Capítulo 8 - Ameaças de uma descontrolada.

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5ª Lição: Quando não tiver ninguém olhando, faça uma dançinha...
Afinal, você acabou de conseguir mais uma conquista.
É de lei uma dançinha da vitória.

Flashback on:
- O que eu to fazendo aqui? Mas que porra! Calma, vai ficar tudo bem... Respira. – a menina respirava estilo cachorrinho, o que não adiantava de nada – Putaquepariu! – xingou. Ela não sabia muito bem o que estava acontecendo.Não sabia se abriria a porta do banheiro fedido dos meninos e faria o que realmente queria, ou se ficava ali, sentindo medo das conseqüências que sua ação poderia ter.
Então, pôs-se a chorar. É, meninas quando não sabem o que fazer, choram.
Sentiu algumas lágrimas caírem e sua maquiagem um pouco (só um pouco?) forte começou a borrar.
- Droga. – falou baixo ao perceber que sua querida maquiagem estava se desfazendo – Você está ótima, Júlia! Além de chorar por uma situação besta, ta perdendo a maquiagem. Maravilha! – falou pegando um lenço que tinha perto da pia. Limpou o rosto, se olhando no espelho. – Você é patética. – disse a si mesma – Ele nunca vai querer nada com você. Fred bebeu porque sentiu pena. Isso mesmo, pena. E outra, ele podia muito bem estar afim de outra menina ali, sua anta! Ele poderia estar afim da Sophia , por exemplo. Só porque ela é a mais menininha e arrumadinha de todas. Foda-se Fred, foda-se a merda do ‘Eu Nunca’. FODA-SE! Se ele quer outra pessoa, que fique com outra. To nem aí. – ela falou baixo, mas sabia que no fundo, não queria ter dito. Sabia que se FredMaia quisesse ficar com uma amiga dela, quem tava fodida era ela. Claro. Ver Fred ter interesse por uma amiga já era demais, ela não agüentaria.
Se viu pela última vez no espelho. Seus olhos vermelhos não enganavam. Beleza, se perguntassem se havia chorado, mentiria. Negaria até a morte, mas não passaria por fraca na frente dos outros, principalmente dele.
Júlia destrancou a porta e a abriu, um pouco trêmula ao ver que Fred a esperou. Mesmo assustada com a presença dele, deu um sorrisinho e saiu andando em direção à escada com o coração disparando. Com aquele idiota era assim, só olhar pra ela que a menina já sentia borboletas voando que nem loucas em seu estômago. 
E aí, tudo foi muito rápido.
Júlia sentiu uma mão puxando seu braço com força. Olhou pro dono da mão, assustada. Tão assustada que não falou nada. Aquilo foi tão inesperado que não conseguiu proferir uma palavra sequer. Em questão de minutos, seu corpo todo estava nas mãos de Frederico. Quem diria, a menina maléfica que não deixava ninguém ao menos olhar torto pra ela, agora estava à mercê de um dos populares escrotos sem ao menos ele falar nada. E sabe o que ela achava? Que era bom, muito bom estar ali. “Bom até demais”, pensou a menina.
E então, ouviu algo como “Agora você vai ver”. Pra ela, as palavras não tinham mais sentindo algum. Ela não ouvia, não pensava. Só sentia. Maia poderia muito bem dizer qualquer coisa, que ela simplesmente não ligaria. Não daria a mínima.
A boca de Fred era deliciosa. Ele tinha o poder de ser mais sexy do que era só de beijar um pescoço. Ela tava gostando daquilo. Ficou ali, paradinha, quase sem respirar. Prestando atenção nos movimentos de Fred. Seu coração de merda tava mais disparado do que qualquer coisa.
Enquanto os beijos foram se intensificando, Júlia travava uma pequena luta interior. Ela tava adorando estar ali, nos braços do cara mais lindo do Westshefild, mas no fundo se sentia estranha por estar o beijando. Júlia podia ser mestre em protestos, mas não era mestre em situações do coração.
Se aquilo era certo ou não, não queria que seus amigos punks ficassem sabendo. Sua reputação, pela qual lutou por tanto tempo, iria por água abaixo. E pior, entraria pra lista infame de Fred.
- Nunca. Nunca mais na sua vida faça isso! – falou de um jeito quase grosso, empurrando Fred, que agora estava com a boca aberta no ar. Ele a olhou com um pouco de medo, receoso de que ela desse um tapa ou algo do tipo.
Ela queria. Queria dar um chute, um murro ou até mesmo um cascudo. Mas não o faria, porque agora estava incapacitada de levantar um dedo sequer.
Não pensou duas vezes. Foi embora.
Flashback off

Como Ser um Pegador em 12 LiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora