XLIX

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ao sentir tua voz rouca penetrar meus tímpanos, vislumbro o finito teto branco sobre nossas cabeças enquanto deparo com as infinitas possibilidades que o momento posterior a esse pode vir a se tornar

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ao sentir tua voz rouca penetrar meus tímpanos, vislumbro o finito teto branco sobre nossas cabeças enquanto deparo com as infinitas possibilidades que o momento posterior a esse pode vir a se tornar.


e são tantas coisas ao mesmo tempo que nada é.


e sinto você me chamar de volta para o que é real, num gesto simples do tocar de dedos sobre os dedos. despertando-me da realidade alternativa que me rodeia e que, constantemente, me captura da forma mais covarde em que eu jamais seria capaz de reproduzir com outro alguém, percebo que o momento é, e sempre será o agora.


é agora que ponho-me a te beijar

sem mais imaginar

como poderia vir a ser

qualquer momento com você.  

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devaneando-seWhere stories live. Discover now