XXIX

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 lembro-me de tudo aquilo que nos leva a crer a dizer que talvez um dia não pudéssemos lembrar

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 lembro-me de tudo aquilo que nos leva a crer a dizer que talvez um dia não pudéssemos lembrar. essas palavras ecoam na minha mente de uma maneira que eu nem sei da onde surgiu.


 AQUELAS VOZES QUE ME GRITAM PARA ESCREVER.


 senti-me como nunca me senti. um borbulhão de sentimentos implorando para sair. e no segurar, quis me garantir. Não por pensar, mas no pesar daqueles que estavam ali. a ida ao inferno, duas vezes – segunda e terceira camada -, quis me sugerir algo. não algo que eu não pudesse saber sozinha, mas algo mais profundo; aquele que nenhum subconsciente é capaz de guardar: 


TALVEZ O INFERNO NÃO SEJA O PIOR LUGAR PARA SE ESTAR.


 um inferno peculiar, sem fogo e sem grito: somente mentes autônomas que questionam – mentes doentes que desafiam. o sofrer de uns é o querer de outros. e na primeira vez em que lá estive quis sair - e fugi -, mas voltei como quem retorna para casa - e foi orgia ingrata. números pares, o círculo da gula que me aguarda: a fome carnal  

 números pares, o círculo da gula que me aguarda: a fome carnal  

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