Capítulo 23

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     Notas da autora: Gente, me desculpa a demora de verdade, mas é que eu estou bem apurada na escola. Escrevi esse capítulo nas pressas, e infelizmente, talvez, eu demore mais tempo pra postar um próximo porque eu não tenho mais capítulos prontos e tô cheia de trabalhos da escola novamente. Então por favor, não desistam de mim.

      Era hora do almoço, mas me neguei a voltar pra torre sendo que estava no caminho da casa da Naomi e prometi a ela que a visitaria mais vezes, os Starlook tinha palavra assim como os Stark e eu não podia simplesmente decepcionar minha mãe, mas de qualquer jeito eu sempre estaria ferrada com as minhas promessas por causa das duas famílias. Com o estômago fazendo barulho como um lobo segui para a casa de Naomi e dei garças quando finalmente consegui chegar a porta. O sedentarismo não estava de brincadeira naquele dia não.
     Apertei a campainha, a mesma ecoou pelo local, me lembro muito bem das vezes que a danada resolvia dar alguns choques quando apertada. Não parei de apertar aquela campainha pelos cinco minutos seguidos, não ia aceitar que vir até ali era tempo perdido, além disso, agora eu queria comida e acabei esquecendo o cartão encima da penteadeira, não tinha como eu me alimentar na rua sem aquele bendito cartão. Quando a porta foi aberta quase morri de emoção e pulei em Naomi em um forte abraço nem me importando com o fato que ela ainda estava de roupão sendo que já era hora do almoço.
      - Sabine, não esperava por você. - ela disse sem graça ao se separar do abraço.
      - Tudo bem, mãe. - ri. - Ainda não virei o Anthony pra gostar de entradas preparadas.
      - Não é isso... - ela falou olhando para o chão.
       - Ué... O que você tem aí? - falei espiando para dentro da casa. Ouvi passos vindo da escada que era muito barulhenta. - Alguma amiga? - ela não respondeu. - Homem? Pelo amor, Naomi. - gargalhei.
        Ela fez sinal de silêncio junto com uma carranca, dei uma última risada e tomei minha cara de séria novamente. E pronto, o príncipe encantado da Naomi estava descendo as escadas. De começo não consegui reconhecer, mas quando ele estava nos últimos degraus reconheci que era o mesmo cara que dançava com ela na festa, não era muito velho não, até parecia um pouquinho mais novo do que a minha mãe. É, Naomi ainda estava podendo, okay, me senti completamente humilhada, mas vida que segue.
     O moço barra homem, parou atrás de Naomi e depositou um beijo na sua bochecha. Mas será possível que até Sabine Stark, barra, Starlook era vela da própria mãe? Não havia dúvidas, apenas certezas. Dei uma tossida de leve, mentira foi bem escandalosa, pra lembrarem da minha existência porque meu cabelo só estava com a função de queimar como uma vela para os dois.
      - Filha, esse aqui é o Norman, essa aqui é a Sabine, minha filha. - Naomi disse nos apresentando claramente notando o clima estranho que tinha se formado.
      - Prazer, Sabine Stark barra Starlook. - falei estendendo a mão na direção dele. Naomi sorriu.
      - O prazer é todo meu, Norman Clifford. - ele disse apertando minha mão.
      Sorri e afastei a mão, passei por Naomi sem ela me convidar mesmo porque afinal aquela casa também era minha e minha barriga necessitava por comida e eles já estavam enrolando demais. Fui direto para a cozinha e comecei a revirar os armários de tudo que é jeito até conseguir encontrar um pacote de biscoitos, eu realmente amava biscoitos e não tava nem aí se aquilo passava a imaginem que eu tinha dezenove anos e me alimentava muito mal.
      - Então, Norman... - puxei assunto quando ele entrou na cozinha e minha mãe subiu as escadas provavelmente pra colocar algo mais descente que um roupão. - Você e Anthony são amigos? Você e minha mãe se conheceram na minha festa né? Vi vocês dançando e por esse motivo cheguei a conclusão que você é amigo do Anthony porque meu você não é... Era.
     As vezes ir direto no ponto é algo bem inevitável pra mim, quando vejo já fiz e aconteceu exatamente a mesma coisa com o Norman, mas foi sem querer. Ainda bem que Naomi não estava senão já ia encher o saco como se esse Norman fosse muito mais velho que eu e merecesse todo respeito do mundo, eu nem conhecia esse moço.
     Ele riu e olhou para o pacote de biscoito e depois me lançou um olhar como se pedisse permissão para pegar um, assenti largando o pacote encima do balcão. Norman pegou um e mordeu, depois me lançou mais um olhar e sorriu quando notou que eu ainda esperava por uma resposta.
      - Na verdade, amigo do Anthony mesmo é o meu pai, eles são amigos de longa data. - respondeu. - Eu sou mais o filho do amigo que dá cumprimentos rápidos. - sorriu.
      - Não é por nada não, moço senhor Norman, mas qual a sua idade? - minhas sobrancelhas se ergueram em questionamento.
      - Eu... Eu tenho trinta anos. Só onze anos mais velho que a enteada, uma boa história pra contar pros seus amigos, não é mesmo?
      - Socorro. - sussurrei boquiaberta.
      - O que foi?
      - Confiante você né? Já se garantindo como o meu padrasto. - falei séria, mas logo sorri. - Gostei.
     Naomi entrou na cozinha toda desconfiada, fiz joinha ao ver o vestido verde que ela usava, Norman também ficou babando. Era óbvio que eu estava naquela certeza da vida que todos vão se casar e eu vou ficar pra sempre como madrinha.
     - Norman estava me contando que agora você está preferindo mais os novinhos, mãe. - falei só pra provocar.
     - Ele é só nove anos mais novo do que eu, Sabine.
      - E onze anos mais velho do que eu. Reflita isso, mãe.
      - Que isso, Sabine? Está insinuando alguma coisa a ver com o Norman? Pensei que você estivesse chegada naquele garoto tímido da sua festa.
      - É Peter. - revirei os olhos. - Não estou insinuando nada a ver com o Norman, vocês podem se divertir a vontade. Só estou dizendo que se algum dia eu ficar com alguém mais velho ou mais novo do que eu, você e Tony não terão direitos a reclamações já que vocês dois estão me dando um bom exemplo.
      - Então aquela tal de Kristen é mais nova que Anthony mesmo. Ele sempre foi um papa anjo, não podia esperar menos do que isso.
      - Mãe, aparentemente, você também virou uma papa anjo. - falei lançando um olhar a Norman que fingia não existir nesse momento. Ele notou meu olhar e sorriu.
      - Lisonjeado por ser, basicamente, chamado de anjo. - ele disse. - Mas que tal a gente mudar de assunto e esquecer do fato que todos esperam que tenhamos namorados da mesmo idade que a nossa? - dei de ombros. Pra mim tanto fazia falar ou não daquilo. - Você parecia faminta quando chegou aqui, Sabine.
     - Mas eu estou. - choraminguei. - Esqueci o cartão na torre e eu vim de a pé, até chegar na torre pra arrumar algo pra comer eu já teria devorado alguém no caminho. E a minha casa é mais perto então vim aqui em busca de alimento. Será que alguém por favor pode me dar comida de verdade? - falei afastando o pacote de biscoito.
      - Eu sei fazer uma macarronada divina, aceita? - ele perguntou subindo as mangas da camisa social.
      - Claro! - falei me sentando no balcão para que ele pudesse preparar minha comida. Levei sorte que o Norman não era lento como a minha mãe.

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