Capítulo 11 - Ok, time to escape!

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Na calçada suja podia se ver três amigas. Pessoas vestindo preto, couro, jaquetas e de aparências um pouco duvidosas passavam sem ao menos notar o que se passava com aquelas três meninas.

Duas delas estavam desesperadas, quase chorando, enquanto a outra estava deitada com o corpo mole, sob o colo de uma das amigas.

Uma delas alisava o rosto da amiga desmaiada. O que seria dela?

- Ju, acorda por favor. – Beatriz falou baixinho no ouvido da amiga – Não adianta, Cristiane. Ela não acorda.Já tentei de tudo! Já chamei, já dei tapas no rosto e nada! Júlia apagou mesmo! – Beatriz se dirigiu à amiga que continuava sentada com o celular em sua mão.

-Tudo que a gente tem que fazer é esperar – Cristiane disse calmamente – Já liguei pra Sophia e ela vai buscar ajuda. Agora nos resta ter esperança que Ju acorde daqui pra lá. 

-Só espero que a Sophia venha logo, eu to ficando com medo – Beatriz olhou pra Júlia que tinha a cabeça em seu colo – Já faz tempo que ela apagou. – e mais uma vez alisou o rosto da amiga. 

- Ai. – Cristiane suspirou – Ju tem que parar de fazer isso. Eu não agüento mais, Bia. – Cristiane parecia cansada das coisas que sua amiga fazia – Ela sempre faz isso quando o Mike ta por perto, sempre! Ele tem um grande poder sobre ela. – falou pensativa. 

-Mas a gente vai fazer o que? Você sabe muito bem que a Ju nunca nos deixou intrometer na amizade deles – Bia falou. 

- É verdade, mas ta na hora de mudar isso. Mike não faz bem pra ela. A prova ta aqui – Cristiane apontou pra amiga – É obvio que isso não irá acabar bem. 

- E ele, hein? Jogou ela pra gente já assim! – Beatriz falou com um jeito de ódio. Sem dúvidas, Beatriz odiava Mike.

- Ele é um grande filho de uma puta! – Cristiane elevou a voz – Ele ainda vai ver a fúria das minhas mãos! –Cristiane falou com tanta raiva que se não fosse dramático, seria cômico. 

-Até parece que você desse tamanhinho ia bater num cara do tamanho de Mike – Bia riu um pouco da amiga bravinha. Cristiane deu a língua e quando foi responder, seus olhos foram encandeados por um farol forte de carro.

- Parece que Sophia chegou com a ajuda. – Cristiane disse ao perceber quem estava no carro. 

Fred:

Saí do carro, batendo a porta atrás de mim. Fui correndo em direção às meninas sem esperar meus amigos. Vi Júlia deitada com uma expressão de inconsciência e um aperto no peito surgiu. 

-O que ela tomou? O que ela usou?! – fui perguntando nervoso e desesperado. Suas amigas me olharam um pouco assustadas. 

- Eu não sei. – Bia respondeu – Quando o Mike a trouxe, Ju já estava assim, desacordada. 

- Mike. – falei entre dentes. – Me resolvo depois com ele. –me abaixei pra a ver de perto, peguei o rosto de Ju com as mãos. Ela parecia estar tendo um sono forte e profundo, poderia dizer que estava até sonhando. Coloquei-a de volta no colo de Bia e me levantei. Suspirei pesado. – Não vai caber oito pessoas na Eco. – falei me referindo ao carro. – Caras, vocês se importam em ir de táxi pra casa? – olhei pro meus amigos, que assentiram sem titubear. Eles não sabiam o que fazer naquele momento. Ficaram parados olhando o tipo de gente que andava por ali. Vi David se aproximando de Bia, dando um sorriso calmo como se tivesse falando “calma, tudo está bem agora”o que me deixou bastante surpreso. David não era um cara que passava isso pra meninas que ele estava interessado. Na maioria das vezes, ele passava um “quero ter você” e pronto. Simples assim. 

Como Ser um Pegador em 12 LiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora