Capítulo 11: A Amarga Visão

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THOMAS JESSIE:

Quando você quer muito uma coisa, você esquece de tudo ao seu redor, você vive no automático, simplesmente um só objetivo, você se torna um animal selvagem, um predador à procura de uma presa, apenas seguindo instintos.

Soa meio estranho caracterizar objetivos dessa forma, mas não há outras palavras de como poderia descrever tal momento. De maneira mais resumida de se dizer: Ambição.

Temos que ter cuidado com essa palavra, muitos podem interpretá-la de forma ruim, não me interprete mal, sou uma pessoa boa demais, mas ambicioso, não por dinheiro ou fama, mas por alguém que eu possa amar, eu mereço uma chance, todos merecemos uma chance.


Depois de tanto subir, consegui chegar à porta, respiração ofegante e desestabilizado totalmente, apenas agindo por impulso, minha mão estava tremendo, não sabia se era ansiedade ou falta de nutrientes, estava prestes a ter um infarto, pelo menos é o que parecia. Aos poucos fui levando a minha mão a maçaneta, a segurei, só escutava meu coração, meu corpo estava começando a esfriar, abri a porta e fui erguendo a cabeça levemente, ao abrir a porta completamente eu vi o impossível, aquele momento me chocara de um jeito, é até difícil de dizer, eu apenas vi e fiquei paralisado.

Um conselho: Viva com o que tem, se você não tem, provavelmente não é para ter.

Eu escutei o apito do elevador chegando, entrei nele no maior silêncio possível e toda aquela dor que eu dissera que não estava mais sentindo, ela veio de uma vez, parecia uma âncora em cima da minha pessoa, o Dr. Kane me avisara sobre o que iria ocorrer se eu me esforçasse e acontecera conforme o predito, eram muitas dores físicas.

Dentro do elevador só sentindo e refletindo, se eu morresse naquele momento, seria a melhor solução, tanto para meu corpo quanto para meus sentimentos, eu me sentia um nada, um idiota e tudo mais. Eu não merecia ver àquela cena, não depois de tudo que passei.

Passara uns 7 minutos mais ou menos de elevador, até chegar ao solo, eu debilitado saí daquele imenso prédio à procura de um táxi, virando uma esquina encontrei um ponto de taxistas, entrei dentro do carro, o motorista ficou todo preocupado comigo:

- OH MEU DEUS! VOCÊ FOI ATROPELADO?...

O respondi, meio cansado:

- Pode ficar tranquilo, acabei me esforçando um pouquinho demais, qual o seu nome?

Motorista:

- Ah, então tudo bem. Meu nome é Ryan, o seu é?

Thomas:

- Thomas, Thomas Jessie. Ryan, você pode me levar ao aeroporto mais próximo, por favor.

Ryan:

- Certo chefe, vai dar mais ou menos uns 50 minutos ao aeroporto mais próximo, que é o JFK.

Thomas:

Tudo bem, não tenho pressa, não mais. Pode seguir viagem, por favor.

A PAIXÃO ME CONDENAOnde histórias criam vida. Descubra agora