Chapter XXVI

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O dia seguinte amanheceu meio nublado pelo o que se pode perceber pela janela do quarto. O que fez Hermione franzir o cenho ao abrir os olhos, eles não tinham uma janela no dormitório veela. Demorou um pouco de tempo até sua ficha cair, se lembrar dos acontecimentos da noite anterior. Ofegando, se apertou contra o corpo de Draco em busca de conforto, encontrando aqueles orbes azuis a encarando sem dó.

Com um pequeno grito de susto, Hermione se recompôs o suficiente para perguntar o óbvio:

-A quanto tempo está acordado?

-Não tem nem dez segundos. Porque ofegou?

-Você acordou com isso? – Ela estranhou.

-Porque eu não acordaria com isso? – Ele rebateu seriamente.

-Eu só.... – Hermione sentiu seus olhos lacrimejarem ao abrir a boca para finalmente falar – Ele morreu, Draco.

-Eu.... Eu sei. – Ele a puxou desajeitadamente para um abraço – Mas o que importa é que estamos bem. Aquilo que aconteceu ontem não vai se repetir, eu prometo.

-Promete então não ficar com ciúmes de Viktor?

-Posso prometer não mostrar meus dentes.

-É um ótimo começo.

-Mas caso não se importe, nós não jantamos ontem. Eu tô morrendo de fome, Hermione. Poderia se soltar de mim?

Como se concordasse com o garoto, o estômago de Hermione emitiu um ruído suficientemente alto para declarar que também estava com fome.

-Acho que vocês venceram.

Na noite anterior mal tiveram tempo de observar cada canto, apenas abrir uma gaveta e ter a noção de que haviam roupas de seus tamanhos lá. Olhando por aquele lado, tudo havia sido pensado com cautela, para uma mudança expressa. Se trocaram rapidamente, procurando a cozinha naquela imensidão de portas. Acabaram por chegar na sala de estar, finalmente olhando para a parede oposta a lareira- que na noite anterior se encontrava completamente apagada – se deparando com uma abertura. Metade da parede era aberta, dando a visão para uma cozinha ampla. Hermione tinha quase certeza de que Draco não conheceria aquela quantidade de eletrodomésticos ali presente, finalmente parando para pensar que aquela talvez não fosse a parte bruxa da Bulgária.

Hermione olhava com pavor para a cozinha, completamente sem chão.

-O que houve, Hermione? – Draco apareceu ao seu lado, estranhado o olhar de espanto da namorada.

-Eu não sei o que fazer.

-Hermione, nós já temos dezessete anos. Podemos resolver isso com magia. – Ele falou como se fosse uma estupidez não ter pensado naquela possibilidade.

-Você conhece algum feitiço para ajudar?

-Não.

-Nem eu. Vai ter que ser manualmente mesmo.

Com um suspiro, Hermione caminhou relutante até a geladeira, apenas encontrando o suficiente para o café. Tremendo, colocou a frigideira no fogão e começou a preparar os ovos. Ovos mexidos eram a única coisa que conseguia preparar sob pressão, e naquele momento estava sob muita. Enquanto se concentrava em não queimar o bacon, observou Draco se aproximar medrosamente da geladeira, abrindo e olhando maravilhado para o seu interior. Aquele moletom azul marinho que ele usava apenas dava um que mais casual a ele, tirando o fôlego de qualquer uma que o encarasse por mais de cinco segundos.

-Vocês guardam o suco em caixas? – Hermione não soube dizer se ele estava indignado ou somente abismado.

-A maior parte das pessoas sim.

Veela, Draco?Onde histórias criam vida. Descubra agora