A PAIXÃO ME CONDENA

Capítulo 16: O Caos (Final)

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Repórter:

- No dia 21 de outubro às 15:03hs da tarde, uma Mulher chamada Ashley Garcia, de 33 anos, foi dada como morta. De acordo com os relatos das pessoas em volta do Empire State Building, ela teria se jogado do topo do prédio que possui uma altura de 381 metros. A morte foi relatada pela perícia como suicídio, onde de própria consciência a pessoa tira a sua vida.

Eu tivera apavorado com minha notícia, mas ao ver a de Ashley eu não aguentei, comecei ter ataques de pânico, só escutava meu cachorro latindo para mim, houve um momento que comecei a ficar tonto, cheguei a desmaiar.

Às 13:25hs eu acordara meio atordoado, meu cachorro ficara me lambendo como forma de me dar consolo. Eu comecei a chorar, era muita dor que estava sentindo naquele momento, eu também queria morrer, eu não estava aguentando tudo aquilo. Eu apenas queria morrer.

Eu fui para o banho, para tentar relaxar um pouco, mas mesmo assim não conseguia, tudo era tão intenso, minha mente fazendo mil simulações ruins, meu coração me dizendo para morrer e minhas mãos tremendo de ansiedade, só piorava a cada segundo.

Depois do banho me arrumei e peguei minha bicicleta, mas antes disso tinha deixado uma carta para quando a empregada viesse cuidar do Max pudesse lê-la. Subi na Bicicleta em direção à Stone Arch Bridge.

Isso deu uns 22 minutos de bicicleta até lá. Quando cheguei na ponte, só estava eu e o silêncio ambiente, apesar disso minha mente continuava me atentando. Sentei na ponte e comecei a ver todos os flashbacks da minha vida, parecia tudo tão vão naquele momento que nem ligava, já iria morrer mesmo.

Quando fui para me jogar, surgiram de imediato dois carros de polícia, eles não vieram para me impedir, um dos policiais saiu com a arma apontada para mim dizendo:

Policial:

- THOMAS JESSIE, VOCÊ ESTÁ PRESO POR COMETER INFRAÇÃO HOSPITALAR.

Na minha vida inteira eu nunca ouvira esta frase, mas existe. Eu não dei muito ouvido ao que ele disse e por continuidade da minha morte me joguei. Daí em diante não lembro mais o que aconteceu.

Dra. Bell:

- Então foi isso que aconteceu Thomas?

Thomas Jessie:

- Exatamente assim Dra. Bell, só não mencionei o fato de ter acordado na prisão, mas essa é toda a História.

Dra. Bell:

- Thomas, você é um homem inteligente, dócil, maluco e depressivo. Você se considera psicopata?

Thomas Jessie:

- Eu não posso te responder isso, você que é a psicóloga aqui!

Dra. Bell:

- Você deixou muitas pessoas naquele hospital por horas, sem energia.

Thomas Jessie:

- Desculpa Dra. Bell, não tinha te contado que cortei os cabos de energia, na verdade não cortei, só desconectei.

Dra. Bell:

- Thomas você é egoísta também, você não pensa nas pessoas? As pessoas que precisavam da máquina de oxigênio por pouco não morreram.

Thomas Jessie:

- Que hospital é esse que não tem um gerador?

Dra. Bell:

- Eles têm sim Thomas, só que do lado de fora e você deixou todos trancados.

Thomas Jessie:

- Era melhor terem me deixado morrer...

Dra. Bell:

- Guardas, por favor podem o retirar.

ANOTAÇÕES DA DRA. BELL

Então esse era o Thomas Jessie, um passado conturbado por causa de um amor improvável. O que ele se tornou e o que se tornará é um mistério, um monstro condensado de pensamentos. Ele tem coração, por enquanto...