Minha tutora me deu o nome Pandora por ela ter sido a primeira mulher do mundo, segundo a mitologia grega. E eu fui a primeira garota adotada pela Madame Beaumont, a primeira de um seleto grupo de garotas abandonadas pelos pais ou órfãs. Segundo ela...
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NA BATALHA...
— Então você tem um animalzinho de estimação? — Romani ri — vamos ver como você vai ficar quando tiver que enterrar o Tobby aqui.
Antes que ela pudesse fazer algo, lancei um vento tão forte que fez ela cair do outro lado do campo.
— Cai fora, otário! — falo para o meu padrasto, colocando fogo em seu corpo. É engraçado ver ele correndo, até que Greta e Esme partem para cima dele. Desfaço o fogo e elas desmembram ele. E então eu coloco fogo novamente, seus membros formando uma pequena fogueira. Viro-me para Jacob e Romani novamente. Edward se junta a nós, cercando Victoria que tentava escapar e prendendo seus braços. Jacob avança nela e a ruiva mal pôde reagir: sua cabeça foi arrancada e foi fazer companhia aos mortos.
Enquanto me distraio com a cena, Romani me puxa para trás com força. Consigo me virar para ficar frente a frente com ela.
— Logo você também estará lá, bonitinha. — Romani aperta meu pescoço, mas seguro suas mãos, sentindo meu poder mata-la. Ela aperta mais e sinto minha visão embaçar, mas não deixo de apertar suas mãos. Respiro fundo quando o aperto dela afrouxa. Sinto ela cair atrás de mim e me afasto um pouco, virando-me e encarando ela.
— Jay? — chamo. Ele vem e eu aponto para Romani caída — você pode... Você sabe. Só para ter certeza.
Ele assente, avança sobre ela. Me viro e vou até Esme, ajudando ela com os outros.
Quando finalmente tudo acabou, apenas restando uma pilha de membros pegando fogo, desabo no chão, exausta. As lágrimas caem como um rio, jorrando para fora toda a minha dor, confusão, fúria...
Edward e Jacob se aproximam de mim, mas não consigo prestar atenção neles. Estou devastada. Alec então surge, se abaixando a minha frente
— Vou fazer a dor passar, ok? — ele diz suavemente.
Fecho os olhos, esperando. Sou tomada pelo nada: sem sentido nenhum. O vazio não tem gosto, som ou cor. É tudo angustiante, mas pelo menos não há dor. E, por enquanto, isso basta.
DIAS DEPOIS...
Estamos eu, Jacob, Alec e Edward na floresta perto de casa. Longe o suficiente para os ouvidos curiosos não captarem nada. Os três estão de frente para mim, enquanto eu ando nervosamente de um lado para o outro. Eles me pressionaram para tomar uma decisão. Então aqui está.
— Há um tempo atrás, eu li um livro sobre um homem que amava muito uma mulher e, felizmente, ela o amava de volta. Mas, havia outra que conquistou seu coração. E também, um amor de infância. Duas delas eram inimigas. Cada uma representava um tipo de amor diferente para ele, mas que ele não poderia viver sem. Então, em vez de fazer a escolha que dilaceraria os quatro, ele não aguentou e se matou, deixando assim três corações partidos para trás e o seu morto — respiro fundo, sem conseguir dizer ainda palavras exatas, mas sendo o mais clara possível — eu não quero um final triste para minha história. Um final complicado eu aceito, mas não um final infeliz. Eu não posso quebrar o coração de vocês, mas de qualquer jeito isso vai ser feito se eu escolher um ou nenhum. Então... talvez a solução seja... ampliar nossas opções.