Capítulo 1

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Conrado

Sabe aquelas histórias de pessoas que tiveram o coração destruído por um amor que não deu certo? Confesso que também já passei por isso e foi a pior coisa que já vivi. Fiz faculdade de Engenharia Elétrica, era daqueles caras nerds, vivia enfiado nos livros, magricela, usava óculos, o tipo de garoto para quem as meninas não davam a mínima bola. Tive poucas namoradas e nada havia sido sério, até que um dia conheci Pietra, uma menina linda e inteligente, do curso de Artes. Sonhadora e ambiciosa, seu jeito despojado de ser logo me chamou atenção, apesar de achar que ela nunca me notaria.


Nos conhecemos na biblioteca, quando acabamos conversando. 

— Oi! Sempre vejo você por aqui. Acho que temos alguns amigos em comum. Qual seu nome? — A morena estonteante parou ao lado de minha mesa, chamando minha atenção.

Levantei o olhar para encará-la e engoli em seco, tamanho nervosismo. Ela era linda, seu perfume doce e sensual mexeu com meus sentidos. Tudo nela exalava sensualidade. Eu já a tinha visto por ali algumas vezes, mas achei que nunca tivesse me notado.

— Con-Conrado — gaguejei ridiculamente, enquanto ajeitava meus óculos, totalmente desconcertado.

— Muito prazer, Conrado! Sou a Pietra. — Estendeu-me a mão, que apertei meio em estado de choque. — Posso me sentar aqui com você?

A pergunta me deixou ainda mais atônito, mas concordei o mais rápido possível, com medo de que ela mudasse de ideia e fosse embora.

— Claro! Sente-se.

— Você é do curso de Engenharia? — Apontou para um livro que estava a minha frente.

— Sim, estou cursando Engenharia Elétrica. E você, o que estuda? — Tentei controlar meus ânimos para não parecer um babaca esquisitão.

— Faço Artes cênicas. — Sorriu sem desviar os olhos dos meus, o que me fez engolir em seco novamente.

— Gostando da faculdade? — Enxuguei as palmas das mãos, que suavam frio, na calça, e as mantive ali sobre minhas coxas, sem saber o que fazer com elas. Eu era tímido, mas Pietra estava me deixando uma pilha de nervos.

— Ah, estou adorando! Meu curso é incrível e a UNICAMP é maravilhosa, não acha?

— Acho sim.

Sorrimos juntos.

— Posso tomar um gole da sua água? — Apontou para minha squeeze.

Não consegui responder, então apenas assenti com a cabeça, vendo, como se fosse em câmera lenta, ela esticar o braço e alcançar a garrafa, com suas mãos delicadas e unhas grandes pintadas de vermelho. Ela desenroscou a tampa, levando-a à boca. Eu não conseguia desgrudar os olhos dela. Depois de beber, passou a língua sobre os lábios úmidos, deixando-me subitamente excitado.

Meu Deus o que foi isso?

Ela ainda permaneceu alguns minutos sentada a minha frente, fez algum comentário sobre o tempo estar frio, e voltou a falar sobre como gostava da Universidade.

Quando se levantoupara ir embora, beijou meu rosto e saiu rebolando lentamente, como se, de propósito,e totalmente consciente de seu poder de sedução, me provocasse. Se era o queela queria, com certeza conseguiu. Fiquei tão duro, que tive de pensar em váriastragédias e coisas ruins para que a ereção cedesse e eu pudesse me levantar. Quandocheguei em casa "bati uma" pensando nela e acho que foi a melhor masturbação daminha vida.    

Impossível não te amar - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora