E se eu lhe pedir para ficar? Era isso que Alex queria ter perguntado mas a coragem lhe faltou. Porque era tão importante que Lucy ficasse? Qual seria a diferença que ia fazer? E por que doía tanto a ideia de perder alguém que nem mesmo lhe pertencia? Alguém que por uma vez já havia sido vista como o inimigo a ser superado?
Foi em uma tarde de terça feira quando sua amiga anunciou a oferta que havia recebido para dar aulas de legislação em West Point. Apesar de amar seus amigos e National City, era o sonho da Major poder ensinar no mesmo local onde ela, seu pai e seu avô estudaram.
Com um aperto no coração, durante a festa de despedida, Alex se encontrou perdida em pensamentos. E durante toda a festividade se encontrou daquela maneira, até que uma mão tocou seu ombro. Não era qualquer mão, pertencia a única razão de seus pensamentos tempestuosos.
_Qual o motivo dessa cara, Danvers? Acabou a bebida? Achei que ficaria feliz com a minha saída, é menos competição pra você de agente mais bonita da base.
_Eu não quero que você vá.
Alex foi rápida em responder. Não sabia se foi pela bebida, pelo nervosismo a ansiedade mas aquilo foi a única coisa que ela conseguia pensar e falar. Foi um complicado processo passar de inimigas pra colegas de trabalho, depois de colegas para amiga e enfim melhores amigas. A ruiva não tinha uma melhor amiga desde Vicky em MidValle. Fazia muito tempo e a agente meio que não sabia como amigas deveriam se portar, mas com Lucy foi tão fácil é gradativo. Ela não precisava fingir ser outra pessoa, podia falar coisas que Kara nunca compreenderia por ser alien e sempre ver o melhor do mundo. Lane já esteve em guerras ela conhecia o melhor e o pior da humanidade, ela sabia o que era dor física ,o que era estar doente, era ter filme e sentir frio. Sim, Lucy tinha um local especial no coração de Alexandra Danvers.
_Não quer que eu vá? Foi você que disse o eu me candidatar a vaga, que era uma oportunidade única e que eu me arrependeria se não tentasse. Agora não quer que eu vá. Que tipo de brincadeira é essa? Achei q já havíamos acertado tudo, vamos trocar e-mails uma vez por semana e nas férias vamos sair juntas, não venha me dizer que vai sentir saudades pois sabe que eu também irei. Você é uma parte da minha história e de mim, eu estando aqui ou não.
_Eu sei o que falei com você, não precisa repetir major. Você perguntou qual era o problema e eu lhe respondi. Minha vida não seria a mesma sem você e eu não aguento perder mais ninguém que eu amo. Você é minha melhor amiga, não tenho ninguém como você em minha vida e nem quero. Você é única.
A Major agarrou o braço de Alex e a levou para seu antigo escritório agora com uma aparência formal e frio sem suas antigas bugigangas. Ao entrarem, ela tranca a porta e se vira para a amiga ainda a segurando.
_Alex, você percebe que parece que você está se declarando para mim certo? Eu estou perguntando porque não quero pegar a mensagem errada. Como aconteceu com Lena e sua irmã ao ponto da Luthor comprar uma empresa pra Kara e ela ainda achar que era amizade. Demorou mais de dois anos para ela entender e corresponder o flerte. Nós não somos elas e por isso estou querendo ter a certeza que recebi a mensagem do jeito certo.
O sentimento de estar se afogando veio naquele momento para a ruiva. Eram tantas coisas, tantas emoções,Lucy estava correta, aquilo certamente foi uma declaração. O que isso significava para o futuro ela ainda não sabia mas tinha o conhecimento de que não ganharia nada negando. O que restava era admitir e torcer para um final feliz para essa conversa.
_Eu, eu acho que sim. Eu estou me declarando pra você, Lucy Lane. E bem, agora que você sabe minhas intenções isso é recíproco ou não? Não quero uma pisada na bola como foi quando interpretei errado as intenções da detetive do NCPD.
