Warriors

4. 14/11/2020

Lutar. Correr. Gritar. São as únicas formas de sobreviver.

Star City - Central City, 23:38 pm

Oliver observou atentamente enquanto o motorista do caminhão descia e se ajoelhava no asfalto. Indicou com a cabeça para que Febo desse a volta no carro para libertar as pessoas que seriam transportada para outra cidade. De soslaio encarou o Esparta para que ele cobrisse os olhos do motorista com a venda e prendesse as mãos dele. Não feririam ninguém naquela noite.

-Está vazia! - Febo gritou voltando rapidamente para onde eles estavam. Oliver olhou para o motorista que tinha um sorriso convencido no rosto, ele então pegou a arma do Espartano e apontou para a cabeça do homem.

-Onde eles estão? - indagou com a voz modificada pelo aparelho.

-Ele não vai dizer, prefere a morte a dizer a verdade. - uma voz disse fazendo os três homens olharem para trás, Oliver girou o corpo apontando a arma em direção a mulher. Ela tinha o cabelo castanho curto e olhos azuis vivos, usava roupas pretas talvez para se camuflar no meio da escuridão. - Calma, Arqueiro. Não quero brigar, quero ajudar.

-Quem é você? - questionou.

-Me chamam de Frost. E eu sei quem vocês são,  Arqueiro Verde, Espartano e Febo. São vigilantes de Star City e lutam pelo bem da cidade e das pessoas. Estão aqui para impedir que os meta-humanos sejam levados, não é?

Oliver olhou seriamente para ela, havia algo naquela mulher que não fazia muito sentido para ele, mas que ao mesmo tempo fazia total sentido. A familiaridade em seu rosto que trazia confiança era uma coisa que ele não sabia explicar.

-O que você está fazendo aqui?

-Eu vim ajudar eles também. - Frost afirmou com o olhar confiante e um tanto superior. - Não sei se por acaso se recorda, mas muitos metas que a Organização pegava nas ruas nunca chegavam ao seu destino final. Não que esse fato tivesse sido revelado para a população, mas nós dois sabemos muito bem que você consegue a informação por outra fonte mais confiável, Overwatch é a melhor que existe. - Oliver sentiu os membros tensos com a menção de sua esposa. Como aquela mulher poderia saber? - Esses meta-humanos nunca chegaram ao local destinado, porque nós nunca deixamos. Sabemos o que acontece lá e se dependesse de nós ninguém nunca seria obrigado a ir para lá. Arqueiro, daqui a três minutos um carro idêntico a este vai se aproximar, ele também estará vazio, apenas a van que virá logo atrás que eles estarão. Preciso que vocês me ajudem a tira-los de lá, nós os levaremos para um lugar melhor.

-Nós? - o Espartano indagou a olhando desconfiado. Frost sorriu e indicou com a cabeça para o lado, Oliver virou o rosto vendo um pequeno grupo se aproximar. Três adolescentes e uma adulta. - Usam crianças?

-Não são soldados, Espartano. Não os colocamos em perigo, apenas usamos seus poderes para parar os carros. Eles não lutam. - ela assegurou parecendo realmente preocupada com o que Dig poderia achar da situação. Oliver trocou um olhar rápido com o amigo, ambos sabiam que não podiam confiar na mulher, poderia ser uma armadilha. - Você não precisa acreditar em mim, Arqueiro. Sei que sua confiança é difícil de conseguir. Os anos foram duros com você, foi traído várias vezes e deu sua confiança a pessoas que não mereciam. Não peço que confie em mim, sei que não tenho mais esse direito, mas peço apenas que ajude-nos a salvar essas crianças.

Oliver apenas continuou a encará-la havia muitas coisas naquela frase que haviam acendido o alerta vermelho em seu cérebro, coisas que poucas pessoas sabiam, mas de que alguma maneira aquela mulher sabia.

-Você tem um plano?

Frost sorriu e assentiu, por fim explicou.

-Annisa vai levar o carro com o motorista para longe daqui, seguir reto pela estrada para que o outro motorista pense que tudo está normal, então quando o segundo carro passar, cerca de três minutos depois aparecerá a van, vamos atacar sem ferir ninguém, então levaremos os metas para longe daqui.