A Festa e a Máfia

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*Primeiramente este capítulo contêm conteúdo pesado

Ano de 2007 (Penúltimo ano do colegial)

Ontem brevemente arrumando as minhas muambas, comecei a mexer em uma parte do meu guarda roupas que estava cheia de pó (mano do céu sou alérgica já comecei a espirear igual a uma condenada) e encontrei um fichário da Paris Hilton todo rosa e sujo, (posso até ter crescido porém continuo a mesma menina curiosa) então limpei e comecei a ler todas aquelas bobagens como:

♥  ODEIO O TONY

♥  Odeio a Juliana

♥  Afred Peixoso morreu

♥  Sou mucho loka

♥  I love you tequilla

♥  Amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo amo o Giovani

Aproveitei e coloquei uma nova anotação naquele fichário velho;

Sabe estou mudada vou para Milão e vou rodar a baiana vou voltar de lá daqui 5 anos totalmente livre do corpo daquela menina boba e tímida vou mostrar para todos quem eu sou e como vou mudar o mundo.

Todos vão se apaixonar pelos meus modelitos.

Precisava conhecer gente, estava ciente de que teria que esperar a formatura chegar, porém para quem tinha esperado 17 anos, não matou esperar alguns meses.

A paixão pela moda uniu a menina mais tímida de Nova York (para ver como eu era boba diante todo o brilho da cidade que nunca dorme).

Sabe aquelas amizades que eu tinha na escola, então como na maioria das vezes, elas se vão por n motivos, mas é a vida.

Minha mãe vivia me dizendo; "Filha a vida pode ser muito dura em muitos aspectos, nunca se esqueça disso" mas como sempre eu nem ligava.

Hoje eu ligo e sinto tanto o peso das palavras dela, um exemplo é o caso amigo idiota do Giovani, o Tony, que Deus o tenha. Me deixe explicar o que houve.

Tudo aconteceu numa fatídica terça-feira, quando minha mãe viajou para uma convenção de jornalistas em série, que faziam debates sobres técnicas de escrita, ou seja casa estava livre e eu, uma cabeça de titica de papagaio, decidi fazer minha primeira e última festa (porque deu merda) chamei todos os adolescentes de Nova York (exagero meu aqui ) alguns eu nem conhecia (a maioria amigos de amigos meus) e sabe porque eles foram sem nem me conhecer? Porque eu prometi que teria open-bar, e strippers homens e mulheres (naipe aqueles do Magic Mike XXL) prometer é fácil, difícil é cumprir né?!

Liguei a tia Cherry a mais louca e exagerada da família (nem parece que é irmã da minha mãe) falei que fiz bosta, mas como sempre, ela me apoiou e disse que faria o favor de arrumar os itens prometidos por mim para o povo (vai tirando).

Nossa eu amo a tia Cherry, na época eu pedi para ela me prometer de pé junto que a nossa conversa não sairia da boca dela,e para ela promessa era dívida (algo que ela nunca contraía) e assim eu segui com arrumação da Hp mais fod* do ano.

Já eram 5:40 p.m, tudo estava chegando em casa, organizei tudo para o povo.

Ás 6:50 p.m todos estavam chegando e estacionando seus carros chiques, e aqueles como eu estacionando o seu maior conversível, mais conhecida como magrela = bicicleta

A festa começou estralando e durou mais ou menos oito horas, teve muita sacanagem, mas uma hora ou outra tinha que acabar, visto que eu tinha que dormir e acordar cedo para arrumar a bagunça (ô povinho porco esses festeiros) e ainda tinham os vizinhos e eu não queria arranjar problemas com a minha mãe.

Todos foram embora, então eu aproveitei para ir ao banheiro, eu estava muito zonza, lavei o rosto e de repente me veio na mente uma pessoa específica, era o Tony, eu senti que tinha que o impedir de ir embora, e eu só descobriria o motivo se eu o seguisse.

Ah cara o destino foi muito maldoso com ele, o pior de tudo é que ele estava sozinho, sem nenhum amigo com ele para segurá-lo de suas burradas, talvez se ele estivesse acompanhado ele estaria nesse mundão.

Tony estava extremamente embriagado, enquanto estava na festa, fazia desenhos esteticamente perfeitos com uma lata de tinta spray, quando ele saiu daqui de casa, ainda portava a bendita tinta de um tom roxo neon extremamente extravagante.

Ele saiu sem rumo e seguiu em direção a um muro, justamente o da casa de um mafioso, e não parou por aí, o cara o viu pela janela da casa, e decidiu cortar o mal pela raíz, prontamente ele sacou um revólver e atirou no Tony à queima roupa, que prontamente o matou, e eu cheguei bem na hora em que ele foi baleado.

Nunca pensei que ficaria tão triste por conta do Tony, apesar de ele ter me ajudado com coisas tão insignificantes, momentos que fizeram diferenças em determinados momentos da minha vida, e como nunca foi uma pessoa sem compaixão fiquei de luto por um período de tempo de 1 semana.

Chamei a polícia e a emergência, parando para pensar, eu pensava que ainda podia haver esperança, mas era somente eu tentando aliviar o ocorrido, Tony estava estendido no asfalto molhado, bem na minha frente.

Minha mãe veio rapidamente para casa e se deparou com a nojeira que estava na casa, mas aquele não era o único problema com o qual ela teve que lidar.

Rapidamente minha casa estava repleta de policiais e jornalistas, todos na área externa, eu estava em estado de choque, assim como os pais de Tony, que prontamente receberam a notícia, apesar do choque dos mesmos, um grande funeral em honra ao garoto foi organizado de forma imediata.

Após o dia do enterro, eu resolvi sair da cidade para me distrair e esfriar a cabeça, meu destino foi a Flórida, local que eu fiquei por 10 dias, mas resolvi estender até o final de janeiro, só voltei para não desistir da vida que levava, eu tinha que encarar os fatos.

A primeira coisa, que fiz quando cheguei em casa foi olhar o velho fichário empoeirado e ver as linda recordações e fotos da classe, que nele estavam contidas.

A primeira coisa, que fiz quando cheguei em casa foi olhar o velho fichário empoeirado e ver as linda recordações e fotos da classe, que nele estavam contidas

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