MUTUAL ↯ mendes

26 ⇝ cost all my sanity

≡ cameron dallas ≡

Quando todos foram embora da festa, já eram quatro da manhã. Fui recolhendo algumas latinhas e garrafas vazias pelo chão para que meu trabalho amanhã fosse mais rápido. A campainha toca novamente, alguém deve ter esquecido algo. Abro a porta meu corpo trava completamente.

— Eu sei que você não quer me ver mas eu não tinha para onde ir. — Laila estava em prantos, parte de seu rímel descia pela bochecha deixando uma marca preta, alguns hematomas davam cor a sua pele branca.

— Entra, está frio ai fora. — puxo seu corpo colocando o braço ao redor de seu pescoço, fechando a porta atrás de mim.

Ela se sentou no sofá e voltou a chorar desesperadamente, fiquei preocupado com o estado dela e do bebê. O choro, as marcas... Algo de ruim aconteceu.

— Me conte o que aconteceu, Laila. — me sento junto à ela no sofá, afagando seus cabelos tentando consola-la.

— Meu pai... Ele descobriu da minha gravidez e perdeu completamente a cabeça, ele me bateu, bateu em minha mãe por também saber e até na minha irmãzinha por tentar ajudar. Eu me senti tão horrível Cameron! Eu estraguei tudo para todo mundo. — seu choro compulsivo volta e meu coração se aperta. A rodeio em meus braços tentando passa-la alguma calmaria.

— Eu ainda não contei à minha mãe e nem à Sierra. — digo tentando dispersar o assunto. — Me sinto um covarde por isso. — eu venho tentado esquecer do assunto, estou saindo mais, bebendo mais, zoando mais, apenas para fugir das consequências dos meus atos.

— Não conte à elas Cameron. — segurou meus punhos como uma suplica. — A caminho daqui eu pensei muito, muito mesmo, e cheguei a conclusão de que eu não posso lidar com uma criança agora, eu preciso da minha família de volta, minha vida de volta.

— O-Onde você quer c-chegar? — a voz sai trêmula imaginando no que ela está pensando.

— Eu vou abortar Cameron. — meu corpo amolece. Não tem o que eu dizer, ela quer matar o meu filho?

— Você não pode Laila! — minha mente da um nó, tudo dentro de mim se desespera, ela não pode!

— Eu sei que é difícil aceitar Cameron, à caminho daqui eu me senti um monstro, mas você precisa entender meu lado, eu estou desesperada! Se esse bebê nascer, tudo muda, tudo! — não, não, não! Meus olhos ardem para as lágrimas saírem. — Nada que você dissér vai mudar minha decisão. — me levanto daquele sofá antes que a falta de oxigênio acabe comigo, caminho até a escada mas ela me para. — Aonde vai?

— Eu não posso te expulsar daqui porque eu não sou um monstro, você não tem para onde ir, mas eu não consigo simplesmente olhar em seus olhos. Fique aqui até acordar, depois vá embora, por favor. — subo as escadas e me tranco no quarto, as lágrimas escapam uma a uma até meu travesseiro ficar completamente molhado.

Talvez tudo que aconteceu entre mim e Laila tenha custado toda minha sanidade.

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