A Devil For Me (Em Revisão)

Sempre é bom um arcanjo no time

Autora P.O.V

Dean ainda estava tenso com tudo o que estava acontecendo, Castiel parecia estar do mesmo modo porém não demonstrava, já Sam o seu pensamento vagueava entre o momento atual e os problemas de Diana.

Ele queria ajudar de alguma forma mas sabia que só ele não poderia, acabar com tudo o que estava ocorrendo com ela estava fora de seu alcance, esse era um daqueles momentos em que ele se sentia completamente inútil, um simplório expectador observando o mundo ao seu redor arder em chamas.

De fato isso não estava muito longe.

Ao estacionarem próximo ao hotel em que estavam Sam criou coragem e disse em alto e bom som:

––Estou preocupado com Diana... Posso ir até a casa de Bobby com o Impala?

Ele esperava que o irmão jogasse sobre ele todos os tipos de motivos fúteis para não deixa-lo ir, mas aparentemente estava fadigado demais para iniciar alguma discussão que levasse muito tempo:

––Se o baby voltar com um único arranhão... ––Disse saindo do carro e lhe apontando o dedo indicador. ––Eu juro que virarei filho único.

Pelo olhar um tanto assustado de Castiel parecia que ele levara o comentário a sério, mas ao ver que Dean entregava "pacificamente" a chave do carro para Sam o seu semblante melhorou.

Mudando para o banco do motorista Sam suspirou, temia que pudesse ter acontecido algo.

South Dakota-Sioux Falls * Algum tempo antes *

––Por que diabos você socou um espelho? ––Bobby grunhiu enquanto pegava uma garrafa de whisky e alguns de seus "apetrechos médicos".

––Promete não me internar? ––Ela disse com um sorriso afetado.

Bobby estreitou os olhos e a encarou, ele seria incapaz de fazer isso, a menos que ela tivesse algum tipo de surto psicótico e tentasse mata-lo, notando o "sim" silencioso ela respirou fundo e prosseguiu:

––Estou tendo alguns tipos de... Alucinações? Basicamente vi o banheiro em que estava naquela lanchonete pegar fogo. ––Ela olhou para as mãos que em uma delas ainda tinha os cortes vertendo um pouco de sangue, mesmo estando mais controlados agora.

––Acha que pode ter algum tipo de significado? ––A pergunta foi feita simplesmente para disfarçar a preocupação que tomava conta dele.

––As nossas vidas são um inferno... Talvez seja isso, a menos que Dante esteja certo, então as minhas teorias podem ser jogadas no lixo. ––Ela deu uma risada leve apesar de seu interior estar infestado de perguntas que ainda não podiam ser respondidas.

––Pare de agir como o Dean! Piadas não vão resolver isso.

Bobby arrastou ruidosamente uma velha cadeira até estar de frente para Diana, ele se sentou e pegou sua mão machucada, jogou uma quantidade generosa da bebida nos cortes. Ela se encolheu devido a ardência que sentiu, mas sua expressão permaneceu impassível. Após limpar um pouco em volta dos machucados e de ter passado uma fina linha pela agulha começou a remendar a pele, pouco a pouco os cortes foram se juntando e o sangue parou de manchar tudo. Diana já havia passado por isso várias vezes, tantas que hoje em dia isso não causava em si aflição alguma.

Após Bobby ter terminado ela se levantou, o agradeceu brevemente e subiu as escadas, indo até o banheiro, jogou suas roupas em um canto e entrou no box. Ela não saberia dizer exatamente quanto tempo ficou embaixo do chuveiro, deixando a água quente escorrer em uma tentativa falha de relaxar os seus músculos já tão tensos.