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Às 06:37hs da manhã estava de pé, não literalmente, melhor dizer que estava acordado, o auxiliar na porta não estava, pois não vi sua sombra pela janela. Passou umas 2 horas, o auxiliar abriu a porta e com ele estava uma bandeja com duas fatias de pão de forma e um copo de café com leite, me entregou a bandeja com os alimentos e falou que iria passar daqui meia hora para me buscar.
Seu nome era Kevin, consegui ver pelo seu crachá de auxiliador, ele era alto, usava óculos, devia ter uns 26 anos de idade. Tomei meu café da manhã, era difícil manusear as coisas com a mão esquerda, quase deixei o café com leite cair no meu colo. Passou os 30 minutos Kevin veio me buscar, me ajudou a sentar na cadeira de rodas e me levou para sala de terapia. Ao chegarmos lá, perguntei:
- Kevin, vai ser quantas horas de terapia?
Kevin:
- Vai ser uma hora e meia, por quê?
Respondi:
- Por nada não...
Iniciamos o procedimento da terapia, primeiro ele me deixou no chão deitado, me mandou virar o pescoço para os lados devagar, isso faria com que o deslocamento voltasse para o lugar, fiz esse tal processo por meia hora, quando cansava contava 15 segundos e voltava, melhorava um pouco a articulação, conseguia mover a cabeça mais para o lado esquerdo do que o direito.
Iniciamos o procedimento número dois, que era para o ombro direito primeiro e novamente continuei deitado, Kevin colocou meu braço direito esticado de lado e pediu para que levantasse devagar ou ao máximo que podia, na primeira tentativa senti um puxão no ombro, doía demais, até queria desistir da terapia àquela hora por causa da dor, mas continuei só que mais devagar.
Fiz esse procedimento durante meia hora e depois passamos para outro, essa segunda parte do processo era pior que a primeira, eu continuava deitado só que agora eu teria que mover o braço para baixo até a minha coxa e acima da minha cabeça. Sentir dor, algo que eu não queria naquele momento, mas era necessário para minha saúde.
Depois que deu o tempo da terapia, Kevin me levou para almoçar, havia um pátio ao ar livre, fiquei observando o local, tinha uma porta de saída no final de um corredor, mais três câmeras, uma na porta para entrar no pátio e outra para o pátio inteiro, eu fugiria por aquele local, tracei uma rota antes de ir para o meu quarto, agora só faltava traçar os horários para ninguém desconfiar. Às 15:42hs estava no corredor de Operação e ao lado da porta havia outra porta que era a dos seguranças, lá continha tudo sobre o Hospital, meu plano começou a entrar em ação.
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A PAIXÃO ME CONDENA
Любовные романыThomas Jessie é uma pessoa que nunca amou na vida, na adolescência ele teve uma ótima oportunidade e conseguiu se apaixonar por alguém cujo o nome da pessoa é Ashley, mas essa senhorita o deixou e depois de 33 anos ela manda uma carta para ele, dize...