Prolixo

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Prolixo

uma só palavra eu estendo em uma poesia,
Por isso, não entendo precisar de correria.
Eu sou desnecessariamente enfadonho,
E estranhamente, por isso eu componho.

Não consigo e nunca consegui, dar sequer um passo adiante,
Sem pensar comigo e me perder em pensamento irrelevante.
Talvez a impulsividade seja uma dádiva que eu não sou dotado,
O dom de agir rápido na necessidade sem ter algo programado.

Talvez algum dia perante um motivo,
Na correria sinta falta de ser objetivo.
Mas por enquanto vai passando o horário,
E eu Falando e pensando o que não é necessário.

Já ouvi diversas vezes que eu falava em excesso,
E que isso apenas atrapalhava meu progresso.
Mas é algo interligado a minha natureza,
se eu pudesse eu teria mudado com certeza.

Após perder horas em oratória ou refletindo sobre a vida,
Não sabia a trajetória que deveria ser por mim seguida.
Qual a história de alguém Que enrola em plenitude,
E que deixa na memória pouquíssima atitude?

Por ser prolixo que passei todo esse tempo falando,
Minha prolixia mostrei enquanto ia rimando.
Será que um menino desatento e que não se aquieta,
Poderá ser tornar em algum momento um poeta.

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