Chapter LXII

2.1K 175 82
                                    

Os anos haviam se passado, com 2013 logo chegando. Scorpius já estava com 4 anos, fazendo 5 no final do ano. Desde que aprendera a andar, correra todas as salas da Mansão, colocando ao menos dois pavões para correr, perseguindo-os. Mas após aprender a falar o silêncio nunca mais tinha reinado na casa. Ele mais parecia uma matraca, sempre chamando o pai e fazendo milhares de perguntas, o deixando quase à beira da exaustão.

Por ser filho de Hermione Granger e Draco Malfoy, Scorpius tinha herdado toda a inteligência dos dois, sendo uma criança extremamente esperta para sua idade. Ele já conseguia ler algumas palavras, surpreendendo até ele mesmo.

-Pato! Está escrito pato! - Scorpius apontava radiante para a versão ilustrada do Patinho Feio em suas mãos.

Mas até então ele não tinha demonstrado sinais de magia involuntária - apesar de ter puxado o gênio da mãe, Draco o educou muito bem para não ter acessos de raiva. As vezes o encontravam de bruços na cama chutando o colchão com força, ou gritando com o travesseiro quando não deixavam ele ficar assistindo televisão na hora de dormir, mas não tinha se irritado ao ponto de fazer magia.

Eles nunca mais foram incomodados por outras criaturas, apenas pelos paparazzi. Scorpius odiava os flashes em seu rosto, sempre fazendo careta para os repórteres em aparições públicas (e recebendo uma bronca de sua mãe logo depois). Mas ele não ligava, chegando a dar língua para Rita Skeeter uma vez. Apesar de ser noticiado como mimado e mal educado, o garoto era um poço de educação.

Naquele meio tempo Harry e Gina haviam tido uma menina, espantando Draco, que perguntou se ele não se cansaria de ter filhos, sendo ignorado pelo moreno. Desde os acontecimentos de 2006 o loiro tinha desistido da sua ideia de ter muitos filhos, se contentando apenas com Scorpius. Mas amigos não faltavam para as crianças! Todas eram criadas sempre que possível na toca: James, Albus, Lilly, Scorpius, Rose, Hugo, Molly, Lucy, Fred II, Roxanne, Victoire, Dominique, Louis, Teddy e esporadicamente Milan e Aleksandar.

Quase todo domingo todos se reuniam para almoçarem juntos, sendo a verdadeira algazarra. As crianças mais velhas começavam a aprender a voar, sendo perseguidos pelos mais novos, enquanto a faixa etária de 4-5 anos se perdia em seu próprio mundo. Em uma das visitas de Viktor à Toca, os adultos se divertiram ao ver Milan fugir desesperadamente de Dominique, que parecia interessada demais em um garoto para a sua idade.

-Eca! Garotas! - Milan, no auge dos seus 8 anos, achava que garotas eram repugnantes, sempre perguntando ao pai como ele conseguia ter uma esposar e trocar carinhos com ela.

Os adultos riam, loucos para que o momento que ele teria sua visão mudada chegasse, para que pudessem lembrá-lo de suas ideias na frente de uma namorada.

Naquele dia em questão Milan tinha sentado em sua vassoura infantil e voado para longe de Dominique, que ainda não tinha permissão para ter uma.

-Acho que ele pode se descobrir um excelente piloto essa tarde. - Gui comentou com Viktor, que supervisionava até onde o filho ia.

-Não me surpreenderia com isso. Eu mesmo me descobri fugindo de um cachorro.

-Não ligue para Dominique, ela é só....

-Uma criança. Quem está sendo importunado é Milan, mas ele tem educação o bastante para não fazer nenhuma grosseria. Não se preocupe, ela vai se cansar dele antes que ele comece a notar as garotas. - Viktor deu um tapinha nas costas de Gui, que ria com o comentário, indo em direção à Alek, que pedia ajuda para ir ao banheiro.

Scorpius, Albus e Rose corriam pelo quintal, vez ou outra tropeçando e caindo. Mas não choravam, apenas se levantavam rindo e voltavam a correr em um misto de pega-pega com esconde-esconde. George estava tomando conta deles, não permitindo que eles andassem até fora da propriedade. Eles estavam a muito tempo se escondendo, Albus até já tinha desistido da brincadeira preferindo tirar uma soneca no sofá da sala, mas Rose e Scorpius continuavam a se esconder. Pelas contas de George era a vez de Scorpius procurar por Rose, mas ele estava distraído com uma florzinha no chão. Quando o ruivo pensou que o garoto fosse desistir da brincadeira, viu o loiro arrancar a flor, escondendo nas costas e indo até Rose, que estava agachada debaixo da mesa de piquenique.

Veela, Draco?Onde histórias criam vida. Descubra agora