Dead

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— Vai doer? — Alec perguntou, enquanto Magnus beijava o seu pescoço. Magnus sorriu.

— Vai — Ele sussurrou. — Vai doer muito. — Alec sorriu, mesmo que estivesse com medo. — Mas depois... Você vai se sentir maravilhoso.

— Então faça. — Alec disse, ele pegou a mão de Magnus e levou até a sua garganta. Magnus estava deitado em cima dele, na cama. E Alec suspirava baixinho, nervoso. Afinal, ele iria morrer. — Faça, rápido.

Magnus não respondeu, mas os seus olhos brilhavam, Alec se concentrou neles. Alec sentiu o aperto da mão de Magnus em seu pescoço aumentar. Ele viu Magnus sorrindo como o diabo em cima dele, ele viu o quanto Magnus estava gostando de o matar. O aperto era firme, não havia dúvidas de que Alec iria morrer. A mão de Magnus não tinha misericórdia nenhuma sobre o pescoço de Alec.

— Magnus... — Alec tentou falar algo, tentou dizer que estava doendo demais, que ficar sem ar era horrível, ele sabia que seria ruim, mas não imaginou que seria tão ruim. Todo o seu corpo estava gritando, implorando por ar, tudo estava doendo, ele queria parar, queria respirar, era uma agonia terrível e Magnus... Magnus apenas estava olhando tudo com um sorriso enorme no rosto, Magnus estava vendo Alec sofrer e estava gostando, estava adorando. Alec se assustou, ver o olhar maldoso que Magnus estava lhe dirigindo, era terrível. Ele colocou sua mão no pulso de Magnus, tentando o afastar, talvez pediria para ele o matar de outra forma, mas Magnus era muito forte e a mão que segurava o seu pescoço apenas apertou mais forte e Alec apenas queria que tudo acabasse logo. Magnus pegou a outra mão de Alec com a sua mão livre e apertou os pulsos dele com força, impedindo Alec de se afastar. Alec quis gritar mas nada saía por sua garganta. Ele sentiu que seu rosto molhar e sabia que estava chorando.

— Shh... — Magnus disse, em cima dele, sorrindo e bravo por Alec estar querendo parar. Alec se debatia mas nada adiantava. Ele queria que Magnus parasse, apenas por um segundo, seu corpo necessitava de ar. — Você não vai desistir agora, Alexander. Você vai morrer, eu vou me certificar disso.

Alec chorou. Chorou porque ele queria respirar, estar morrendo era horrível. As mãos de Magnus não diminuíam o aperto e o sorriso determinado não saía da feição dele.

— Você mesmo disse que queria passar a eternidade comigo. — Magnus sussurrou, no ouvido de Alec, a voz dele era rouca e psicótica. — E você vai, não vai descomprimir o que prometeu Alexander, eu não vou deixar. Eu não vou ficar sozinho, querido. Eu não posso. Vamos amor... morra.

E então Alec começou a desmaiar. Tudo estava escuro e ele apagou, ele sentiu suas forças se esvaindo e sua mente apagando, porém ele sentiu a mão de Magnus apertando ainda mais forte.

E então Alec morreu.

Quando ele acordou, sua cabeça doía, todo o seu corpo doía. Os som pareciam ecos, pareciam estar vindos de longe, ele não sentia frio, nem calor, nem fome. Mas ele sentia algo. Ele sabia que sentia. Ele conseguia sentir o toque de suas mãos uma na outra. Ele sentia a madeira do seu guarda roupa. Alec então olhou para frente. Ele viu Magnus, em cima do seu próprio corpo, ainda apertando a sua garganta.

— Magnus... — Alec sussurrou, mas a sua voz estava falhando. Sua garganta doía. Mas ele sabia que Magnus ouviu pois ele viu a tensão em seus ombros.

— Espere um pouco, Alec. — Magnus falou, sem sair de cima do seu corpo. — Eu tenho que me certificar de que você não vai acordar de novo.

Alec não disse nada, Magnus estava apertando a sua garganta na cama mas ele não conseguia sentir. Ele se aproximou de Magnus e ficou parado atrás dele. Esperando. Ele não conseguia sentir o tempo passar, era uma sensação estranha, quando ele menos esperou, Magnus já estava em pé ao seu lado. Por algum motivo, olhar para o seu corpo morto na cama deixava Alec extremamente desconfortável.

— Tire ele daqui. — Alec falou, apontando para o seu corpo.

