Capítulo 5

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Lavínia

Logo no meu primeiro dia no novo trabalho fui apresentada para meu colega de trabalho, o engenheiro elétrico com quem eu dividiria a sala.

Conrado era o nome dele. Uma coisa que aprendi com os longos anos de namoro com William foi não olhar para outros rapazes, mas era impossível não reparar em Conrado. Ele era muito bonito. Alto, forte, olhos verdes misteriosos, sedutores, o cara parecia um galã saído de um filme de Hollywood, aquele tipo que certamente arrasta uma multidão de mulheres babando por ele, aonde quer que vá.

Mas havia algo a mais que a beleza evidente. O bom humor, o sorriso fácil, o jeito descontraído, uma postura de quem sabe o que quer e não tem medo de nada.

Tivemos oportunidade de conversar muito e acabei me sentindo atraída. Isso me deixou muito culpada e com medo. Se William descobrisse, nem imaginava o que seria capaz de fazer.

Quando ele me convidou para sair tive uma palpitação. Não acreditei que ele estava interessado em mim. Ele até tinha dado alguns sinais, mas não estava acostumada a ser paquerada, nem ao menos me sentia atraente. Como um cara daqueles podia estar interessado em mim?

Percebi que ele pareceu chateado quando revelei que tinha namorado. Naquele momento, mais que nunca, desejei ser forte o bastante para romper com William. Mas é era tão complicado... Acho que o amor que eu sentia foi sendo substituído por medo. Eu tinha medo da reação dele caso eu resolvesse romper. Era como se ele fosse meu dono, mas eu já não gostava nada disso. A pior prisão que uma pessoa pode viver é numa dessas que as grades são invisíveis, feitas não de metal, mas de terror. 


(Gente, como os capítulo 4 e 5 são bem curtinhos, hoje postei 4 capítulos ao invés de 2, então já leiam o próximo, o capítulo 6 já está postado!)

Impossível não te amar - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora