O amor era importante

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Gente, como assim eu me atrasei de novo? *chora*

Preciso de férias, por sorte, logo elas chegam depois das provas finais e da entrega do TCC, aí estarei livre. Mas uma notícia boa para vocês: o último livro dessa série está sendo revisado e logo mando para registrar. Estou tão feliz por ter terminado! Tomara que gostem dele!! :)

Bom, mas vamos a esse capítulo que está bem amorzinho depois daquele último!

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—E então? Que ideia absurda é essa, Sorata?- perguntou o moreno depois de um tempo e eu percebi como sua voz estava triste

—Eu estou te deixando porque eu não quero que você me deixe. Vai doer se isso acontecer.

—E por que eu te deixaria? Eu já não demonstrei que te amo?

—Só que nem sempre o amor resiste a tudo. E, certamente, não vai resistir a isso.

—Por que você não tenta me contar?- perguntou ele carinhosamente ao perceber que eu também estava sofrendo com tudo isso.

—Você ouviu aquela gravação, eu transei com outro, eu te traí.- rebati, sem querer falar tudo.

—Não, não traiu. Eu entendi que você fez aquilo para fazê-lo confessar. E acha me achar um idiota se pensa que eu vou te deixar por causa disso.

—Não foi só isso.- confessei- Bastava ter seduzido Aoyama, eu não precisava ter feito sexo com ele e... não precisava ter gozado com ele.

Akira ficou mudo. Essa era a parte em que ele me mandaria para fora da sua casa, talvez depois de alguns tapas.

—Explique-se melhor.- pediu sem demonstrar emoção na voz.

—Não há o que explicar. Eu estava com Aoyama, ele me masturbou e eu gozei. Do mesmo jeito que eu gozei com caras aleatórios na balada, do mesmo jeito que eu gozei com você.

—Não fala isso!- pediu ele com lágrimas nos olhos. Pronto, fiz com que ele chorasse! Mesmo que seja eu quem deveria chorar...

—Por que não?- perguntei ferido, querendo magoa-lo- Você ouviu a gravação, eu gemi para ele como um cachorro em pleno cio. Porque eu gemo para qualquer um, eu não presto! Não precisa ter amor comigo, basta simplesmente ter a parte debaixo funcionando que está tudo bem!

—Para com isso!- ele novamente pediu, dessa vez com raiva na voz.

—Não, não paro porque é a verdade. Você se enganou se achou que eu ainda tinha algo que prestasse, algo que você pudesse salvar porque eu não tenho. Porque eu não presto, eu sou um lixo, um fracasso! Eu não sou quem você achava que eu era! Que inferno, eu não sou nem quem eu mesmo achava que eu era!

Eu estava tendo um ataque de nervos. Eu gritava e ria maliciosamente enquanto chorava sem fazer barulho. Ridículo e patético... assim como eu.

—Cala essa boca!- ele me deu um tapa forte no rosto e eu ri

—Vem calar, pode colocar qualquer coisa aqui que eu não me importo!

Ele não me bateu de novo, não gritou e nem fez nada. Apenas foi até a torneira, pegou um copo de água gelada e jogou em mim de repente, me fazendo parar de rir do modo doentio que eu estava rindo.

—Se acalme. Você está tendo um ataque histérico.- sua voz era firme e eu fechei os olhos, respirando fundo.

—O que quer?- bufei

—A verdade.- respondeu ele- Eu imploro para que você seja sincero comigo, nem que seja só dessa vez, por favor.

—Fala logo.

Apaixonado por um antissocialOnde histórias criam vida. Descubra agora