Era eu?

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Era eu, sim, era eu lá de pé atrás de mim. Isso faz sentido? Pois pra mim não. Era um quarto diferente, uma borboleta e eu, eu, duas de mim. Eu acho que quero ser internada nesse exato momento.

Só lembro de ficar meio tonta e cair.

Acordo meio tonta e com a cabeça e costas doloridas, talvez pela queda, desmaiei legal, olho para todos os lados e continuo naquele quarto, mas não vejo borboletas e nem a "outra" eu, me levanto e escuto um barulho, fico com medo, mas mesmo assim vou ver, já esta tudo louco mesmo. Quando vou em direção à uma cozinha, e lá está ela, com roupas estranhas e diferentes das que uso, mas era eu, não podia ser outra pessoa além de mim, ou talvez uma irmã gêmea, será???????

Em menos de um minuto que eu estava a observando me passaram milhões de pensamentos na cabeça.

Será que minha mãe mentiu pra mim esse tempo todo e eu tenho uma irmã gêmea? Será que o homem que me ligou cuidou dela, enquanto o bêbado do meu pai cuidou de mim? Será que minha mãe teve casos com dois homens e teve que nos dividir pois não sabia quem era o pai?

Eu não sei mais o que pensar, isso esta muito confuso. Olho pra ela e digo "oi".

Ela me olha assustada e diz "olá Anne"  e sorri num ar de assustada.

Talvez ela também não saiba de nada igual a mim.
Eu como uma grande ansiosa e apressada, vou logo a abraçando e digo que estava tudo bem, que irmãs estão aqui para isso e mesmo não a conhecendo já a amava pois éramos irmãs e irmãs gêmeas, e como tal deveria cuidar dela. Lhe dou um abraço tão gostoso mas não sinto outro de retribuição, olho para ela e ela me olha torto e diz "não sou sua irmã, doida"

Aí sim eu já não sabia de nada mesmo.

Anne e seu mundo invertidoOnde histórias criam vida. Descubra agora