Este conto se passa na Fazenda da Tampa, de propriedade do Major Saulo. Seus serviçais estão escolhendo os que transportarão os homens sertão afora com o objetivo de tanger um rebanho de bois de corte. Infelizmente o burrinho Sete-de-Ouros é um dos animais selecionados para esse trabalho. João Manico é o vaqueiro que o montará.
Enquanto isso, Raymundão narra a história do touro Calundu. Ele só feria quem estivesse a cavalo. Uma vez ele desafiou uma onça preta e afugentou o bicho só para preservar um bando de vacas com seus bezerrinhos. Ao tirar a vida de Vadico, filho do proprietário rural Neco Borges, ele só é poupado a pedido do rapaz. Mas Raymundão foi então encarregado de conduzir o animal para outra propriedade. Um dia depois de chegar ao novo lar o touro foi encontrado morto.
Após um temporal, a manada atinge o córrego da Fome, o qual estava quase transbordando. Atravessá-lo seria um risco e o Major Saulo insiste que todos tomem cuidado, pois neste lugar muitos já haviam perdido a vida. Porém, tudo corre bem e até o burrinho passa pelas águas sem problemas.
Em um dado momento, o Major exige que João Manico deixe Francolim montar Sete-de-Ouros. Ele assim faz, mas o encarregado pede ao patrão que, quando chegarem ao vilarejo, ele possa mais uma vez trocar de montaria, pois seria humilhante para ele ser visto no lombo do burro.
Dois dos vaqueiros do bando exigem atenção. Badu e Silvino se desentenderam por conta de uma garota caolha. Os dois viraram rivais mortais. Francolim e o Major suspeitam que Silvino esteja planejando matar Badu, que vai se casar com a ex-namorada dele. O vaqueiro carrega consigo mais bens do que deveria e negociou quatro reses por um valor muito baixo. Saulo pede que Francolim observe Silvino a cada momento no regresso da caravana.
Os vaqueiros foram recebidos com festanças no vilarejo. Os bichos vão repousar enquanto os homens passeiam pela região. Na partida os vaqueiros zombaram de Badu. Como ele estava embriagado, foi obrigado a montar o Burrinho, mas era volumoso demais para o animal. Na saída do vilarejo Francolim aguardava pelo companheiro.
Logo depois o encarregado deixa Badu sozinho e se preocupa em vigiar Silvino, que caminhava avante ao lado do irmão dele, Tote, que tentava convencê-lo a não acabar com a vida de Badu. Porém o homem traído insistia em levar seu plano adiante.
A caravana seguia viagem noite adentro. Subitamente os cavalos estacaram diante do córrego transbordado. Os homens decidiram aguardar Badu e Sete-de-Ouros. Se o animal avançasse pelas águas, seria possível transpor o ribeirão, já que este bicho não costuma adentrar um ponto de onde não consiga partir.
O burrinho mergulha nas águas levando Badu consigo. Os outros confiam e vão atrás. Mas não conseguem atravessar o riacho. Oito vaqueiros perdem a vida na travessia: Benevides, Silvino, Leofredo, Raymundão, Sinoca, Zé Grande, Tote e Sebastião. Sete-de-Ouros, porém, chega ao seu destino com Badu às costas e Francolim segurando seu rabo. Ao pisar em solo seguro o animal se liberta do encarregado e vai direto para a fazenda. Em casa ele é liberado do homem adormecido e de seus arreios.