Tourette

Verdades

Yo!
Venho trazer o último capítulo de Tourette, então, gostaria logo de agradecer e me desculpar com todos vocês.

Obrigada a todos aqueles que acompanharam, votaram e comentaram, não sabe como eu ficava feliz ao ler os comentários de cada um de vocês 💕 e peço desculpas por ter demorado tanto em atualizar ;-;

Espero que vocês gostem sz

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Yixing sabia. No fundo ele sabia que havia agido errado em não ter deixado o JunMyeon e o Senhor Kim se explicarem. Mas tinha agido por impulso, além de ter ficado surpreso por saber que o direitor do colégio que lecionava, era na verdade o tio de seu único e melhor amigo.

No fundo, o Chinês apenas tinha medo. Medo de ouvir a resposta pra sua pergunta, afinal, o que ele faria se sua contratação foi apenas por mero favor? Iria se demitir? Deixar seus alunos na mão?

O mesmo se virava de um lado ao outro em sua cama, enquanto pensava em mil e uma respostas do porque SuHo tinha lhe omitido essa parte. Oras, eles eram melhores amigos! Pensava que amigos contavam tudo um para o outro, não tinha que ter mentiras entre eles.

Saiu de seus devaneios quando ouviu batidas na porta de seu quarto, e logo escutou a voz de sua progenitora soar do outro lado.

– Filho? O JunMyeon está aqui... Fale com ele, por favor.

Mordeu o lábio levemente, enquanto se sentava sobre sua cama e enxugava seu rosto que estava meio molhado por causa das recentes lágrimas. Respirou fundo, fechando os olhos por um momento, antes de por fim soltar sua voz.

– Pode deixar ele entrar.

Não foi preciso falar duas vezes, e logo mais a porta foi aberta e por ela passou o Kim mais novo, que fechou a mesma atrás de suas costas.
Ambos os rapazes ficaram em silêncio por um tempo, apenas olhando um para o outro e tentando colocar seus pensamentos em ordem.

JunMyeon deu alguns passos, se aproximando da cama do Zhang e sentou-se na cama um pouco afastado do outro sem precisar pedir. Afinal, eram amigos e achava que não teria problema nisso.

– Xing... Me desculpe pelo que aconteceu. Não queria ter omitido essa questão pra você, muito pelo contrário, eu realmente queria mesmo lhe falar sobre meu tio e tudo mais.

– Sério? Pois não parecia. – O rapaz chinês falou meio irônico. – Então por que não falou? Por que escondeu isso de mim durante todos esses meses?

Ouvir a voz sarcástica do Lay acompanhada de seus "soluços", foi um pouco estranho para o Kim que até agora só havia conhecido o lado doce do rapaz. Mas não o culparia, sabia que ele tinha toda a razão por está chateado consigo depois de tudo isso.

– Você percebeu sua reação? Se eu lhe contasse que tinha um tio e que tinha vaga em sua escola, você iria aceitar? Claro que não! Pensaria que eu teria convencido meu tio a lhe aceitar, mas não foi o que aconteceu, Xing. – Suspirou baixinho antes de prosseguir. – O colégio de meu tio é um dos melhores, ele é um diretor e pessoa integra, não teria lhe contratado apenas por pedido meu. Ele lhe contratou pois viu seu currículo, percebeu que você se adequava ao seu colégio e que seria bom o ter lá.

Yixing permaneceu calado durante todo o tempo que seu amigo falava, as vezes desviando o olhar do mesmo para a sua própria mão. Aos poucos, as coisas iam clareando mais em sua cabeça e ele se sentia um idiota por ter feito toda aquela cena de momentos atrás e não ter parado para os ouvir antes.

– Eu sei que prometi que lhe ajudaria, mas eu nunca pediria algo do tipo ao meu tio ou qualquer outra pessoa. Sei muito bem que você é capaz de ser contratado por seus esforços, eu apenas fiz entregar seus currículos en algumas escolas que você ainda não tinha feito entrevista e isso claro, incluía a do meu tio. Então... eu não me arrependo do que fiz, apenas peço desculpas por não ter contado antes que o Kim SeungHee é na verdade alguém de minha famir.

– M-me desculpe... – Lay começou a falar em tom baixo por se sentir envergonhado com toda essa situação que ele mesmo havia criado. – E-eu deveria ter esperado você falar lá no colégio antes de sair correndo. Desculpe por ter sido tão idiota, Jun...

JunMyeon acabou sorrindo as palavras ditas pelo mais novo. Se sentia mais leve, como se tivesse retirado um peso enorme de suas costas, o que de fato era verdade. Se aproximou um pouco mais do outro e o abraçou.

– Está tudo bem, huh? E aproveitando que estamos sendo sinceros um com o outro, posso falar algo que a algum tempo estou escondendo também?

– Pode. Chega de mentiras, por favor.

– Xing, e-eu... Eu te amo! Não um a-amor de amigo normal, mas... Mas um amor romântico, como um casal. Aish eu não sei explicar direito!

O Kim falou todo embaralhado, sentindo a maçã de seu rosto arder, denunciando que se encontrava corado no momento. Soltou o maior do abraço, escondendo o rosto entre suas mãos.

Por outro lado, Lay ainda tentava processar direito tudo que havia acabado de ouvir e ao finalmente se dar conta do que aquilo significava, acabou rindo meio bobo antes de abraçar o mais velho dessa vez.

– Eu também te amo, Jun! E pode ter certeza que é da mesma forma que você diz me amar.

O chinês retirou as mãos que cobriam o rosto do amigo com cuidado, lhe dando um pequeno sorriso envergonhado. Pois, não era nada fácil declarar seus sentimentos para alguém e por mais que eles fossem recíprocos, a vergonha sempre estaria ali.

Ambos rapazes sentiam seus corações acelerados, como se a qualquer momento eles fossem escapar de seu peito. Porém, era uma sensação agradável para os dois, uma sensação que já não sentiam a muito tempo ou talvez, nunca nem sentiram antes.

Não foi preciso de mais palavras para que os dois aproximassem seus rostos aos poucos até seus lábios se encontrarem. De começo, foi apenas um selar sutil, para sentirem a maciez dos lábios um do outro, até que por fim, intensificassem o ósculo aos poucos onde cada um podia assim explorar a cavidade bucal alheia.

Quando o ar se fez necessário, se afastaram aos poucos, mas permaneceram com as testas coladas e um sorriso bobo enfeitando seus lábios.
Naquele dia, os dois rapazes que no começo eram amigos, haviam dado início as suas novas histórias. Onde, mesmo com as diversidades que poderia surgir, estariam dispostos a permanecer um ao lado do outro e se apoiarem sempre que necessário.

Afinal, se tivessem companheirismo, respeito, amor e acima de tudo, um ao outro, sabiam que poderiam enfretar qualquer obstáculo que poderia aparecer daqui pra frente.

                                                           Fim.

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