Nia Nal, vinte anos, jornalista em ascensão. Essa era quem ela era; uma garota que gostava de cafés, de moda e de jogar Mario Kart. Uma jovem que durante a adolescência leu o livro de Cat Grant mais de 40 vezes. Uma mulher que estava no caminho do sucesso e que não iria olhar pra trás. Isso era o que ela era, isso era quem ela era, quem ela sempre foi e quem sempre será, uma poderosa garota em busca de seus sonhos. E crescer em Parthas foi fundamental para que ela tivesse essa consciência. Um local que mesmo com algumas pessoas que não a entendiam e a odiavam por ser quem era, tinha em sua maioria um clima de aceitação muito maior que qualquer outro local nos Estados Unidos, talvez até mesmo que outra cidade no mundo.
Nia Nal era uma mulher, mas especial a sua maneira. Nia era transgênero, o que significava que sua mente era de um gênero diferente do sexo biológico, o tão conhecido " é um menino", "é uma menina", que o médico diz quando vê o ultrassom ou segura o bebê no colo após o parto. Isso ocorreu com Nia. Seus pais esperavam que viesse um menino mas apesar de nascer com um pênis, ela não era um garoto. Isso sempre fez parte do conhecimento de Nia, ela não era um garoto. E logo sua família também entendeu isso, que eles não tinham um filho mais novo, em vez disso eles tinham a garotinha mais doce que poderiam imaginar.
Ela não era doente, não houve traumas durante sua infância, nada de demônios, nada de errado ocorreu com ela para que fosse trans, ela era daquele jeito, simples assim, Nia Nal era uma mulher. A aceitação de seus familiares não significava que estava tudo bem, pois ainda existiam as outras pessoas e mesmo em uma cidade pacífica, onde humanos e aliens viviam em harmonia, existiam sim pessoas preconceituosas. A adolescente sentiu isso na pele quando saiu pela primeira vez em busca de um emprego, ela estava no ensino médio. E foi negada por ser trans, de acordo com o entrevistador, ela não se encaixava no perfil da vaga ou seja
As experiências ruins eram bem pequenas comparadas as boas. Mas Nia reconhecia seus privilégios, sabia que ser de uma família de classe média, viver em uma cidade pacífica e ser branca tinha tudo haver com o fato dela ser mais bem aceita que a transexual pobre, que vivia em periferia e era negra. Isso lhe deu motivação para querer ser jornalista, para fazer a diferença, para fazer justiça. Foi no seu primeiro ano de faculdade que ela pode fazer as cirurgias que adequaram seu corpo a como ela se identificava. Isso não impedia as pessoas de fazerem declarações desnecessárias quando sabiam que ela era trans.
Algumas coisas ela se acostumou a ouvir, como: "o que você tem entre as pernas?", "você pode tomar os hormônios e as cirurgias que quiser mas nunca será uma mulher", "qual o seu nome de verdade?", " você é uma aberração", "você vai pro inferno" e aquele que sempre fazia Nia dar um riso irônico quando ouvia: "você não pode mudar a ciência, ou você é xx ou xy, você nunca vai ser uma mulher".
Esse era o favorito pois quem dizia isso nunca realmente sabia algo de biologia pois se soubesse entenderia que,o que sabemos com certeza é que todos nós começamos a vida essencialmente sem gênero, pelo menos em termos de anatomia sexual. E último dos nossos 23 pares de cromossomos nos torna genéticos (XY) ou genéticos (XX) ou algumas de suas variações causadas por anomalias geneticas como XXX ou X_, XXY por exemplo. Mas há pelo menos 50 genes que desempenham um papel no desenvolvimento da identidade sexual e são expressos em diferentes níveis desde o início. Então no final não é o XX ou XY que define se alguém é mulher ou homem.
Nada disso a derrotou, pelo contrário, a fortaleceu mais para fazer a diferença e levar conhecimento para todas essas pessoas. E foi essa determinação que Cat Grant viu na garota e quis contratá-la. Catherine via além de sua transexualidade, sim ela reconhecia que Nia era uma mulher transexual e era válida mas ela via a jovem como muito mais do que isso, como uma brilhante repórter com um futuro maravilhoso pela frente. E quando ela deixou Washington e foi para National City, foi isso que ela levou consigo, a certeza de que teria um futuro brilhante. Isso foi até os sonhos começarem e tudo mudar.
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SuperGay
FanfictionUma colecção de contos com os shipps de supergirl mais loucos que você pode imaginar