[POV Anie]
— Que comecem os jogos (disse, finalmente olhando para onde queria).
Senti um sorriso se formar, a intenção era só olhar, mas acho que como já estamos aqui...
Que se foda - meu subconsciente ri alto.
– Ótimo, então quem começa? (Nick pergunta, se juntando à roda)
— Vamos girar a garrafa, senta aqui pra gente começar, Leeh (Helo diz).
Depois de eu me sentar, o tal do Matheus gira a garrafa, e depois de girar umas cinco vezes, ela para em mim.
– Que coincidência (ele debocha).
– Não é essa a frase que eu devia ouvir (digo, sem rodeios)
De canto de olho, observo a professorinha rindo enquanto me encarava.
– Verdade ou desafio, Letícia? (Ele perguntou)
– Verdade (respondo, sem esperar muito).
Boa, vamos devagar — meu subconsciente ri da minha esperteza.
– Quantas pessoas você já passou dos beijos?
1, 2, 3 segundos se passam até que eu e meus amigos começássemos a rir.
– Que pergunta de virjão (Nick debocha).
– Quem caralhos pergunta isso num Verdade ou Desafio? (Helô continua)
– Sinto muito se ofendi a própria máquina de sexo (Ele debocha).
– Eu transo igual animal (brinco).
Cerca de umas quatro pessoas riem, incluindo a professorinha.
– Certo... Mas de qualquer forma, isso não tem resposta. Diz um número qualquer aí e usa sua vez. Odeio enrolações, quero entretenimento (a professora diz, depois de rir, com um tom de voz que me fez querer obedecer na hora).
Todos concordam em silêncio, com a cabeça, ou cochichos, chega a ser engraçado.
Parece até uma corte de rainhas e tal – meu subconsciente diz, rindo.
– Certo... Vamos chutar 14 (respondo, me ajeitando pra poder girar a garrafa). Minha vez (giro a garrafa, e como num destino, parou na professora).
– Até que enfim... Entretenimento (ela diz, ajeitando a postura, sentada).
O vestido dela, todo preto, destacava o corpo dela em qualquer ambiente, mas no escuro, ela se tornava quase mística. O cabelo preto dela, ondulado, com finas mechas rebeldes que criavam uma impressão selvagem e forte. Era sensual demais, pois o olhar dela, mesmo sem nenhuma maquiagem, pois ela claramente estava usando apenas blush ou base, sei lá, mas não havia sombra, delineado, batom... Era apenas ela ali. E isso me fazia imaginar o estrago que faria se ela se esforçasse pra ser bonita. Ela simplesmente parece não precisar.
– Terra para Letícia! (Escuto chamarem, me tirando do transe).
– Ah, foi mal... Enfim... Verdade ou desafio, Professorinha? (Pergunto, instintivamente chamando pelo apelido mental)
Ela arqueia uma sobrancelha, surpresa. Na verdade, até eu estou. Saiu por conta própria. Rio nervosa.
– Desafio (ela diz, e todo mundo faz "wow"). O primeiro desafio do jogo é sua responsabilidade, faça valer.
Ok, eu não tava esperando isso. O que eu poderia fazer?
.
– Você é bem rebelde, fico imaginando se conseguiria agir feito uma cadelinha aqui, na frente de todo mundo (digo, do nada).
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A Professora [REEDITADA]
DiversosO que é sentir? Como sentir de forma correta a coisa certa? O que é certo quando se ama? O que é amar? A vida tem formas estranhas de ensinar e Anie... Anie é uma professora no mínimo peculiar. Depois de se mudar após uma vida cheia de complicações...