Missão um

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Diana Allen P.O.V

Estava agora do lado de fora, preferi arrumar as coisas em meu carro do que ter que ficar lá dentro e continuar cercada pelos livros e algumas pesquisas que não dariam em lugar nenhum. Cantarolava uma música aleatória de Bobby Dylan quando uma risada irritante chegou aos meus ouvidos:

--Definitivamente, você está obcecado em mim, Crowley. --Disse ainda sem olha-lo, concentrada em arrumar as armas e tudo que fosse útil no fundo falso do porta-malas.

--Apenas negócios, nada além disso. --Ele se aproximou e apoiou um dos braços no teto do carro, o olhar que lhe lancei o fez se afastar. --Tenho o seu primeiro trabalho, e não será tão difícil ainda.

--Não dá, tenho trabalho para amanhã cedo e ainda não terminamos...

De repente senti uma tontura e por um momento os meus pés pareceram não tocar mais o chão, quando dei por mim estava em frente a uma... Fábrica abandonada? Crowley estava ao meu lado e sua mão estava repousada em meu ombro:

--O que você tem merda na cabeça para me teletransportar assim? Se alguém não me encontrar lá eles vão...

--Fica quieta e escuta, tem três demônios lá dentro, não são fortes o bastante, apenas idiotas de baixo escalão. --Ele disse rapidamente enquanto colocava uma faca e minha mão. --Essa faca é especial e vai mata-los na hora se você acertar uma área vital, mate todos, não diga nada sobre mim.

E sem mais nem menos ele me deixou sozinha ali, o xinguei mentalmente enquanto encarava a porta enferrujada, notei que o cadeado e a pesada corrente que antes impediam a entrada de alguém estavam caídos não muito longe dali, respirei fundo algumas vezes, agora que estava ali não tinha como voltar.

Caminhando pelo perímetro encontrei uma pequena porta dos fundos, a tinta vermelha já estava descascando o que revelava o metal enferrujado, enquanto caminhava até lá notei que toda a situação do local era decadente, nas paredes haviam pichações e manchas de umidade, em alguns cantos o mato começava a crescer, as altas janelas estavam sujas com mais pichações e poeira, outras até mesmo se encontravam quebradas.

Após alcançar a porta a abri com o maior cuidado possível, tentando não faze-la ranger, o que de fato não aconteceu, o estado da porta condizia com todo o resto, tudo causado pela ação do tempo ou de vândalos. A porta pela qual entrei dava para um corredor um pouco estreito, algumas portas se encontravam de ambos os lados, algumas davam para escritórios abandonados e outros para vestiários ou qualquer outra coisa destinada aos funcionários menores.

O vidro das portas também se encontrava empoeirado, as portas de madeira tinham algumas belas lascas faltando e estavam sendo corroídas por cupins, ainda segurando firmemente a faca caminhei pelo corredor que logo notei que se dividia em duas partes, a placa de um verde agora desgastado indicava que do meu lado direito seria a saída de emergência, então provavelmente a parte da esquerda levaria até onde estavam as máquinas.

Parei ao escutar algumas vozes vindo de uma sala não muito longe, caminhei com passos lentos até ela, o cheiro do enxofre estava presente no ar, o que não era agradável porém era algo com que eu tinha que conviver:

--Estamos fazendo o possível para... --A voz parou, como se tivesse sido interrompida, parecia estar prestando atenção em algo, já que dava pequenos murmúrios de concordância.

Uma outra voz, agora mais grave respondeu algo pelo outro demônio e logo em seguida fez uma pergunta, aparentemente não teve resposta porém um audível "sim" chegou aos meus ouvidos.

A Devil For Me (Em Revisão)Where stories live. Discover now