A calmaria em meio ao caos, o caos em meio à calmaria.
Coletânea de textos e poemas do instagram @devaneandose.
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fitando os contornos sutis que enquadravam aqueles rabiscos em seu corpo, ela sentia o beijo úmido penetrando em si sem o mais simples toque. é como uma valsa, você nunca sabe quem te convidará para dançar, e ele a convidou. horas se passavam nos minutos em que estavam juntos. ela, com os pés para cima num movimento fútil de ondulações no sentido anti-horário e ele, cujo movimento macio nos lábios da garota iam se intensificando à medida que o afeto entre os dois ia ganhando forças. o verde dos olhos encarava fixamente o leite oferecido por noites completas no leito do colo pardo. a boca vibrou. os corpos aproximaram-se. e ao deslizar na figura tracejada no seio do rijo homem, ela sentia como se fosse a primeira vez, e se entregava como a última. a dança acabara de começar, mas é como que seus pés já estivessem fatigados de tanto dançar. e mesmo assim dançavam.
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