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O agarre no seu pescoço não folgava. Aqueles monstros riam da cena. Riam por ver a face Izuku se tornando roxa por causa da falta de ar. Por que tinha que ser tão desastrado? Se não tivesse derrubado o bolo de um desses valentões, não estaria nessa situação.

Era tão esquisita a forma que ele pensava que seria salvo. Que misteriosamente surgiria um herói que o salvaria das garras desses cruéis jovens.

Mas Kacchan não iria chegar.

Porque Bakugou também sentia ódio pela sua pessoa. Não era mais o garoto que o protegia, mas sim era mais um dos que o machucava. Então por que continuar com falsas esperanças? Por que não conseguia aceitar que havia perdido Katsuki para sempre?

Se conformar dói menos, porém é algo difícil de ocorrer.

Aos poucos Midoriya foi perdendo os sentidos, quando de repente escutou uma voz fria reclamando com esses jovens. Eles o soltaram, discutiram com essa nova pessoa e largaram o pobre garoto no chão que tossia em busca de oxigênio.

— Quer que eu te leve para a enfermaria?

Vagarosamente o sardento foi levantando a cabeça e assim que avistou seu salvador ficou petrificado. Ele era lindo. Não, lindo era pouco, era encantador! Com olhos de duas cores que o encaravam friamente, mas que bem no fundo Izuku pode perceber um pouco de preocupação.

— Não consegue falar? Quer que eu te carregue?

— N-não... e-eu consigo!

Com as pernas trêmulas, o sardento conseguiu ficar de pé. Instintivamente levou sua mão até o pescoço e começou a massagear aquela região, sabendo que ficaria uma grande marca vermelha no local. Bom, nada que suéteres resolvessem o serviço.

— O-obrigada por ter os feito parar. — Midoriya sussurrou fazendo uma breve referência. — Qual é o seu nome?

— Shouto Todoroki. — apresentou-se também educado. — Por que eles estavam fazendo isso com você?

— Desprezo sobre a minha pessoa. Não sei exatamente o porquê fazem isso, mas é o que aturo todos os dias.

Todoroki o encarou surpreso e desviou o olhar. Com certeza estava pensando que Izuku era patético e que o deixaria como todos faziam. Afinal quem iria querer andar com alguém que era visto como um saco de pancadas?

— Gostaria de comer algo comigo? Tenho certeza que se aqueles valentões te verem comigo, não irão te importunar. — sugeriu com um sorriso de canto. — Mas antes vamos passar na enfermaria.

Os olhos de Izuku brilharam emocionados. Era sério? Depois de tanto tempo, finalmente surgiu alguém que lhe estenderia a mão? Que o tiraria desse maldito abismo que pouco a pouco consumia sua alma? Não podia acreditar que o destino estava sorrindo para si pela última vez.

Enquanto o esverdeado caminhava contente com o seu novo amigo, uma outra pessoa os observava angustiado. De imediato ele pegou o seu telefone e digitou o contato com o intuito de passar informações.

— Bakugou não vai gostar disso...

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O coelho, depois de tanto ser machucado, havia encontrado a raposa que o iria proteger. Mas, será que ela poderia protegê-lo do grande lobo sanguinário que estava obcecado pelo coelho?

Número desconhecido [ KatsuDeku ] Onde histórias criam vida. Descubra agora