Uma Noite Feliz

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Hale Pov.

Eu a conduzi até a porta, mas quando vi ela parou.

-O que foi? - Perguntei, curioso

Ela parecia tímida.

-Vamos chamar atenção demais se entrarmos juntos.

Dei um sorrisinho.

-Você já chama atenção sempre, agora a única diferença é que eu estou aqui com você.

Ela mordeu o lábio.

-Chamar a atenção de garotos é totalmente diferente de andar com um garoto. Principalmente se o garoto com quem você estiver andando é um jogador de futebol que acabou de ganhar uma partida.

Coloquei a mão no queixo.

-Agora estou começando a entender... - Então eu abri a porta e a puxei pelo braço para dentro.

Ela estava certa. Todos pararam de fazer o que estavam fazendo pra olharem na nossa direção. Céus! Até a música parou! Maldito Dj.

Ela ficou vermelha, mas só porque já estava, já que passou apenas um segundo e o Dj gritou:

-E ACABOU DE ENTRAR GADNER, O NÚMERO SETE! NOSSO NOVO CRACK!
VIVA AOS FALCÕES!!!

Aí todos disseram "viva!" e ficamos livres. Eu relaxei e já ía dizer algo legal pra ela quando senti uma ardência no lado direito do rosto.

Ela tinha me batido?!

-Você mereceu! Me fez passar vergonha! Agora as garotas vão ter o que falar amanhã.

Enclinei um pouco minha cabeça para o lado, sorrindo.

-Pensei que você não liga-se para o que elas diziam. - Brinquei, vendo seu rosto emburrado e bico nos lábios.

-E eu não ligo. - Ela diz, num tom nada convincente olhando pro lado, numa tentativa desesperada de fugir do assunto. - Garotas são cruéis umas com as outras, okay?!

Eu ri, me lembrando de Freed.

-Não só entre elas...

-Principalmente entre elas. - Ela corta, parecendo magoada. Suspirou, apertando meu braço. - Não tenho um bom histórico e sinceramente não me sinto segura.

Comprimi os lábios, olhando pra direção de Angel e Emily, que riam esnobes na nossa direção. Elas olhavam pra Liv como se ela fosse uma presa.

-Bem, que bom que não sou uma garota então. - Eu digo, dando meu melhor sorriso. Ela olha na minha direção, rindo do que eu disse. - Okay, eu sei que sou meio idiota, o clássico jogador de futebol cabeça oca, mas eu posso ser um bom amigo!

...E se você quiser, até namorado.

-Okay Gardner, boa sorte tentando manter a popularidade comigo do lado. - Ela soou irônica.

-Liv, estar do seu lado anula tudo ao redor. - Eu digo, sincero. Ela me olha como se eu tivesse dito algo bobo, mas belo. - E isso é impossível, todos os caras te elegeram a mais gata do colégio.

Ela estreitou os olhos.

-Todos, é? - Ela diz, sugestiva. Eu ri, coçando a nuca. - Mas as garotas me odeiam e elas são maioria, lembra?

-Eu não ligo pras garotas. - Eu já tenho a que eu quero perto. - As namoradas dos caras é estresse deles.

Eu riu um pouco, antes de dizer aquilo:

-E se você quiser namorar com uma e eu atrapalhar suas intenções, em? - Okay, ela era bem certeira nas coisas.

Eu me inclinei, pra olhar bem perto dos seus olhos.

-E se você quiser namorar com um e eu arruinar as intenções dele? - Joguei de volta, sorrindo de lado convencido.

Ela coloca o cabelo atrás da orelha e desvia o olhar.

-Não vai acontecer... - A sua voz era quase um sussurro.

Eu acho que em toda festa ninguém sorria mais do que eu.

Ela gosta de mim! Okay, agora sim me sinto um campeão.

-Nesse caso, não vai acontecer pra mim também. - Eu digo, como se sequer tivesse alguma duvida disso. Estava apenas confirmando... - Vamos fugir das garotas e curtir a festa, sim?

E em algum momento no meio de risos, cocas com cubos de gelo, uma noite estrelada e eu e ela sozinhos entre dezenas de pessoas, senti sua mão escorregar pelo meu braço e sutilmente sua mão se sobrepor a minha.

Deliciada, dedos finos e a pele um tom mais claro que a minha.

Eu entrelacei nossos dedos por um instante, envolvendo sua mão na minha e eu soube.

Um dia eu ia casar com ela ainda.













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