Número desconhecido [ KatsuDeku ]

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Izuku possuía a respiração acelerada, mas não era por medo. Na verdade, ele estava tão agitado devido a vergonha que sentia nesse momento. Shouto estava encostando a cabeça em seu ombro, ato que há muito tempo não faziam consigo, a não ser a sua falecida mãe.

Ele estava tentando segurar a vontade de acariciar aquele bonito cabelo de duas cores. Uma vez, Midoriya perguntou se ele havia pintado, e se surpreendeu quando descobriu que era natural. Um tanto quanto irônico julgando que seu cabelo era da cor verde e era natural.

— Eu ainda não consigo entender isso. — Todoroki soltou soando melancólico e confuso.

— Entender o que, Todoroki-kun?

— O motivo das pessoas te tratarem tão mal. — o esverdeado engoliu seco. — Você é uma pessoa tão pura, boa, gentil e honesta, então por quê?

Antes que Izuku pudesse responder, as lembranças de como ele, sadicamente, começou a mandar mensagens para Kacchan com o intuito de conseguir fazê-lo desabafar consigo. Lembrou de como o manipulou e até mesmo o assustou. Tais fatos o deixaram com um gosto amargo na boca e ele sabia que essa era a culpa bagunçado o seu estômago.

— Eu não sou inocente. — contrariou com o cenho levemente franzido. — Posso ser qualquer coisa, mas não sou o inocente dessa história. Fiz coisas que não me orgulho e que me fazem um vilão também.

Shouto estava intrigado. Queria perguntar mais sobre essas coisas que esse garoto cometeu, todavia seus planos não seriam realizados. Pisadas fortes estralavam pelo chão feito de concreto, chamando a atenção dos dois que estavam sentados no piso no fundo da sala. Não tinha ninguém, apenas eles e agora o Katsuki.

— Duas escórias em um lugar só. — soltou com uma risada irônica. — Hoje é o meu dia de sorte.

O bicolor se ergueu rapidamente e ficou na frente de Midoriya, protegendo-o com seu próprio corpo. Lembrava desse jovem a sua frente. Ele era um dos filhos da puta que maltratavam o sardento atrás de si. E, nesse momento, esse escroto deveria ser muito valente para tentar mexer com Izuku justo na sua presença.

— O que faz aqui? — questionou estranhamente calmo.

— Só estava passando e por um breve momento pensei que vocês dois estavam fodendo. — Bakugou sorriu maldoso e olhou para o menor dos três. — E para minha sorte, vejo que não.

— Vai embora. — Todoroki rosnou, frio e áspero. — Sua presença é de longe uma verdadeira desgraça!

Para a surpresa dos dois, o moreno começou a gargalhar alto. De uma forma maníaca e mórbida. Lentamente e sem deixar de rir, o loiro foi tirando do bolso de sua calça uma espécie de controle preto e quando os mostrou, fez o coração de Shouto e Izuku pararem.

— É assim que se fala com o herói que veio salvar vocês?

Era um controle com uma contagem regressiva de uma bomba.

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O lobo havia encurralado o coelho e a raposa com seu
plano suicida. O coelho seria finalmente seu de
uma vez por todas.