Junho,1987

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Stand Back - Stevie Nicks
(indicação de música para este capítulo)

Rui estava indo em direção ao Jukebox. Minutos atrás teria dito que se bebesse mais uma cerveja seria obrigado a colocar uma música.

Sandra se deparou com aquela cena, por um momento ele estava caminhando lento, seus cabelos castanhos flutuavam e sua jaqueta de couro estava perfeitamente encaixada no corpo. 

Em uma de suas mãos levava uma lata de cerveja e a outra ia vagando acompanhando o andar. 

Ele esbarrou na garçonete, abriu um sorriso simpático e envergonhado, pediu desculpas e continuou.

A máquina parecia tão distante, e isso agradava Sandra. Se fosse por ela, ficaria horas o observando.
Quando enfim chegou, pegou algumas moedas do bolso e selecionou uma música. Virou a cabeça em direção a ela e disse apenas com os lábios: eu te amo.

Sandra sorriu.

Era sua música favorita no momento. Ela admitira para si mesma que Rui e quando se tr ótimo quando se tratava em agrada-la.
E ele sabia tanto quanto ela que a sincronia dos dois era forte. No fundo tinham certeza de que eram para estar ali naquele momento, naquele lugar e com Stand Back tocando no fundo. Essa seria uma daquelas lembranças sem nada concreto, como uma foto ou algo do tipo... apenas a lembrança vaga em suas memórias. 

Foi naquele momento que sua ficha caiu...

Sandra estava completamente, alucinadamente e verdadeiramente apaixonada por um assassino.

Refletiu sobre a semana.

Segunda, a senhora do 3° andar do edifício Le Vita't.
Asfixiada.

Na quarta a tarde, o filho do vizinho. "Acidentalmente" atropelado por um carro.

Quinta-feira, um casal gay que conheceu no centro da cidade. Ele avisou que não estava estava de bom humor. 

Porém hoje, era sábado. E a noite de sábado era sagrada.

Sandra retornou dos pensamentos, e estava molhada. Excitada pela essencia do seu marido. Ele era tudo, não mudaria nada nele. 

Bebeu o último gole do seu Gin e levantou. Ajeitou a saia justa e foi em direção a Rui.

Rui acompanhou sua amada vindo...
Fixou o olhar em suas pernas, que caminhavam lentamente em sua direção. Subiu um pouco e observou suas curvas muito bem marcadas pelo cós alto da saia de couro. Olhou mais pra cima e parou nos seios. Um decote discreto, que Rui amava, pois ela era sucinta e ao mesmo tempo direta. Olhar para os seios de Sandra era algo sem volta... e ela sabia o quão isso era verdade.

Olhou então para o rosto de Sandra, com um batom vermelho quase como um rubi. Seus olhos era negros e seus cabelos castanhos. Ele percebera o quanto tinha sorte em tê-la.

Sandra colou no souhome, o pegou pelo braço e o levou até o escritório no segundo andar.

Estavam desesperados.

Ele trancou a porta, e a pegou no colo. A encostou na mesa do escritório, colocou suas mãos quentes nas coxas da mulher. Ela desabotuou a camisa e seus seios estavam a espera.  Se lambuzou, de repente a mordeu e ela gemeu como nunca.
Estava completamente excitada.
Pegou a mão dele e levou até onde queria. Ele por sinal entendeu, mas em vez de acaricia-la, ele a apertou. Apertou com toda sua força enquanto a chupava.

Ela gemeu mais e no mesmo momento se aproximou do ouvido de Rui:

- Acabe comigo. Por favor.

Ele apertou mais forte e ela respondeu com um gemido mais profundo.

Logo em seguida repetiu:


- Acabe comigo.


E o mordeu forte nas bochechas.

Sandra era masoquista, e esse era um ponto chave do amor que Rui sentia por ela. 

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O gosto amargo do teu ser (EM PROCESSO)Onde histórias criam vida. Descubra agora