Lima – Tempos atuais
Rachel estava deitada em sua cama desde que Quinn a deixara, como havia pedido a loira queria dormir, queria amortecer aquele turbilhão de sentimentos que a notícia da volta de Santana lhe trouxera, ao mesmo tempo que se sentia feliz uma dor excruciante lhe tomava o peito, a magoa que tinha por Santana ter lhes abandonado no momento mais difícil de suas vidas, não entendia como a latina pode ir embora sem ao menos pensar em como ela e Quinn ficariam.
Por mais que Rachel tentasse dormir aquela tarde esses pensamentos e algumas lembranças impediam que o sono lhe tomasse, ficou ali deitada, fechou os olhos e lembrou-se do dia em que acordou naquele quarto de hospital
Lembranças.
Havia se passado três dias do acidente, Rachel abria os olhos lentamente e antes mesmo de se localizar chamou, com dificuldade e voz muito rouca e fraca por suas meninas.
– Britt, Sanny, Quinnie?
Quem lhe atendeu foi um de seus pais, Hiram. Apressou-se em levantar-se da poltrona em que estava quando ouviu os sussurros de sua estrelinha, alisou os cabelos negros da filha, se culpava tardiamente por ser um pai tão relapso, ali naquele hospital, onde quase perdera sua menininha ele podia perceber o quanto ele e o marido foram maus pais. Rachel estava pálida, com grandes olheiras e muito confusa, dormira esses três dias, a aparência da pequena assustou seu pai
– Oh minha estrelinha, que bom que acordou, por Deus, que susto nos deu minha menina, seu pai foi pegar um café e já está voltando meu amor, vou chamar um médico para lhe ver agora que acordou.
– Onde estão as meninas? O que aconteceu pai?
Hiram engole seco, não sabia o que dizer a filha, não poderia infelizmente lhe dizer que está tudo bem, resolveu protelar a explicação, pelo menos até conversar com Leroy, teriam que encontrar a melhor maneira de explicar as consequências do acidente que sofrera.
– Seu pai está chegando meu amor, iremos te explicar tudo, mas acalme-se, o médico precisa te ver agora.
Ele falava angustiado.
– Não quero saber de médico, onde estão as meninas? Eu quero vê-las, onde estão pai?
Rachel começava a se alterar, o monitor ao seu lado que indicava seus batimentos cardíacos denunciava que seu coração estava acelerando rápido demais para alguém que estava tão debilitado como Rachel. Logo um médico entrou no quarto pois havia recebido um bip relacionado ao monitoramento cardíaco de Rachel. Ele entrou e ao observar sua paciente acordada e agitada tentou acalma-la.
– Ora ora, se não é minha paciente mais talentosa, tenho ouvido muitas histórias sobre os seu grande dom artístico Srta Berry. Meu nome é Bill, tenho que ver como você está agora, tudo bem?
Ele sorria, esse sorriso trouxe um pouco de tranquilidade a pequena morena.
–Preciso saber onde elas estão, se estão bem, e o que nos aconteceu, Dr.
– Acalme-se, preciso examina-la, depois que eu verificar que você está bem poderemos falar do que você quiser, combinado?
A morena concorda e se deixa examinar, olha par o lado da porta e avista agora os seus dois pais, sorri fraco para eles enquanto o médico lhe examina, estava bem mais calma, enquanto o doutor Bill lhe examinava e fazia-lhe algumas perguntas uma enfermeira adentrou a sala já com uma injeção de tranquilizantes para que a morena relaxasse. Ela ficou sonolenta e voltou a adormecer, Dr Bill chamou os senhores Berry para uma conversa em seu consultório, no mesmo prédio.
Ao entrar ofereceu o sofá lateral para que os senhores se acomodassem e sentou-se na poltrona em frente aos mesmos.
– O que tenho a falar para os senhores não é uma coisa fácil, então serei direto para que entendam.
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Éramos Quatro.
RomanceÉramos quatro, sempre seriamos quatro. O tempo parou, a juventude que morava nos doces olhos das meninas-mulheres não existe mais. Não há mais tempo, não se pode fugir, nem mudar o passado, tudo nos leva para uma realidade diferente, onde sonhos já...