O fato de Lucy ainda estar segurando o braço de Alex foi uma grande vantagem na hora de puxá-la para o beijo. Foi um beijo desajeitado pela continuidade de álcool em ambas, pela quantidade de emoções e pela mais alta ter sido pega de surpresa mas foi um bom beijo e uma boa resposta a pergunta da agente.
_Vamos tentar da próxima vez não falar da sua ex enquanto estamos tendo um momento, okay Danvers? E caso o ato não tenha respondido sua pergunta, sim eu também gosto de você. E adoraria conversar mais sobre isso com você sobria, hoje só quero lhe beijar e fingir que essa noite não tem fim. Depois discutiremos sua realocação para que more comigo em West Point.
Definitivamente aquilo não era algo que a ruiva estava esperando ouvir. As bebidas e o beijo poderiam tê-la atordoado e dificultado sua compreensão mas nem mesmo em sã consciência ela imaginária um mundo em que a morena de olhos esverdeados a convidaria para se mudar com ela.
_Mo-morar com você? Eu não posso. Tem o DEO, alguém tem que cuidar do Winn e da Kara para que não façam muitas burradas. Minha mãe não iria gostar nem um pouco disso.
_Você pode e irá se quiser. Há unidades do DEO em todo o país, sempre há coisas e bichos estranhos tentando dominar nosso planeta, podemos te realocar. Kara e Winn são adultos e bem grandinhos, além que o Jhon e a Lena vão estar aqui pra ter certeza que eles não se metam em encrencas muito grandes. Problemas sua irmã sempre vai enfrentar porque vocês atraem o perigo, todo mundo com sobre Danvers deveria vir com uma placa anexada escrita "imã de confusões". Você assim como eles já é adulta, Alex, está na hora de viver por você e não para agradar sua mãe. Seja qual for a sua decisão, eu estou ao seu lado.
Durante aquela noite elas não discutiram mais isso, apenas se amaram e aproveitaram a companhia uma da outra. Foi apenas 3 meses depois, com um sólido namora a distância que Alexandra Danvers se mudou para morar com sua namorada. E podesse dizer que as coisas se tornaram mais animadas na vida da Major após isso. Principalmente quando elas estavam a decidir a decoração do apartamento.
_Não, de jeito nenhum. Você não vai pintar o nosso quarto de cinza. Lembra, nós vamos dormir aqui e não o centro de convenções de um culto satânico, Danvers
_Bem, certamente não vamos pintar de azul bebê, isso é um quarto não um estúdio de yoga, Lane. Você já decidiu a cor de 80% do apartamento.
_Só porque você queria transformar aqui em 50 tons de cinza. A palheta de cores é claro. Qual é, azul é calma e relaxante.
_Eu concordo com você, se você não comprar roupinhas pro cachorro. Os outros cães do parque zombam do Kripton por conta daquelas roupas de cachorro de gente rica. Até os poodles riem dele.
Aquilo deixou Lucy indignada. Seu cachorro não era fresco, só era bem estiloso. Os outros cães deveriam ter inveja dele mas pelo bem do quarto delas, ela pararia de comprar as roupas mesmo que fossem muito fofas e mesmo que Kara morresse de amores sempre que viesse nos jantar de sexta feira.
_Okay, eu abro mão pelo bem da nossa decoração e pro Kripton não sofrer mais bullying fora de casa. Eu te amo sua resmungona chata.
Alex riu e deu um selinho em Lucy, ela nunca imaginou que seria feliz ao lado de alguém que comprar roupas pra cachorro de dia e combate vilões a noite. A vida tinha mesmo lhe pregado uma grande peça.
_Mesmo você sendo uma completa louca, você é a minha louca, o meu abrigo durante a tempestade, a calma para a minha fúria e o consolo para a minha alma. Também te amo Lucy
E foi daquela forma enfrentando um apocalipse todo fim de semana, tendo ao seu lado uma alien sorridente, um nerd inconsequente, um marciano com pai é uma major como namorada que Alex descobriu o significado de felicidade.
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SuperGay
FanfictionUma colecção de contos com os shipps de supergirl mais loucos que você pode imaginar