Capítulo XVII. Céu na Terra. (BÔNUS)

6.9K 510 21
                                    

FINAL ALTERNATIVO

— Então você tem um animalzinho de estimação? — Romani ri — vamos ver como você vai ficar quando tiver que enterrar o Tobby aqui.

E então meu mundo para. Ela crava seus dentes no pescoço do Jacob. Seu uivo de dor gela meus ossos. Ouço outros lobos espelhando sua dor. Jay não aguenta e seu corpo transforma-se novamente em humano. Nos olhamos por um segundo, sabendo que tudo está acabado. Romani olha para nós e não parecendo satisfeita, ela arranca sua cabeça. É como em uma cena de terror, há sangue para todo lugar em que eu olho.

Caio ajoelhada, observando em choque o corpo de Jacob. Não consigo falar ou me mexer, mesmo que o vampiro que está me segurando estivesse me machucando. Romani dá um sorriso satisfeito e começa a andar até mim, mas em um piscar de olhos Edward está em cima dela. Grito, tentando me soltar, mas fracassando. Preciso me concentrar e usar meu dom, mas quando vejo é tarde demais. Victoria pulou em cima de Edward e enquanto Romani segura, ela arranca sua cabeça e arremessa para uma das fogueiras lá em baixo. Me concentro em botar fogo nesse desgraçado de padrasto, fazendo ele sair correndo enquanto pega fogo. Corro até Romani, que ainda tem a coragem de sorrir. Quero arrancar aquele sorriso com minhas próprias mãos.

Ela pode ser mais velha, mais experiente, mais forte e veloz. Mas eu estou sendo movida por puro ódio, então ela que se prepare.

— Eu vou acabar com você — me surpreendo por minha voz não falha. Apesar de estar chorando, mantenho a expressão firme e prendo ela no chão com meu poder.

— Você é tão adorável querendo ser como eu — comenta.

— Eu nunca serei como você! — faço correntes de ar prenderem seus braços. Toco seu rosto e sinto um choque, me afastando

— O que foi, querida? Parece chocada — ela sorri.

— Você é péssima — comento. Coloco minhas duas mãos de uma vez em seu rosto e uso meu poder para mata-la, mas ela também se esforça ao máximo para me matar.

A dor que eu sinto é insuportável. Esme se aproxima de nós e nós duas olhamos para ela. Em um último ato desesperado, Romani lança uma última rajada de eletricidade em mim, atingindo fortemente meu coração. Sou jogada para trás, apenas conseguindo ver Esme arrancar a cabeça de Romani.

Tento sorrir, mas tudo dói muito.

Ao meu lado, Alec surge e despedaça Victoria velozmente. Ele vem até mim em um piscar de olhos.

— Vou fazer a dor passar, ok? — ele diz.

Fecho os olhos, esperando. Sou tomada pelo nada: sem sentido nenhum. O vazio não tem gosto, som ou cor. É tudo angustiante, mas pelo menos não há dor.

Não sei quanto tempo fico assim, só sei que quando acordo tudo está diferente.

Uma nova vida se abre junto com meus olhos vermelhos.

·.༄࿔

Logo após a guerra nos mudamos para perto de Volterra. Com meu dom sendo popularizado entre os vampiros, a realeza queria ficar de olho em nós. Antes d'eu "curar" alguém, teria que passar por eles e depois também. Graças a nova integrante da guarda que apaga memórias, foi decretado que todos que quisessem ser humanos novamente teriam que esquecer seus passados.

Por uns anos eu vivi apenas em prol dessa boa ação. Vi várias pessoas queridas partirem: Ben, Rosalie, Emmett, Liam, Siobhan... No final do dia, a perspectiva de uma nova chance de ser humano seduz a todos. Bom, quase todos.

Carlisle, Esme, Alice e Jasper ainda mantém os Cullen. E agora temos Henry e Ohana. Eles foram meu porto seguro depois da guerra e da minha transformação. Eles e Alec.

O vampiro se recusou a sair de perto, me ajudando nessa nova vida. Me ensinou várias coisas, inclusive a abrir meu coração novamente.

Alguns anos de calmaria depois, finalmente teremos um tempo só para nós. Viajaremos o mundo e viveremos todas as aventuras que cada país pode nos proporcionar. Bom, contato que não tenha sol, claro...

— Você vai ser muito feliz — Alice me diz, me fazendo sorrir.

— Se você diz... — dou de ombros, abraçando minha irmã.

— Eu sei que vai voltar, mas não consigo evitar dizer: por favor, volte — ela diz, se separando.

— É claro que vou voltar — sorrio — o que seria de mim sem minha família?

Me despeço dos outros com o coração na mão, mas decidida e com esperança. É a hora do meu feliz para sempre. E quem melhor para isso do que Alec?

— Sabe, uma vez eu ouvi que todos os garotos bons vão para o céu, mas os garotos maus trazem o céu até você — beijo seu rosto — consigo entender agora.

— Fico feliz em ser um cara mau, então. Prepare-se para o Paraíso — ele acelera a moto, rumo a nossa primeira parada: Brasil.

Pandora | CrepúsculoOnde histórias criam vida. Descubra agora