Cap.04: Verdade ou Desafio?

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[POV Anie]

— Que comecem os jogos (disse, finalmente olhando para onde queria).

    Senti um sorriso se formar, a intenção era só olhar, mas acho que como já estamos aqui...

Que se foda - meu subconsciente ri alto.

– Ótimo, então quem começa? (Nick pergunta, se juntando à roda)

— Vamos girar a garrafa, senta aqui pra gente começar, Leeh (Helo diz).

    Depois de eu me sentar, o tal do Matheus gira a garrafa, e depois de girar umas cinco vezes, ela para em mim.

– Que coincidência (ele debocha).

– Não é essa a frase que eu devia ouvir (digo, sem rodeios)

    De canto de olho, observo a professorinha rindo enquanto me encarava.

– Verdade ou desafio, Letícia? (Ele perguntou)

– Verdade (respondo, sem esperar muito).

Boa, vamos devagar — meu subconsciente ri da minha esperteza.

– Quantas pessoas você já passou dos beijos?

1, 2, 3 segundos se passam até que eu e meus amigos começássemos a rir.

– Que pergunta de virjão (Nick debocha).

– Quem caralhos pergunta isso num Verdade ou Desafio? (Helô continua)

– Sinto muito se ofendi a própria máquina de sexo (Ele debocha).

– Eu transo igual animal (brinco).

    Cerca de umas quatro pessoas riem, incluindo a professorinha.

– Certo... Mas de qualquer forma, isso não tem resposta. Diz um número qualquer aí e usa sua vez. Odeio enrolações, quero entretenimento (a professora diz, depois de rir, com um tom de voz que me fez querer obedecer na hora).

    Todos concordam em silêncio, com a cabeça, ou cochichos, chega a ser engraçado.

Parece até uma corte de rainhas e tal – meu subconsciente diz, rindo.

– Certo... Vamos chutar 14 (respondo, me ajeitando pra poder girar a garrafa). Minha vez (giro a garrafa, e como num destino, parou na professora).

– Até que enfim... Entretenimento (ela diz, ajeitando a postura, sentada).

    O vestido dela, todo preto, destacava o corpo dela em qualquer ambiente, mas no escuro, ela se tornava quase mística. O cabelo preto dela, ondulado, com finas mechas rebeldes que criavam uma impressão selvagem e forte. Era sensual demais, pois o olhar dela, mesmo sem nenhuma maquiagem, pois ela claramente estava usando apenas blush ou base, sei lá, mas não havia sombra, delineado, batom... Era apenas ela ali. E isso me fazia imaginar o estrago que faria se ela se esforçasse pra ser bonita. Ela simplesmente parece não precisar.

– Terra para Letícia! (Escuto chamarem, me tirando do transe).

– Ah, foi mal... Enfim... Verdade ou desafio, Professorinha? (Pergunto, instintivamente chamando pelo apelido mental)

    Ela arqueia uma sobrancelha, surpresa. Na verdade, até eu estou. Saiu por conta própria. Rio nervosa.

– Desafio (ela diz, e todo mundo faz "wow"). O primeiro desafio do jogo é sua responsabilidade, faça valer.

    Ok, eu não tava esperando isso. O que eu poderia fazer?
.
– Você é bem rebelde, fico imaginando se conseguiria agir feito uma cadelinha aqui, na frente de todo mundo (digo, do nada).

A Professora [REEDITADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora