARAR- Disse em uníssono os dois garotos, eu estava perplexa
- Por que...?- Sussurei olhando para o chão...Uma lagrima escorregou por minha face e caiu no piso gelido.
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Estou aqui, Loirinha [CONCLUÍDA]
RomanceSeus pais morreram, isso fez ela ficar em choque, as únicas pessoas que sempre falavam com ela, eram suas amigas falsas, ninguém se lembrava dela. Esquecida, ela que era a filha do dono do melhor hospital de toda Ásia, mesmo assim só sua babá estava...