Magnus não disse nada, ele pegou o corpo morto de Alec e tirou ele do quarto. Alec sabia onde ele estava levando. Alec suspirou baixo e sentou-se na cama. Quando Magnus voltou, Alec estava encarando as próprias mãos.

— Está tudo bem? — Magnus perguntou, baixinho. Ele sentou-se ao lado de Alec na cama lhe olhou. Alec balançou a cabeça concordando.

— É apenas... confuso... Estranho. — Alec disse baixinho. E então ele virou-se para Magnus e tocou o rosto dele com as pontas dos dedos. E então ele sorriu. — Eu estava com medo que isso mudasse.

Magnus sorriu de volta para ele. Magnus colocou as mãos no rosto de Alec — agora ainda mais pálidos —, e o beijou com carinho. Alec arfou contra os seus lábios. E deitou em cima dele. Magnus colocou as suas pernas em volta do corpo de Alec e o beijou mais ainda. As mãos de Magnus foram até os cabelos de Alec e puxaram os fios com força. Alec colocou as mãos dentro da camisa de Magnus e passou os seus dedos por toda a pele dele.

— Eu estava com medo... antes. — Alec disse baixinho. Magnus sorriu, como se o entendesse.

— Eu sei que estava, mas está tudo bem agora, Alec. — Magnus disse, sorrindo. — Nós vamos ficar juntos para sempre.

— Izzy... — Alec sussurrou. Magnus colocou os dedos nos lábios de Alec, o impedindo de continuar.

— Eu vou matar ela. — Magnus falou. Não se preocupe com isso. — Alec sorriu e o beijou mais uma vez, Magnus sentia que não havia nada melhor do que isso e Alec soube, que tudo, tudo que havia feito até agora, havia valido a pena. Nada era melhor do que ter Magnus, nada era melhor do que saber que ele iria ter Magnus para sempre. Ele nunca poderia ficar triste com Magnus ao seu lado. Nunca mesmo. Toda a sua vida ele sentiu que havia algo faltando. E realmente tinha algo faltando. Era a morte. Era Magnus. Sempre foi ele.

— Eu te amo. — Alec sussurrou, dando um selinho em Magnus. — Eu te amo demais.

— Eu também te amo, amor. — Magnus respondeu, dando outro selinho em Alec.

Ω


Alec observou Magnus entrando no quarto de Izzy, observou ele pela fresta da porta. Isabelle estava escrevendo em seu diário quando viu Magnus. Ela arregalou os olhos e Magnus sorriu.

— Quem... quem é você? O que você quer? — Ela falou, se afastando subitamente dele.

— Não se preocupe, querida. — Magnus disse.

— Sai de perto de mim! — Isabelle gritou. Alec viu quando Magnus pegou a faca e enfiou na barriga dela. Isabelle gritou e caiu para baixo. Ela despencou no chão, as mãos sobre a barriga sangrenta e os olhos erregalados. Magnus sorriu e se abaixou, cravando a faca novamente na barriga dela, uma, duas, três vezes. Foi apenas quando ele viu Isabelle atrás dele, parada em pé, olhando para a cena toda com horror que ele soube que ela realmente estava morta.

— Você está... eu estou morta... O que... Como isso é possível? — Isabelle falou. Alec saiu de trás da porta, parando ao lado da irmã.

— Sim. Você está — Ele disse, passando as mãos pelos cabelos pretos de Isabelle, envolvendo as madeixas entre os dedos. — E eu também estou.

— Por que? —Isabelle gritou, se afastando dele e correndo para longe. — Por que você fez isso comigo?

— Eu fiz por nós, Iz — Alec disse indo para próximo da irmã de novo. — Nós vamos ficar pra sempre aqui nessa casa. Voce será para sempre a minha irmãzinha.

— Eu odeio você — Isabelle disse, correndo para longe.

— Ela vai ter tempo pra te perdoar — Magnus disse, após eles ficarem sozinhos. — Ela vai ceder, com o tempo, ela vai adorar viver pra sempre.

— Eu espero — Disse Alec, puxando Magnus pela cintura e deixando um beijo calmo nos seus lábios. — Agora nós temos de deixar o corpo dela na sala, para mostrar aos meus pais o que nós fizemos. Eu quero que eles sofram.

— Ele vão sofrer — Disse Magnus, beijando Alec novamente, apaixonado e necessitado. — Eu vou me garantir que eles sofram.

Die With Me (malec horror shortfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora