Capítulo 9: Jamestown

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Thomas narrando...

Entrei no banheiro e esperei uns 10 minutos no máximo, ao sair fiquei observando pela porta se o guarda tinha ido embora e pelo jeito sim. Apenas com passos leves pelo corredor eu continuei, não tinha ninguém me olhando então comecei a correr até a porta do pátio.

Ao chegar, fui tentar abrir e não abria, aí lembrei das chaves que tinha pegado, fui testando chave por chave até chegar na última e consegui abri. Enfim estava no pátio agora, apenas a um passo da saída, foi quando o alarme tocou. Era um hospital, mas parecia um hospício, fiquei me perguntando:

- Como assim? Um alarme? É sério isso? ...

Me apressei para ir para saída do pátio, chegando na porta, foi a pior sensação da minha vida, estava fechada. Agora imagine, vários guardas atrás de você, câmeras te observando e você lá tentando achar a chave correta no meio de várias, isso não é um sonho e sim um pesadelo, mas no final deu tudo certo.

Sabe o que foi engraçado? Eu levei a chave comigo e deixei todos presos. Sim é um pouco maldoso da minha parte, mas é engraçado. Fui para um ponto de ônibus, passou uns 45 minutos o ônibus chegou, entrei m direção ao fundo e me aconcheguei no banco do lado esquerdo apoiando minha cabeça na janela.

Eu me acho meio doido, nada é impossível no meu ponto de vista, aliás estava fazendo isso por uma boa causa, para a minha primeira paixão. Só penso em Ashley no momento e em nada mais. Eu estava cansado de tanto correr, de tanto fazer esforço, minha saúde não estava 100% ainda, a cada segundo meus olhos iam fechando, até que no fim eu cochilei.

Algumas horas depois...

Era umas 9:35hs da manhã quando acordei do meu "cochilo", na verdade quem me acordou foi o cobrador do ônibus. Eu perguntei:

- Em que lugar estou?

Cobrador:

- Nós estamos em Jamestown senhor.

O olhei e o agradeci pela informação, desci do ônibus e fui para o ponto de táxi mais próximo que tinha. Um senhor chamado John me atendeu:

John:

- Qual o seu destino senhor?

O respondi:

- Manhattan, Empire State Building.

Estávamos indo para Empire State Building, Manhattan – NY, o motorista sempre me olhava pelo retrovisor do carro, do nada ele me faz uma pergunta:

John:

- Vejo que o senhor está preocupado com a vida ou alguém?

O respondi:

- Sim, estou preocupado com uma pessoa importante e ela está me esperando nesse tal lugar que estamos indo.

John:

- Hum, apaixonado por alguém, isso é bom.

Respondi:

- Dependendo da pessoa meu caro, às vezes não devemos amar tanto, pois as pessoas não sabem retribuir.

John:

- Exatamente, posso saber seu nome?

O respondi:

- Meu nome é Thomas.

John:

- É o seguinte Thomas falta alguns quilômetros até nós chegarmos a Manhattan, enquanto isso vou parar em um posto para abastecer o carro, sinta-se à vontade.

Com um olhar percebi que John sabia de muita coisa, possuía experiência, ele parou no posto e abasteceu o carro, entrou e seguimos viagem. O rádio estava ligado, em uma Fm que toca músicas antigas, o radialista começou a falar:

- Ó meus queridos, amar é algo que devemos ir atrás, devemos valorizar, sempre persistir na pessoa que você quer, agora fiquem com a música Take on me, do A-ha.

Nessa hora meu coração gelou, me veio um flashback de mim e Ashley dançando naquela escola, ao me perceber já estava saindo uma lágrima de meu olho. Eu comecei a cochilar pensando em Ashley, até que fechei os olhos.

Nesse dia tão corrido, lá estava eu, dormindo no banco de trás dentro de um táxi, estava sonhando algo que é normal para todos nós, mas esse sonho não foi diferente, era o mesmo sonho que tivera dias atrás. Eu continuava em pé vendo Ashley em sua bela formatura e com seu vestido chamativo de cor vermelha.

Ashley me avistou e sentiu - se surpresa com aquela certa ocasião. De meu rosto escorriam lágrimas e eu estava pronto para explodir, eu sentia ódio, ódio da formatura, de Ashley e de todos ali que estavam acompanhando a tal cerimônia.

Eu só queria sair dali de alguma maneira, mas não conseguia me mover, estava muito confuso, meu corpo estava gelado, totalmente sem possibilidades de saídas, em um perfeito check-mate. Apenas fechei os olhos, e comecei a escutar uma voz tão doce me chamando, era Ashley, em minha frente e então ela me perguntou:

Ashley:

- Quanto tempo, não nos vemos, né? Obrigada por vir, fiquei muito feliz pela sua presença... Espera aí, Thomas, você está chorando? ...

Quando fui respondê-la, alguém começou a me tocar no ombro me chamando:

- Thomas, Thomas, vamos acorde...

Era o motorista do táxi, John me chamando, eu o respondi:

- Mas logo agora John?

John:

- Chegamos ao seu destino, meu caro. Ele dizendo todo sorridente.

Eu abri a porta do veículo e enxerguei a grande Manhattan, cheias de pessoas ao meu redor, e lá estava ele um dos maiores edifícios do mundo, com a altura de 443 metros, Empire State Building.

Me senti maravilhado em certo momento, finalmente depois de tantas confusões pelas as estradas tinha chegado ao meu destino, agora só bastava encontrar Ashley. Mas permanecia confuso com o sonho que tivera, aquilo não era normal, mas não tentei levar para o coração.

Olhei para John e peguei minha carteira, John olhou para mim e disse:

John:

- Não precisa filho, é por conta da casa, só de saber de sua história de ter passado o que passou nesses dias, já é uma forma de pagamento.

Eu o agradeci, dizendo:

- Obrigado John, o senhor com certeza é uma das melhores pessoas que já conheci.

Ele assentiu, depois de me despedir de John, fui correndo para o Empire State Building.

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