Eu gosto de como você é verdadeiro

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Gente, o que foi esse atraso gigante? Me desculpem mesmo por isso, prometo tentar não deixar isso acontecer de novo. Capítulo novo para vocês, espero que gostem!

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Uma noite sozinho, depois de idiota do meu colega de quarto ter dormido na hora que os professores mandaram como um bom cordeirinho, eu aproveitei para escapulir e paquerar o monitor gatinho que eu vi hoje mais cedo.

Fingi que estava indo para o alojamento das meninas e vi aquela gracinha em forma de monitor sentado no chão e mexendo no celular.

—Olá!- sentei ao lado dele e o cara rapidamente guardou o aparelho- Não pode mexer no celular? Deve ser entediante...

—Você está bem?- perguntou ele, afastando a franja castanha que caía dobre seus olhos.

—Maravilhoso.- sorri de lado

—Bem, então volte para o quarto, é proibido ficar andando por aqui à noite.

—Você realmente acredita nisso?- perguntei, levantando as sobrancelhas e colocando meu braço ao redor dele que engoliu em seco- Você não deve ser muito mais velho que eu, não acredita mesmo nessas coisas de proibição, não é?

—Be-bem, o fato de ser jovem não muda nada. Os professores colocaram um toque de recolher e vocês tem que obedecer.- ele falou e eu tive que dar crédito a ele, o cara estava demorando para ceder, na maioria das vezes, eu já estava na cama com a pessoa que eu estava paquerando nesse ponto.

—Ah, mas eu não penso assim. Não acho que eu seja jovem e inocente, na verdade, me considero um adulto e tem tantas coisas de adulto que eu queria fazer com você...- falei baixinho ao pé do ouvido dele enquanto minhas mãos entravam na sua camisa.

—Vamos.- disse o monitor e me puxou para o banheiro de deficientes. Fizemos sexo ali mesmo, ele montou no meu colo em cima do vaso sanitário mesmo enquanto alegava que não tinha feito isso com nenhum estudante e que gostava de mim. Eu respondia que sentia o mesmo, mas eu nem lembrava do nome dele. Só havia gostado de uma pessoa na vida e olha onde isso me levou: a ficar sangrando em uma sala de aula vazia até ser encontrado por um mala de fones de ouvido.

Depois do sexo, troquei alguns beijos com ele e fui para o meu quarto, satisfeito depois de uma boa transa. Quem precisa de amor? Eu só queria sexo e sexo era sexo, não importava se com um estranho no banheiro ou com um cara que eu gostasse.

Estava quase entrando no meu quarto quando me deparei com ele passando pelo corredor. Sim, ele, Akira.

—Olá!- ele sorriu para mim

—Por que você me persegue?- perguntei, cansado daquilo

—Porque eu gosto de você.- ele deu um pequeno sorriso

—Não seja idiota, ninguém poderia gostar de mim!- zombei e saí andando enquanto sentia meu coração bater mais forte

Por que meu coração batia mais forte por ouvir que ele gostava de mim? Ele era só um qualquer e o monitor gatinho disse isso várias vezes no banheiro, não havia motivos para ser diferente. Exceto porque talvez, só talvez, o que Akira sente pode ser verdadeiro. Ele não parece sentir atração pelo meu dinheiro, pela minha aparência ou pelo meu status, ele me viu com uma aparência miserável depois de apanhar de Aaron e não pensou em se aproveitar disso. Não pensou em tirar fotos para me chantagear ou coisa assim, só pareceu preocupado com a minha saúde.

Isso era algo que só uma pessoa boa faria, algo digno de Yuki. E mais uma vez eu me perguntei quem verdadeiramente era Akira e por que ele era tão diferente dos outros.

Apaixonado por um antissocialOnde histórias criam vida. Descubra agora