Capítulo 3

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As coisas em lima mudaram muito com o passar dos anos, pessoas vinham, iam, envelheciam, casavam-se, formavam família, estudavam, mudavam a cor dos cabelos, amadureciam, Quinn Fabray também mudou, tornou-se assim como Santana, uma bela mulher. Ainda era a mesma pessoa destemida e lutadora, com um porém, não tinha mais aquele brilho no olhar, seus sonhos de adolescente não se realizaram, ainda muito jovem tomou decisões que não eram compatíveis com sua idade, mas ela aceitou seu destino, ou o que ela entendia por destino, pegou a responsabilidade para si e não abaixou a cabeça. Não era uma pessoa 100% feliz, estava longe disso, mas vivia tentando, afinal, a esperança é a última que morre, ou não.

Para entendermos um pouco da vida de Quinn precisaremos voltar um pouco no tempo.

Lima- Ohio

Novembro de 2013.

– QUINN, Q, FILHA, ONDE VOCE ESTÁ?

Judy Frabray, mãe de Quinn entrava em casa aos gritos, estava animada para dar a notícia a filha.

– ESTOU NO QUARTO MÃE, AQUI.

Quinn gritou de seu quarto, estava deitada após mais um dia de colégio, o que antes amava fazer, que era ir ao William Mckinley High School , havia se transformado em algo difícil de se fazer, enfrentar aqueles corredores e salas não era fácil, mas Quinn era destemida, ela tinha que ir, por si própria e por ela.

– Quinn!

Judy entra esbaforia no quarto da filha, a mais jovem a olha sem o mesmo animo da mãe.

– Filha, chegou, acabei de pegar as correspondências, toma, pega.

Estende uma carta para que Quinn a pegasse, fica em frente a menina, ansiosa esperando sua reação.

– Vamos Quinnie, abra.

Quinn passa os dedos sobre as leras impressas no envelope, lê o nome do remetente em um sussurro.

– Yale!

A loira olha para a mãe, que lhe sorri , um sorriso surge nos lábios rosados de Quinn, mas esse mesmo sorriso some ao lembrar-se de que tinha algo maior e mais importante pra fazer. Também sussurrando ela pronuncia o nome, que já a muito tempo lhe é importante.

– Rachel!

Uma lagrima escorre por seu rosto, ela sabia o que tinha que fazer, em sua mente e coração ela sabia, olhou mais uma vez para a mãe, depois para a carta e assim fez, rasgou a carta sem abrir para ver o conteúdo.

– QUINN, ESTÁ LOUCA, O QUE ESTA FAZENDO?

– Eu não vou mãe, não posso, não vou deixa-la, não posso.

A loira mais nova chorava aos soluços, estava confusa, triste, não queria abandonar seu sonho, mas não abandonaria o que tinha de mais precioso.

– A RESPONSABILIDADE NÃO É SUA QUINN, EU EXIJO QUE VOCE LIGUE PARA YALE E MARQUE A ENTREVISTA, NÃO VOU DEIXAR VOCE ACABAR COM SUA VIDA DESSA FORMA, COM SUAS CHANCES.

– MA EU ACABEI COM AS CHANCES DELA, A CULPA É MINHA! VOCÊ NÃO ENTENDE, EU AS LEVEI LA, EU DEI A IDEIA, EU, EUUUUUU.

– QUINN!

– Judy tentava se acalmar, para acalmar a filha que estava jogada ao chão aos prantos. Abaixou-se e abraçou a menina, consolando-a. Começou a nina-la e falar baixinho enquanto acariciava os cabelos da filha.

– Entenda Quinnie, ninguém tem culpa, foi um acidente, uma fatalidade, você não pode se culpar e castigar a vida toda, isso não é bom pra você, entende?

– Você não entende mãe, não vou deixa-la, não posso fazer isso.

– Quinn, Rachel não pode viver com a sua compaixão, isso não fará bem a ela, muito menos a você, não pode usa-la para amenizar seu sofrimento.

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