14º capítulo

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21 de dezembro de 2012

*Savannah Horan*


Quando saímos ambos da mota de Louis, deparo-me com uma grande e agradável vivenda. Se eu já achava que ele era rico, agora tenho a certeza. Repreendo-me por este comentário rude, não devo julgar ou comentar as condições financeiras das outras pessoas, foi algo que a minha mãe sempre me ensinou.

Após atravessarmos o alpendre, Louis retira as chaves do bolso de trás das calças e abre a porta.

Assim que entramos, vejo um grande corredor, iluminado e muito bem arrumado. As paredes são brancas e têm decorações em tons de dourado e vermelho escuro. Uma enorme carpete bordô com desenhos que não consigo decifrar estende-se até ao fim do corredor. Louis caminha e pousa as chaves numa pequena cómoda a meio do corredor, em baixo de um espelho com a moldura dourada.

- "Vais ficar à porta?" –ele quebra o silêncio, olhando para mim.

Nunca devia ter concordado em vir aqui. Eu nem estou vestida corretamente para jantar com a família dele. No entanto, agradeço-me interiormente por ter trazido uma saia vestida e não umas calças.

Sorrio-lhe envergonhada e ele dá uma gargalhada. Faz sinal para o seguir com a cabeça e é isso que faço.

Após percorrermos o corredor, ele vira à direita e vejo uma grande cozinha. É gigante e está muito bem decorada, assim como o corredor. Uma mulher, que aparenta ter por volta de cinquenta anos, tem uma farda preta e branca vestida.

- "Boa noite, Rose." –Louis cumprimenta a senhora, que lhe sorri. - "Hoje ponha mais um prato na mesa, por favor."

- "Com certeza. Posso saber o nome da sua amiga?"

- "Savannah." –eu apresento-me.

- "Prazer, Savannah. Sou a Rose." –a mulher diz, antes de limpar as mãos a um pano em cima do balcão, e dá-me um beijo na cara, que não demoro a retribuir.

Louis e eu sorrimos e ela volta ao trabalho. Ele acena-me e eu sigo-o novamente. Leva-me a conhecer a sua sala-de-estar ao lado da cozinha, composta por sofás bordôs e uma pequena televisão. Depois uma sala muito maior, já em tons de preto e branco, onde se encontra também uma mesa de jantar.

Após o andar de baixo estar apresentado, subimos umas escadas e vejo mais um corredor enorme. Nos mesmos tons do outro. Adoro o facto de não se fazerem grandes misturas de tons e cores, o que é raro acontecer em casas grandes. Ele mostra-me onde é a casa-de-banho das suas irmãs, pois ele e os pais têm uma nos seus quartos. Em frente a essa casa de banho, na ponta do corredor, uma placa diz escritório na porta de madeira e ele informa-me que é área exclusiva ao seu pai.

Depois apresenta-me o quarto dos seus pais, ao lado da casa-de-banho, mas não entramos, contra a vontade dele, porque acho isso uma falta de respeito. Depois indica-me o quarto das suas duas irmãs mais novas, e em seguida uma sala com brinquedos onde elas passam o seu tempo a divertirem-se. Por último, na outra ponta do corredor, em frente ao escritório, o seu quarto. Entramos e ele fecha a porta atrás de si.

Ele retira delicadamente o seu capacete que eu ainda tenho na mão e pousa-o numa cómoda, e faz o mesmo com o capacete que ele próprio trouxe. Retira o seu casaco de ganga e pendura-o num bengaleiro e incentiva-me a fazer o mesmo.

Senta-se na cama enquanto eu ainda olho em volta do seu quarto. Algumas molduras com fotografias estão espalhadas pela parede, e reparo que nenhuma é com amigos. Só com duas raparigas pequenas e um casal, que suponho que sejam os pais e as irmãs. O Louis parece um rapaz tão solitário e tão acompanhado ao mesmo tempo, ele é tão misterioso.

two is better than one || 1ª temporadaWhere stories live. Discover now